A solidão dos idosos no Baixo Alentejo – A educação como forma de combate / The loneliness of the elderly in Baixo Alentejo - Education as a form of combat

Authors

  • Cláudia Cristina Guerreiro Luísa Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Tiago Filipe Cordeiro Peleija

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv3n5-285

Keywords:

Envelhecimento, Estilo de Vida, Solidão, Isolamento, Educação.

Abstract

O envelhecimento da população é um fenómeno que, apesar de mundial, atinge em particular as sociedades ocidentais contemporâneas, e como tal tem provocado alterações na estrutura populacional, e tem criado repercussões no padrão geral de desenvolvimento atual. Portugal não é exceção, em particular nas zonas mais do interior, onde o número de jovens é muito reduzido e os idosos são os únicos a permanecer nos montes e aldeias, isolados do resto do mundo. Localidades que antigamente tinham mais de cem habitantes hoje têm só um. O isolamento e a solidão dos idosos, são uma problemática complexa, dado que acarreta diversas questões ao nível da saúde, das questões sociais e familiares, entre outras. A solidão é um estado que transmite mágoa, angústia, tristeza, e que em grande parte dos casos traduz-se em isolamento. É um estado de vazio interior que pode ter consequências graves, nomeadamente levar ao suicídio.

Como forma de perceber melhor esta realidade desenvolvemos um estudo de caracter exploratório e descritivo, onde entrevistamos seis idosos do concelho de Mértola, no sentido de perceber como vivenciavam as questões objetivas e subjetivas na sua vida.

Como grande conclusão, e dado que todos referiram sentir-se sós e deprimidos, pensamos que uma forma de combate ao isolamento e a solidão será através da educação, da consciencialização de todas as entidades locais para a temática e dos próprios idosos, o que permitirá fazer a diferença e proporcionar uma maior qualidade de vida a todas as pessoas nestas condições. Exemplos de sucesso são as Universidades Séniores, o Voluntariado Comunitário, e diversas atividades de lazer que se realizam nos locais onde estar sozinho é uma realidade assumida.

 

References

Amaro, F. (2015). Envelhecer no mundo contemporâneo: Oportunidades e

Incertezas. RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 3, p. 201-211, set./dez. Acedido no dia 12 de março de 2019 no Website: http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v12i3.6081.

Assembleia Geral das Nações Unidas (1991). Resolução 46/91- Princípios das Nações Unidas para as pessoas Idosas. Acedido no dia 8 de abril de 2019 no Website: http://gddc.ministeriopublico.pt/sites/default/files/princ-pessoasidosas.pdf.

Batista, P. (2012). Luto e comportamentos suicidários nos idosos da Cova da Beira. (Tese de Mestrado).Universidade da Beira Interior. Acedido no dia 12 de março de 2019 no Website: https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/1184/1/Tese%20Patr%C3%ADcia%20Batista.pdf.

Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. (4ª edição). Lisboa: Edições 70, Lda.

Canestro & Basto. (2016). Envelhecer com Saúde: Promoção de Estilos de Vida Saudáveis no Baixo Alentejo. Pensar Enfermagem, Vol. 20 N.º 1 1º Semestre.

Delgado, S., Marín, B. & Sánchez, J. (2011). Métodos de investigación y análisis de datos en ciencias sociales y de la salud. Madrid: Ediciones Pirámide.

Fernandes, M. P., Ramos, M., Sampaio, M., & Afonso, S. (2014). Intervenção familiar na terceira idade. Experiência no centro de dia, pp. 140-144.

Freire, P. (1979). Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Ghiglione, R., & Matalon, B. (1997). O Inquérito Teoria e Prática. Oeiras: Celta Editora

Instituto Nacional de Estatística (2016). Causas de Morte 2014. Acedido no dia 19 de março de 2019 no Website: https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=249899765&DESTAQUEStema=55538&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt.

Instituto Nacional de Estatística [INE] (2012). Censos 2011 Resultados definitivos – Portugal. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística.

Loureiro, I., Miranda, N., & Miguel, J. M. P. (2013). Promoção da saúde e desenvolvimento local em Portugal: refletir para agir. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 31(1), 23-31.

Luisa, C. (2017). Teorias Leigas em Pessoas Idosas. - Conhecer para Intervir: Guia para Educadores Sociais e Cuidadores. Viseu: Psicosoma.

Paço, C. A. (2016). Solidão e Isolamento na Velhice - Um estudo realizado na Freguesia da Misericórdia em Lisboa. (Tese de Mestrado). Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Acedido no dia 80 de março de 2019 no Website: https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/13212/1/tese%20Carlos%20Pa%C3%A7o.pdf.

OMS (2015). Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. Acedido no dia 9 de março de 2019 no website: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/186468/WHO_FWC_ALC_15.01_por.pdf?sequence=6.

OMS (2002). Envelhecimento ativo: um projeto de política de saúde. Acedido a 5 de março ded 2019 no Website. http://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1& ved=0CCkQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.crdeunati.uerj.br%2Fdoc_go v%2Fdestaque%2FMadri.doc&ei=woiRU_r8NPL50gW7rYGQAw&usg=AFQ. >.

Oliveira, A. (2016). Trabalhar e envelhecer no meio rural. (Tese de Mestrado). Instituto Politécnico de Portalegre. Acedido no dia 05 de março de 2019 no Website: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/18554/1/TESE%20DE%20MESTRADO%20ANTONIO%20C.%20V.%20OLIVEIRA%20cd.pdf

Oliveira, S., Francisco, T., Santos, H., César, A., & Lima, P. (2019). Fatores de risco para quedas em idosos no domicílio: um olhar para a prevenção. Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 3, p. 1568-1595, mar./apr. 2019. Acedido no dia 07 de outubro de 2020 no website:https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/1390/1536

Pardal, L. & Lopes, E. (2011). Métodos e técnicas de investigação social. (2ª edição). Porto: Areal Editores, SA.

Paúl, C., Fonseca, M, A., Martín, I. & Amado, J. (2005). Satisfação e qualidade de vida em idosos portugueses. In Paúl, C.& Fonseca, A. M (coord), Envelhecer em Portugal (pp.77-95). Lisboa: Lidel.

Paúl, C. & Ribeiro, O. (2012). Manual de Gerontologia. Lisboa: LIDEL.

PORDATA (2018). Índice de Envelhecimento. Acedido no dia 2 de abril de 2019 no Website: https://www.pordata.pt/Municipios/%C3%8Dndice+de+envelhecimento-458

PORDATA. (2017). Taxa de envelhecimento. Acedido no dia 20 de março de 2019 no Website: https://www.pordata.pt/.

Rito, F. A. (2015). You, me & TV - Televisão Social para idosos. (Tese de Mestrado). Universidade de Lisboa. Acedido no d ia 08 de abril de 2019 no website: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/20222/1/ulfc115790_tm_F%C3%A1bio_Rito.pdf.

Rosa, M. (2012) O envelhecimento da sociedade Portuguesa. Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Santana, P. (2000). Ageing in Portugal: regional iniquities in health and health care. Social Science and Medicine, 50, 1025-1036.

Santana, P. (Coord.), Alves, I., Couceiro, L., & Santos, R. (2008). Envelhecimento e saúde em Portugal. PNS em foco - Boletim informativo n.º 2. Lisboa: Alto Comissariado da Saúde – Gabinete de Informação e Prospectiva.

Santos, J. P. (2016). Envelhecimento e Crime – Estratégias de Prevenção da Criminalidade contra Idosos na área de atuação da Guarda Nacional Republicana. (Tese de Mestrado). Universidade Nova de Lisboa. Acedido no dia 06 de abril de 2019 no website: https://run.unl.pt/bitstream/10362/20306/1/GoncalvesSantos_2016.pdf.

Simões, A. (2006). A nova velhice:Um novo público a educar. Porto: Ambar.

WHO/Europe. (2019). Data and statistics. Acedido no dia 12 de abril de 2019 no Website: http://www.euro.who.int/en/health-topics/Life-stages/healthy-ageing/data-and-statistics.

Published

2020-10-22

How to Cite

LUÍSA, C. C. G.; PELEIJA, T. F. C. A solidão dos idosos no Baixo Alentejo – A educação como forma de combate / The loneliness of the elderly in Baixo Alentejo - Education as a form of combat. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 3, n. 5, p. 14958–14983, 2020. DOI: 10.34119/bjhrv3n5-285. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/18630. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers