Os desafios de ser mulher no cenário dos esportes de aventura / The challenges of being a woman in the adventure sports scenario

Authors

  • Simone Fernandes Lopes

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv4n6-137

Keywords:

Preconceito, Esportes de Aventura, Mulheres no Esporte.

Abstract

A presença feminina nos Esportes de Aventura ainda é pequena quando comparada a masculina. Isso ocorre devido a fatores como, os princípios das regras patriarcais há muito inseridas na sociedade e que insistem em dissociar e estabelecer papéis femininos e masculinos. Contudo, surgem iniciativas que têm como propósito auxiliar a inserção e permanência do público feminino nessa categoria de esportes que tem crescido significativamente nas últimas décadas. O objetivo deste estudo qualitativo foi investigar os principais desafios enfrentados pelo público feminino no que diz respeito a sua participação nos esportes de aventura, assim como elencar os motivos de adesão a essas modalidades apesar dos desafios. Os resultados apontam como principais desafios o preconceito relacionado ao gênero, o pré-julgamento em relação a capacidade física e técnica e assédios de cunho moral e sexual. Se tratando da adesão, fica estabelecido o gosto pelo esporte, o contato com a natureza, a possibilidade do desafio e superação, sensação de liberdade e demais aspectos psicológicos. Sugerem‐se novos estudos que abrangem outras formas de superação para o público feminino nesses esportes e que instiguem mais discussões no cenário acadêmico.

 

References

ABREU, N. G. Meninos pra cá, meninas pra lá? In: Votre, S. J. (org.). Ensino e avaliação em Educação Física. Rio de Janeiro: Ed. Central da UGF, p.101-120, 1993.

Breivik, G. (2010). Trends in adventure sports in a post-modern society. Sport in Society: Cultures, Commerce, Media, Politics, 13(2), 260-273. doi10.1080/17430430903522970

Brasil. Decreto de Lei n◦ 3.199. Diário Oficial da Republica Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 abr. 1941: Sec¸ão 1, p. 7453. Bruhns HT. Espor.

Dias, C. A. G., & Alves Jr., E. D. (Eds.). (2009). Em busca da aventura: Múltiplos olhares sobre esporte, lazer e natureza. Niterói: EdUEF

Gasques, M. V. (2002). Montanha em fúria: Aventura e drama no Cerro Aconcágua, o maior pico das Américas. São Paulo: Globo

GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. Métodos de pesquisa. Porto Alegre, RS: UFRGS, 2009.

HIRIGOYEN, Marie-France. Le harcèlement moral: la violence perverse au quotidien. Paris : Syros, 1998.

Joly, M. C. R. A., & Silveira, M. A. (2003). Avaliação preliminar do questionário de informática educacional (QIE) em formato eletrônico. Psicologia em estudo, 8(1), 85-92

LAURETIS, T. Prefacethe Tecnology of Gender. In: LAURETIS, T. Tecnology of Gender. Bloomington: Indiana University Press, 1987G

Lavoura, T. N., Schwartz, G. M., & Machado, A. A. (2008). Aspectos emocionais da prática de atividades de aventura na natureza: A (re)educação dos sentidos. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 22(2),119-127.

Le Breton, D. Risco e lazer na natureza. In: Marinho A, Bruhns HT(Org.). Viagens, lazer e esporte: o espac ̧o da natureza. Barueri:Manole, 2006. p. 94-117.

LYPOVETSKY, G. A terceira mulher: permanência e revolução do feminino. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Lippa, R. A. (2010). Sex differences in personality traits and gender-related occupational preferences across 53 nations: Testing Evolutionary and Social-Environmental Theories. Archives of Sexual Behavior, 39(3), 619-636. doi:10.1007/s10508-008-9380-7

Marinho, A. Lazer, natureza, viagens e aventuras: novos referentes. In: Marinho A, Bruhns HT (Org.). Viagens, lazer e esporte: o espaço da natureza. São Paulo: Manole, 2006. p. 1‐25.

Marinho, A. (2008). Lazer, aventura e risco: Reflexões sobre atividades realizadas na natureza. Movimento, 14(2), 181-206.

MARINHO, A, et al. A. Atividades e esportes de aventura para profissionais de educação física. São Paulo: Phorte, 2013

Ortiz, A. (2007). Na Estrada do Everest: trekking no Himalaia (2ª ed.). Rio de Janeiro: Record.

Oliveira G, Cherem EHL, Tubino MJG. A insercão histórica damulher no esporte. Revista Brasileira de Ciência e Movimento 2008;16(2):117---25.

PARKER, R.G. Corpos, Prazeres e Paixões. A cultura sexual no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Best-Seller; Abril Cultural, 1991. RAGO, M. Trabalho feminino e sexualidade. In: DEL PRIORE, M. (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997, p. 58

Pimentel, G. G. A; Saito, C. F. Caracterização da Demanda Potencial por Atividades de Aventura. Revista Motriz, Maringá: Universidade Estadual de Maringá, PR, Brasil 2 CESUMAR - Centro Universitário de Maringá, PR, Brasil, n.16, p. 152-161, Jan/marc. 2010

Romariz, S. B., Devide, F. P, & Votre, S. (2007). Atleta substantivo feminino: as mulheres brasileiras nos jogos olímpicos. Movimento, 13(1), 207-216.

Rutland A, Killen M, Abrams D. A new social-cognitive developmental perspective on prejudice the interplay between morality and group identity. Perspectives on Psychological Science 2010;5(3):279---91.

Stigliano BV, César PAB. Turismo de aventura: a busca de seu significado através da análise qualitativa de praticantes. Turismo -Visão e Ac ̧ão 2002;5(11):41---50.

Schwartz, G. M.; Pereira, L. M.; Figueiredo, J. P.; Christofoletti, D. F. A.; DIAS, V. K. Estratégias de Participação da Mulher Nos Esportes De Aventura. Revista Brasileira de Ciências dos Esporte, São Paulo: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, n.38, p. 156-162, Set. 2016

Schwartz, G. M.; Pereira, L. M.; Figueiredo, J. P.; Christofoletti, D. F. A.; DIAS, V. K. Preconceito e esportes de aventura: A (não) presença feminina. Instituto de Biociências,UNESP-RC – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho campus de Rio Claro, Brasil, Revista Motricidade, Vila Velha, vol.9, 2013

Schwartz, G. M. (2002). Emoção, aventura e risco: A dinâmica metafórica dos novos estilos. In M. S. Burgos, & L. M. S. M. Pinto (Eds.). Lazer e estilo de vida (pp. 139-168). Santa Cruz do Sul: Edunisc

Tahara, A. K. (2004). Aderência às atividades físicas de aventura na natureza, no âmbito do lazer (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual Paulista, Rio Claro

Tahara, A., Carnicelli Filho, S., & Schwartz, G. (2006). Meio ambiente e atividades de aventura: Significados de participação. Motriz, 12(1), 59-64.

Vivot, Julio J. Martinez, Acoso sexual en las relaciones laborales, Buenos Aires, Editorial Astrea, 1995, p. 19.

Published

2021-11-17

How to Cite

LOPES, S. F. Os desafios de ser mulher no cenário dos esportes de aventura / The challenges of being a woman in the adventure sports scenario. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 6, p. 25316–25341, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n6-137. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/39680. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers