Como o cinema constrói suas verdades? / How cinema builds it’s truths?
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-122Keywords:
Cinema, Espectador, Impressão de realidade.Abstract
Este texto discute sobre a verdade e a universalidade do cinema com base nos estudos de Aumont (2012), Metz (2007), Martin (2007) e Cabrera (2006; 2010). Seu objetivo é situar o filme Cinema, aspirinas e urubus, de Marcelo Gomes, no centro dessa problemática. Do ponto de vista argumentativo, desenvolve a compreensão de que a verdade do cinema não se traduz na verossimilhança do real ou na expressão natural da realidade, mas, sim, na produção de um sentido, de uma possibilidade. O cinema, portanto, possui uma pretensão de verdade, que não tem a intenção de confirmar ao espectador sua veracidade ou falsidade e, sim, de abarcá-lo numa espécie de verdade impingida por intermédio de uma experiência instauradora e impactante.
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