Uma análise Pós-Colonial na obra Robinson Crusoé / A Post-Colonial analysis on Robinson Crusoé
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n10-302Keywords:
Colonialismo, Literatura, Pós-Colonialismo, Robinson Crusoé.Abstract
Este artigo apresenta uma sucinta análise do romance Robinson Crusoé, do escritor inglês Daniel Defoe, utilizando abordagens dos pensamentos dos estudos pós-coloniais. Publicado em 1719, a obra Robinson Crusoé é considerada o primeiro romance realista escrito em língua inglesa. Até os dias atuais, o romance já possui mais de 700 edições, traduções, adaptações, releituras e reescritas, além de adaptações cinematográficas e animações. Apresentando os relatos de aventura da personagem que nomeia o romance e como ele sobreviveu em uma ilha por vinte e oito anos, a obra ganhou apreço do público desde sua primeira publicação, pois durante o período de seu lançamento estava em ascensão os meios impressos de comunicação e os leitores ficavam entusiásticos por narrativas de viagem em lugares exóticos, mistérios e aventuras. O trabalho faz uso do método bibliográfico, sendo norteado pelos autores: Aimée Césaire (1978), Albert Memmi (2007), Frantz Fanon (1965) e Thomas Bonnici (2012; 2019). Após a análise da obra, percebe-se que ela ser compreendida como “colonizadora” visto que ela apresenta traços colonizadores, a saber: a individualização, o poder, o domínio, o preconceito e a submissão expostos por meio das personagens Robinson Crusoé e Sexta-Feira.References
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