Fitoterápicos na odontologia, quando podemos utilizá-los? / Phytotherapy in dentistry, when can we use them?

Authors

  • Gabriela Bohneberger
  • Michele Aparecida Machado
  • Marcelina Mezzomo Debiasi
  • Acir José Dirschnabel
  • Grasieli de Oliveira Ramos

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv2n4-114

Keywords:

Odontologia. Fitoterápicos. Plantas medicinais. Afecções bucais.

Abstract

A fitoterapia estuda o uso de plantas com potencial terapêutico, advinda do conhecimento popular, que é passado de geração para geração, é considerada uma alternativa ao tratamento médico e odontológico. Evidências científicas são constantemente buscadas para comprovar sua efetividade, diante disso o presente estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre uso de fitoterápicos aloé vera, calêndula, camomila, copaíba, malva, papaína, penicilina, própolis, romã e tansagem, relacionando o uso popular com as evidências científicas na odontologia. Foram realizadas busca por artigos nas bases de dados da Scielo e Pubmed utilizando como palavras-chave: fitoterapia, plantas medicinais e odontologia, publicados entre 2005 e 2015, que foram agrupados de acordo com a planta medicinal. Todas as plantas estudadas apresentaram potencial terapêutico e aplicação na odontologia. O potencial antibacteriano foi identificado na aloé vera, calêndula, copaíba, papaína, própolis, romã e tansagem, a ação cicatrizante está presente com o uso da aloé vera, calêndula, papaína e própolis e analgésica com camomila, copaíba, malva e penicilina, além disso todas apresentaram poder anti-inflamatório. Com isso estes fitoterápicos devem ser considerados como alternativa no tratamento de afecções bucais por apresentarem propriedades que visam a melhora dos sinais e sintomas presentes na cavidade oral durante processos patológicos, com facilidade de acesso.

 

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Published

2019-07-19

How to Cite

BOHNEBERGER, G.; MACHADO, M. A.; DEBIASI, M. M.; DIRSCHNABEL, A. J.; RAMOS, G. de O. Fitoterápicos na odontologia, quando podemos utilizá-los? / Phytotherapy in dentistry, when can we use them?. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 2, n. 4, p. 3504–3517, 2019. DOI: 10.34119/bjhrv2n4-114. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2448. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers