Perfil epidemiológico da hanseníase em um município da região norte do Brasil / Epidemiological profile of leprosy in a municipality in northern Brazil

Authors

  • Samuel Cardoso Sá Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Danillo dos Santos Silva

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-608

Keywords:

Hanseníase, Epidemiologia, Doenças negligenciadas, Doenças transmissíveis, Brasil.

Abstract

O Brasil é o segundo no mundo em número de casos de hanseníase, sendo caso relevante de saúde pública. O presente trabalho visa conhecer o perfil epidemiológico da hanseníase em Marabá, estado do Pará. Analisou-se as variáveis sociodemográficas e clínicas de 2005 a 2014, do Sistema Nacional de Agravos de Notificação. No total, 2.643 casos de hanseníase foram notificados. Os casos novos foram 2.203 e 276 eram menores de 15 anos. Identificou-se maior frequência no sexo masculino, 62,73% multibacilares, 41,12% entre 20-39 anos de idade, predominantemente forma dimorfa. Observando-se o grau de incapacidade dos casos novos, 97,40% foram avaliados e a maioria não havia nenhuma incapacidade, com média de casos grau II de 3,7%. A proporção de cura e abandono dentre casos novos foi acima dos 80%. Comprova-se grande circulação bacilar, atingindo pacientes em idade de maior produção econômica, necessitando-se de ações que elevem a descentralização progressiva da atenção básica de saúde e o diagnóstico precoce.

 

 

References

World Health Organization (WHO). Global leprosy update, 2016: accelerating reduction of disease burden. Wkly epidemiol rec 2017; 92(35): 501–20.

Lobo JR, Barreto JCC, Alves LL, Crispim LC, Barreto LA, Duncan LR et al. Perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase através de exame de contato no município de Campos dos Goytacazes, RJ. Rev Bras Clin Med 2011; 9(4): 283-87.

Marciano LHSC, Belone AFF, Rosa PS, Coelho NMB, Ghidella CC, Nardi SMT et al. Epidemiological and geographical characterization of leprosy in a Brazilian hyperendemic municipality. Cad Saúde Pública 2018; 34(8): 1-16. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00197216.

Chaves EC, Costa SV, Flores RLR, Neves EOS. Índice de carência social e hanseníase no estado do Pará em 2013: análise espacial. Epidemiol Serv Saude 2017; 26(4): 807-16. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742017000400012.

Freitas LRS, Duarte EC, Garcia LP. Análise da situação epidemiológica da hanseníase em uma área endêmica no Brasil: distribuição espacial dos períodos 2001 – 2003 e 2010 – 2012. Rev Bras Epidemiol 2017; 20(4): 702-13. http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201700040012.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Caracterização da situação epidemiológica da hanseníase e diferenças por sexo, Brasil, 2012-2016. Boletim epidemiológico 2018; 49(4): 1-12.

Zanella LF, Sousa IBA, Barbosa MS, Faccenda O, Simionatto S, Marchioro SB. High detection rate of new cases of multibacillary leprosy in Mato Grosso do Sul, Brazil: an observational study from 2001-2015. Rev Inst Med Trop São Paulo 2018; 60(67): 1-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1678-9946201860067.

Dessunti EM, Soubhia Z, Alves E, Aranda CM, Barro MPAA. Hanseníase: o controle dos contatos no município de Londrina-PR em um período de dez anos. Rev Bras Enferm 2008; 61: 689-93. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000700006.

Palácios VRCM; Dias RS; Neves DCO. Estudo da situação da hanseníase no estado do Pará. Rev. Para. Med. 2010; 24(2): 49-56.

Moreira SC, Batos CJC, Tawil L. Epidemiological situation of leprosy in Salvador from 2001 to 2009. An Bras Dermatol 2014; 89(1): 107-17. http://dx.doi.org/10.1590/abd1806-4841.20142175.

Franco-Paredes C, Rodriguez?Morales AJ. Unsolved matters in leprosy: a descriptive review and call for further research. Ann Clin Microbiol Antimicrob 2016; 15(33): 1-10. http://dx.doi.org/10.1186/s12941-016-0149-x.

Monteiro LD, Mota RMS, Martins-Melo FR, Alencar CH, Heukelbach J. Social determinants of leprosy in a hyperendemic State in North Brazil. Rev Saude Publica 2017; 51(70): 1-10. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2017051006655.

World Health Organization (WHO). Guidelines for the diagnosis, treatment and prevention of leprosy. New Delhi: Regional Office for South-East Asia; 2018.

Borenstein MS, Padilha MI, Costa E, Gregório VRP, Koerich AME, Ribas DL. Hanseníase: estigma e preconceito vivenciados por pacientes institucionalizados em Santa Catarina (1940-1960). Rev Bras Enferm 2008; 61(esp): 708-12. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000700009.

Faria DR, Ribeiro HS, Amaral KVA, Moura WCN. Avaliação de contatos de hanseníase. Revista Panorâmica On-Line 2013; 14: 35-46.

Nazario AP, Ferreira J, Schuler-Faccini L, Fiegenbaum M, Artigalás O, Vianna FSL. Leprosy in Southern Brazil: a twenty-year epidemiological profile. Rev Soc Bras Med Trop 2017; 50(2): 251-55. http://dx.doi.org/10.1590/0037-8682-0229-2016.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Marabá. [Internet]. Disponível em: http://cidades.ibge,gov.br/xtras/perfil.php?codmun=150420 (Acessado em 23 de junho de 2015).

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Situação epidemiológica da hanseníase no Brasil - análise de indicadores selecionados na última década e desafios para eliminação. Boletim epidemiológico 2013; 44(11): 1-12.

Lana FCF, Carvalho APM, Davi RFL. Perfil epidemiológico da hanseníase na microrregião de Araçuaí e sua relação com ações de controle. Esc Anna Nery Rev Enferm 2011; 15(1): 62-7. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452011000100009.

Lanza FM, Cortez DN, Gontijo TL, Rodrigues JSJ. Perfil epidemiológico da hanseníase no município de Divinópolis, Minas Gerais. Rev Enferm UFSM 2012; 2(2): 365-374. http://dx.doi.org/10.5902/217976925343.

Aquino DMC, Caldas AJM, Silva AAM, Costa JML. Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperendêmica da Amazônia do Maranhão, Brasil. Rev Soc Bras Med Trop 2003; 36(1): 57-64. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822003000100009.

Lima HMN, Sauaia N, Costa VRL, Coelho Neto GT, Figueiredo PMS. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase atendidos em Centro de Saúde em São Luís, MA. Rev Bras Clin Med 2010; 8(4):323-27.

Ribeiro Júnior AF, Vieira MA, Caldeira AP. Perfil epidemiológico da hanseníase em uma cidade endêmica no Norte de Minas Gerais. Rev Bras Clin Med 2012; 10(4): 272-77.

Monteiro LD, Alencar CHM, Barbosa JC, Braga KP, Castro MD, Heukelbach J. Incapacidades físicas em pessoas acometidas pela hanseníase no período pós-alta da poliquimioterapia em um município no Norte do Brasil. Cad Saúde Pública 2013; 29(5): 909-20. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000500009.

Romão ER, Mazzoni AM. Perfil epidemiológico da hanseníase no município de Guarulhos, SP. Rev Epidemiol Control Infect 2012; 3(1): 22-7. https://doi.org/10.17058/reci.v3i1.3344.

Silva MN, Toledo BJ, Gelatti LC. Perfil epidemiológico de pacientes portadores de hanseníase em Uruaçu-GO. Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Saúde e Tecnologia 2015, 4(1): 18-28.

Melão S, Blanco LFO, Mounzer N, Veronezi CCD, Simões PWTA. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase no extremo sul de Santa Catarina, no período de 2001 a 2007. Rev Soc Bras Med Trop 2011; 44(1): 79-84. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822011000100018.

Nobre ML, Illarramendi X, Dupnik KM, Hacker MA, Nery JAC, Jerônimo SMB et al. Multibacillary leprosy by population groups in Brazil: Lessons from an observational study. PLoS Negl Trop Dis 2017; 11(2): 1-14. https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0005364.

Gomes CCD, Pontes MAA, Gonçalves HS, Penna GO. Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase em um centro de referência na região nordeste do Brasil. An Bras Dermatol 2005; 80(Supl 3): 283-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962005001000004.

Miranzi SSC, Pereira LHM, Nunes AA. Perfil epidemiológico da hanseníase em um município brasileiro, no período de 2000 a 2006. Rev Soc Bras Med Trop 2010; 43(1): 62-7.

Pinto RA, Maia HF, Silva MAF, Marback M. Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes notificados com hanseníase em um hospital especializado em Salvador, Bahia. Rev Baiana Saúde Pública 2010, 34(4): 906-18.

Sousa MWG, Carneiro LR, Costa ALF, Silva DC, Almino MLBF. Perfil epidemiológico da hanseníase no estado do Piauí, período de 2003 a 2008. An Bras Dermatol 2012, 87(3): 401-7.

Barbosa DRM, Araújo AA, Damaceno JCF, Almeida MG, Santos AG. Perfil epidemiológico da hanseníase em cidade hiperendêmica do Maranhão, 2005-2012. Revista Rede de Cuidados em Saúde 2014: 8(1): 1-13.

Souza EA, Ferreira AF, Boigny NA, Alencar CH, Heukelbach J, Martins-Melo FR et al. Leprosy and gender in Brazil: trends in the endemic area of the Northeast region, 2001-2014. Rev. Saude Publica 2018; 52(20): 1-12. http://dx.doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000335.

Vieira CSCA, Soares MT, Ribeiro CTSX, Silva LFG. Avaliação e controle de contatos faltosos de doentes com hanseníase. Rev Bras Enferm 2008: 61(esp): 682-88. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000700005.

Pereira EVE, Machado HAS, Ramos CHM, Nogueira LT, Lima LAN. Perfil epidemiológico da hanseníase no município de Teresina, no período de 2001-2008. An Bras Dermatol 2011, 86(2): 235-40. http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962011000200005.

Temoteo RCA, Souza MM, Farias MCAD, Abreu LC, Netto EM. Hanseníase: avaliação de contatos intradomiciliares. ABCS Health Sci 2013; 38(3): 133-41. https://doi.org/10.7322/abcshs.v38i3.18.

Governo do Estado do Pará. Secretaria de Estado de Saúde Pública. Ações de Controle da Hanseníase na Atenção Básica à Saúde: Manual de Treinamento. Belém: Governo do Estado do Pará; 2011.

Lobato DC. Avaliação das ações da vigilância de contatos de pacientes com hanseníase no município de Igarapé-Açu – Pará [dissertação de mestrado]. Belém: Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) – Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP); 2011.

Published

2021-01-22

How to Cite

Sá, S. C., & Silva, D. dos S. (2021). Perfil epidemiológico da hanseníase em um município da região norte do Brasil / Epidemiological profile of leprosy in a municipality in northern Brazil. Brazilian Journal of Development, 7(1), 8959–8974. https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-608

Issue

Section

Original Papers