Ecofisiologia de mudas de Handroanthus impetiginosus submetidas a diferentes ciclos de rega/ Ecophysiology of seedlings of Handroanthus impetiginosus submitted to different irrigation cycles
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n6-264Keywords:
Ipê rosa, estresse hídrico, plantas jovensAbstract
Objetivou-se avaliar o comportamento de mudas da espécie Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos quanto aos aspectos ecofisiológicos quando submetidas a diferentes regimes hídricos, em casa de vegetação. Para tanto, um experimento foi realizado no Centro de Engenharias e Ciências Agrárias no Laboratório de Tecnologia da Produção da Universidade Federal de Alagoas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e consistiu-se de quatro tratamentos (Controle e Ciclos de Rega de três, seis e nove dias), com quatro repetições. Durante o período experimental foram mensurados semanalmente, a altura da planta, o diâmetro do caule e o número de folhas, também foram obtidas as concentrações de pigmentos fotossintéticos (clorofila a, b, total e carotenóides), o teor relativo de água e a produção de biomassa seca. De acordo com os resultados obtidos, pode-se afirmar que mudas de ipê rosa possuem mecanismos de tolerância à seca com alto potencial hídrico, pois na tentariva de suportar as injurias provocadas pela falta de água, as mesmas apresentaram senescência foliar, diminuição do diâmetro do caule e redução da produção de biomassa seca em todos os ciclos de rega. Com o passar do tempo as mudas incrementaram novas folhas com áreas reduzidas, investiram no crescimento do sistema radicular em busca de água e mantiveram a turgescência foliar e os teores de clorofila o que podem ser considerados importantes fatores de rustificação à seca. Outro importante fator é que mudas de Handroanthus impetiginosus são capazes de suportar até 9 dias de estresse hídrico sem apresentar comprometimento ecofisiológico. Levando-se a crer que as mesmas toleram curtos períodos de estiagem em ambiente natural.
References
ANJUM, S. A. et al. Morphological, physiological and biochemical responses of plants to drought stress. African Journal of Agricultural Research, 2011.
BENINCASA, M. M. P. Análise de crescimento de plantas (noções básicas). Jaboticabal: FUNEP, 41p, 2003.
CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. Brasília: Embrapa Florestas, 2003.
LAMBERS, H.; CHAPIN, F. S.; PONS, T. L. Plant Physiological Ecology. 2nd. ed. UK: Springer, 2008.
LICHTENTHALER, H. K.; BUSCHMANN, C. Current Protocols in Food Analytical Chemistry, f4. 3. 1 – F4.3.8, 2001.
NASCIMENTO, H. H. C.; NOGUEIRA, R.J.M.C.; SILVA, E. C.; SILVA, M. A. Análise
do crescimento de mudas de jatobá (Hymenaea courbaril L.) em diferentes níveis de água no solo. Revista Árvore, v. 35, p. 617-626, 2011.
OLIVEIRA, A. K. M.; GUALTIERI, S. C. J.; BOCCHESE, R. A. Gas exchange of potted
Tabebuia aurea plants under hydric stress. Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá, 2011.
SANTOS, P. C. S. et al. Water stress and temperature on germination an vigor of Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC). Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, maio 2018.
SCALON, S. P. Q. et al. Estresse hídrico no metabolismo e crescimento inicial de mudas de mutambo (Guazuma ulmifolia Lam.). Ciência Florestal, Santa Maria, out-dez 2011. ZAR, J. H. Biostatistical analysis. London: Prentice-Hall, 1999.
SOUZA, C. S. et al. COMPORTAMENTO DE MUDAS DE Bambusa vulgaris Schrad. EX J.C. Wendl SUBMETIDAS AO ESTRESSE HÍDRICO E SALINO, UTILIZANDO ÁGUA RESIDUÁRIA DA PISCICULTURA. Ciência Agrícola, Rio Largo, v. 17, n. 2, p. 7-16, 2019.
BIANCHI, L.; GERMINO, G. H.; SILVA, M. A. Adaptação das Plantas ao Déficit Hídrico. Acta Iguazu, Cascavel, v. 5, n. 4, p. 15-32, 2016.
WEATHERLEY, P. E. Studies in the water relations of the cotton plant. I- The field measurements of water deficits in leaves. New Phytologist, v. 49, p. 81-9, 1950.