Análise das internações por neoplasias malignas de esôfago nas regiões geográficas do Brasil entre 2015 e 2019 / Analysis of hospitalizations for esophageal malignancies in the geographic regions of Brazil between 2015 and 2019

Authors

  • Lucas Félix Felicio Matos
  • Yago Daltiba Rabelo
  • Julia Libanori Fragoso
  • Eduarda Pereira Ceroni
  • Leticia Nunes Montes
  • Vitória Pereira Bugs

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv7n12-026

Keywords:

Neoplasia de estômago, Profilaxia, Características culturais.

Abstract

O câncer de esôfago é uma importante enfermidade, principalmente, para o sexo masculino, tendo, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), uma estimativa de mais de 10 mil novos casos por ano, sendo mais de 8 mil atribuídos a este grupo. Assim como nos demais tipos de câncer, é axiomática a importância de obter o diagnóstico precoce, porém, aqui se encontra um desafio desse quadro: em sua fase inicial, é assintomático ou apresenta sintomas inespecíficos. Dentre os fatores de risco, pode-se destacar o tabagismo e o consumo frequente de bebidas muito quentes. Esse estudo objetiva analisar o número de internações, em caráter de urgência, de pacientes acometidos por neoplasias malignas do esôfago no Brasil entre jan/2015 e abr/2019, fazendo um comparativo entre as regiões brasileiras.

 

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo com análise comparativa baseado nos dados de internações por neoplasias malignas do esôfago por região do Brasil registrados no DATASUS no período de janeiro de 2015 a abril de 2019.

 

3 RESULTADO E DISCUSSÃO

O número de internações foi de 1.156 na região Norte, 7.518 na região Nordeste, 30.131 na região Sudeste, 15.012 na região Sul e 3.109 na região Centro-Oeste, totalizando 56.926 internações. A partir dos dados, foi evidenciada uma grande disparidade no número de casos ao comparar as regiões sul e sudeste com as demais. Tendo em vista que os principais fatores de risco são o tabagismo e o consumo frequente de bebidas quentes (65 °C ou mais) e que esses são comumente usados pela população como alternativas ao frio, a disparidade pode ser explicada segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostram que essas regiões apresentam as temperaturas médias anuais mais baixas do país, sendo mais extremas na região sul. Além disso, dados  do INCA demonstram que a região sul apresenta a maior proporção de fumantes de tabaco com 18 anos ou mais no Brasil, sendo seguida pela região sudeste. Nesse contexto, pode-se destacar ainda o consumo do chimarrão ou mate, uma bebida característica da cultura do Cone Sul e que é composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate moída e água a aproximadamente 70 graus Celsius. Desprende-se do exposto que os habitantes das regiões Sul e Sudeste além de serem mais acometidos, representam um grupo de risco para essa enfermidade, principalmente, pelos hábitos de vida. Sendo assim, conclui-se que mudanças nos hábitos e rastreio precoce representam a melhor alternativa para frear o avanço no número de casos de neoplasias malignas no esôfago.

References

Instituto Nacional de Câncer, Inca.gov.br

Data SUS, Datasus.gov.br

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Ibge.gov.br

Published

2021-12-29

How to Cite

Matos, L. F. F., Rabelo, Y. D., Fragoso, J. L., Ceroni, E. P., Montes, L. N., & Bugs, V. P. (2021). Análise das internações por neoplasias malignas de esôfago nas regiões geográficas do Brasil entre 2015 e 2019 / Analysis of hospitalizations for esophageal malignancies in the geographic regions of Brazil between 2015 and 2019. Brazilian Journal of Development, 7(12), 110443–110446. https://doi.org/10.34117/bjdv7n12-026

Issue

Section

Original Papers