Avaliação da qualidade de vida em pacientes transplantados renais / Evaluation of quality of life in renal transplanted tatients

Authors

  • Daniel Ferreira Moraes de Sousa Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Esther Miguel Ottoni
  • João Lucas Ferreira Vaz
  • Luiza de Aquino Vieira
  • Paula de Oliveira Leão
  • Said Linhares Yassin
  • Lara Cândida de Sousa Machado
  • Leonardo Alves de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv4n1-083

Keywords:

Transplante Renal, Qualidade de Vida em Transplante Renal, Terapia de Substituição Renal, Tratamento da Doença Renal Crônica

Abstract

1 INTRODUÇÃO

O Transplante Renal (TR) é uma opção de tratamento para os pacientes que sofrem de Doença Renal Crônica (DRC) avançada. Através de uma cirurgia, um rim saudável é implantado no paciente, e este, passa a exercer as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas, funções essas que são prejudicadas na DRC (SOUZA, 2017). Logo, por esses e muitos outros motivos que serão discutidos nesse trabalho, o TR é considerado a mais completa alternativa de substituição da função renal (SANTOS, 2018). O procedimento cirúrgico é relativamente simples e após o transplante são necessárias ações importantes tais como o uso de medicamentos imunossupressores e o acompanhamento ambulatorial. Logo, para esses pacientes, o gerenciamento clínico, a avaliação dos resultados do tratamento, e o impacto na Qualidade de Vida (QV) constituem questões importantes.

 

2 OBJETIVO

Este presente estudo tem como principal objetivo avaliar a qualidade de vida dos pacientes submetidos a transplante renal.

 

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter qualitativo. Foram consultados, principalmente, a biblioteca virtual Scielo e PubMed, utilizando-se os termos de busca “Transplante Renal, Qualidade de Vida em Transplante Renal, Terapia de Substituição Renal, Tratamento da Doença Renal Crônica.”. Com essa pesquisa, foi obtido um total de 7.270 resultados, sendo destes, 15 analisados e 4 selecionados  como principais fontes. A amostra de consulta foi determinada pelos seguintes critérios de inclusão: 1) artigos com data de publicação dos últimos oito anos (a partir de 2010) em periódicos, exceto o livro ´´Transtorno Bipolar – Suppes-Dennehy´´ de 2009; 2) estudos empíricos; 3) estudos realizados tanto mundialmente como no Brasil, sendo excluídos todos aqueles trabalhos que não se enquadrassem aos critérios de inclusão.

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em 2014, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi realizado um estudo no qual participaram, 63 pacientes: homens, de média idade, casados, com filhos e a mesma escolaridade. Nesse grupo de pacientes a hemodiálise foi a Terapia de Substituição Renal (TSR) mais comum (96,8%). Para análise dos dados, o escore médio dos domínios e desvio padrão (DP) foram calculados nas duas fases (antes e depois do transplante) com objetivo de comparação (BITTENCOURT, 2010). A análise dos escores mostraram que a Qualidade de Vida (QV) pós TR, melhorou significativamente em todos os domínios. Entre esses, foram analisados aspectos, como a reconquista da saúde, liberdade, interação social, estímulos para as atividades de vida diária e autonomia (SANTOS, 2018). A maior mudança foi observada na QV geral, nas questões que avaliam a satisfação geral com a QV do paciente e deste com sua saúde. Comparando a QV de pacientes renais em diálise e pacientes pós-transplante, foi relatado que aproximadamente 80% daqueles submetidos a TR estavam dispostos a retornar sua atividade profissional três meses após a o transplante, enquanto o índice para pacientes que estavam em tratamento de diálise foi menor que 30% (SOUZA JÚNIOR, 2017). A comparação entre o escore médio dos domínios de QV antes e após a efetivação do transplante mostrou melhora significativa na QV geral e em todos os domínios avaliados, mostrando o impacto positivo do TR na percepção dos pacientes. Além disso, em sua maioria, relataram melhora significativa nos domínios de QV geral, saúde física e relações sociais. A melhoria da qualidade de vida dos transplantados renais pode ser comprovado por meio das seguintes palavras: transplante, vida, qualidade, tratamento. De acordo com Mattos e Maruyama (2009), o transplante tem significado de esperança e fé para o indivíduo que o espera, pois oferecerá independência em relação à hemodiálise e, com isso, o indivíduo retornará à sua vida (GRASSELLI, 2012). Isso pode ser observado por meio das narrativas obtidas pelo estudo de Luciana Fernandes (2018): ´´Você volta a ter a sua vida. Digo, você tem sua vida de volta em tudo, em termo social, em termo físico porque você consegue caminhar, você consegue ir à praia, você consegue trabalhar (Suj. 10)... O transplante seria o tratamento melhor que daria uma qualidade de vida bem melhor que a diálise (Suj. 11)... Eu tenho para mim que o transplante é a solução. Indicaria com certeza, ou doador vivo ou doador cadáver. (Suj. 3)´´.

 

5 CONCLUSÃO

Para a realização deste artigo, foram analisados diversos estudos, instituídos em diferentes épocas, e o resultado final de todos constituíram o mesmo: O transplante renal possibilitou ganhos qualitativos no cotidiano dos entrevistados, fato que repercute de forma positiva em seu bem-estar geral. Os pacientes que foram acompanhados, relataram uma melhora na qualidade de vida em um âmbito geral, fornecendo maior estímulo para a realização das atividades de vida diária, mais disposição e maior inclusão social, fato este, que está diretamente prejudicado em pacientes em hemodiálise. Acredita-se, portanto, que essa revisão obteve êxito em alcançar seu objetivo.

References

BITTENCOURT, Zélia Zilda Lourenço de Camargo. Qualidade de vida em transplantados renais: importância do enxerto funcionante. Revista de Saúde Pública, Campinas São Paulo, v. 38, n. 5, p.732-734, 2010.

GRASSELLI, Cristiane da Silva Marciano. Avaliação da qualidade de vida dos pacientes submetidos à hemodiálise. Revista Brasileira de Clínica Médica, Alfenas, v. 10, n. 6, p.503-507, 2012.

SANTOS, Luciana Fernandes et al. Qualidade de Vida em Transplantados Renais. Psico-usf, [s.l.], v. 23, n. 1, p.163-172, mar. 2018. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-82712018230114.

SOUZA JÚNIOR, Edison Vitório de; SILVA, Yvina Santos; SILVA, Sarah Rodrigues. Avaliação da qualidade de vida dos pacientes submetidos ao Transplante Renal. Revista Saúde e Desenvolvimento, Jequié, Bahia, v. 11, n. 7, p.122-130, Abr/Jun, 2017.

Published

2021-01-11

How to Cite

DE SOUSA, D. F. M.; OTTONI, E. M.; VAZ, J. L. F.; VIEIRA, L. de A.; LEÃO, P. de O.; YASSIN, S. L.; MACHADO, L. C. de S.; DE OLIVEIRA, L. A. Avaliação da qualidade de vida em pacientes transplantados renais / Evaluation of quality of life in renal transplanted tatients. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 952–956, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n1-083. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22971. Acesso em: 29 mar. 2024.

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Original Papers