Boas práticas de higiene durante a ordenha

Autores

  • Núbia Foguesatto Tischer
  • Victória Göergen Hasse
  • Karoline Lucca Copetti
  • Bruna Carolina Ulsenheimer
  • Luciana Mori Viero

Palavras-chave:

Leite, Manejo, Qualidade, Sanidade.

Resumo

A qualidade, é um dos assuntos mais discutidos na atualidade dentro da produção leiteira, pois o leite é perecível e requer o máximo de cuidados quanto á contaminação bacteriana e demais fatores que afetam á qualidade do leite. Com este trabalho objetivou-se verificar a qualidade do leite e comparar o manejo de boas práticas na ordenha em quatro propriedades de leite na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Foram realizadas visitas durante os horários das ordenhas. Neste momento, foi aplicado questionário aos produtores para obtenção de variáveis que pudessem influenciar na qualidade do leite. Cada propriedade foi avaliada quanto aos aspectos de produção, visando observar a higiene durante a ordenha. A P1 segue com mais rigor as normas de boas práticas de higiene, apresentando valores de CBT adequados e de CCS um pouco acima do permitido, indicando que esta vem realizando de maneira correta as medidas higiênico-sanitárias dentro da propriedade. A P2 foi a única propriedade que se manteve com valores de CCS dentro do limite máximo, porém foi a propriedade que apresentou maiores valores de CBT, devido ao manejo inadequado quanto á não utilização de pré-dipping e papel toalha. Já a P3, apresentou um elevado resultado quanto á CCS, demonstrando manejo sanitário incorreto, sugerindo presença de animais com mastite clínica ou subclínica. Quanto á P4 apresentou valores adequados quanto á CBT e um pouco acima do limite para á CCS, sendo indicada a realização do teste de caneca de fundo preto. É possível observar que ocorrem falhas de manejo dentro de algumas propriedades e isto afeta diretamente á qualidade do leite.

Referências

BARCELLOS, M.D.; CALLEGARO, C. A. M. A Importância da informação como indicador de qualidade: o caso da compra de carne bovina em Porto Alegre. Encontro nacional de pós-graduação em administração. Anais. Salvador, 2002.

BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa No 51. Aprovado em 18 de setembro de 2002. Dispões sobre os?regulamentos técnicos aplicados ao leite cru e pasteurizado.?Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2002. n. 183.?

BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 62, Aprovado em 29 de Dezembro 2011.

BELOTI, V. et al. Qualidade microbiológica e físico-química do leite cru refrigerado 14 produzido no município de Sapopema/PR. Rev. Cient. Elet. Med. Vet., n.16, 2011.

FONSECA, L.F.L.; SANTOS, M.V. Qualidade do leite e controle da mastite. São Paulo: Lemos, p. 314, 2000.

FLORIÃO, M. M. Boas práticas em bovinocultura leiteira com ênfase em sanidade preventiva. Rio de Janeiro, 2013.

GUERREIRO, P.K. et al.Qualidade microbiológica de leite em função de técnicas 20 profiláticas no manejo de produção. Ciênc.?Agrotec, v.29, p. 216-222, 2005.

JATOBÁ, R.B.?Estabelecimento de uma curva de calibração para o equipamento?bactcount?para monitoramento da qualidade do leite cru refrigerado.?2009. 48 f. Dissertação. Universidade Federal Rural de Pernambuco.

MÜLLER, E.E.?Qualidade do leite, células somáticas e prevenção de mastite.?In: Simpósio sobre Sustentabilidade da Pecuária Leiteira na Região Sul do Brasil, 2002, Maringá. Anais... Maringá: II SUL-LEITE, 2002. P 206-217.?

SILVA, R. O.P. Sobre a Nova Instrução Normativa n. 7 para a Qualidade do Leite. Análises e indicadores do agronegócio. v. 11, n. 7, julho 2016.

VALLIN V. M., et. al. Melhoria da qualidade do leite a partir da implantação de boas práticas de higiene na ordenha em 19 municípios da região central do Paraná. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v.30, p.181, 2009.

ZSCHÖCK, M.; et al. Resistencia a penicilina G y oxacilina, de cepas de Staphylococcus aureus aisladas de mastitis bovina subclínica. Veterinária México, Coyoacán, v. 42, n. 3, p. 207-217, 2011.

Downloads

Publicado

2018-11-13

Como Citar

Tischer, N. F., Hasse, V. G., Copetti, K. L., Ulsenheimer, B. C., & Viero, L. M. (2018). Boas práticas de higiene durante a ordenha. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, 1(1), 179–187. Recuperado de https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJAER/article/view/739

Edição

Seção

Artigos originais