A população negra africana e da diáspora no desenvolvimento tecnológico / The black african and the diaspora population in technological development

Authors

  • Felipe dos Santos de Almeida
  • Harrison Lourenço Corrêa

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv8n1-429

Keywords:

Diáspora, inovações, Brasil, racismo.

Abstract

Durante o período de colonização do Brasil, baseado no trabalho escravo e caracterizado por diversos ciclos econômicos, muitas conquistas obtidas pela classe dominante deram-se a partir de conhecimentos e tecnologias trazidas pelos povos africanos. Engenhos, ferramentas, técnicas agrícolas, religião e cultura são alguns exemplos da inegável contribuição da África ao Brasil, à ocasião, um país ainda em desenvolvimento. Os africanos, vindos à força para contribuir como mão-de-obra escrava, tiveram esse regime de trabalho chancelado pelo sistema de hierarquização pautado na classificação de raças. Estabeleceu-se, assim, um status quo que perdurou por séculos, cujos desdobramentos são até hoje perceptíveis na sociedade brasileira. Não bastasse a violência pela qual um povo subjugado foi forçado a sofrer, os africanos tiveram seus saberes apropriados sem, contudo, terem direito a algum crédito sobre seus feitos. O presente trabalho objetiva mostrar como as relações de poder estabelecidas no período colonial (baseadas no eurocentrismo) foram determinantes para anulação de um povo e seus descendentes. Mais especificamente, pretende-se mostrar o quanto o povo negro teve e tem sua representatividade na tecnologia mundial e, em particular, no Brasil.

References

ACTON INSTITUTE. Bartolomeu de las Casas. Disponível em: http://pt.acton.org/historical/bartolomeu-de-las-casas-1474-1566. Acessado em: 03 de março de 2019.

ANDRÉ, Cláudio, SILVA, Jorge Costa, SANTOS, Ricardo. (2017). A afro-etnomatemática como fomentadora de transformação social. Revista da ABPN, 9 (22).

ARAÚJO, Emanoel. (2013). Arte, adorno, design e tecnologia no tempo da escravidão. Museu de Afro Brasil.

BRASIL. Ministério da Educação.(2004).Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

BRASIL. Governo do Brasil. (2015) Ciência sem Fronteiras já beneficiou 17,5 mil negros com bolsas de estudo no exterior. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/noticias/educacao-e-ciencia/2015/11/ciencia-sem-fronteiras-ja-beneficiou-17-5-mil-negros-com-bolsas-de-estudos-no-exterior. Acesso em: 28 de março de 2019.

BRITO, Marlene Oliveira; MACHADO, Vitor. (2017). Conhecimento científico e tecnológico dos povos africanos - estratégia de resistência à tradição seletiva no ensino de ciências. Cadernos CENPEC, 7 (1).

CLEAVELAND, Timothy. (2015). Ahmad Baba al-Timbukti and his islamic critique of racial slavery in the Maghrib. The Journal of North African Studies.

CUNHA Jr., Henrique. (2010). Tecnologia africana na formação brasileira. CEAP, Rio de Janeiro.

FARRINGTON, Benjamim. (1961). A ciência grega e o que significa para nós. Ibrasa.

JAMES, George. (1992). Stolen legacy, greek philosophy in stolen egyptian philosophy. Africa World Press.

JOHNSON, Alice Otchere. (2018). A look at ancient African architecture that have influenced modern-day structures. Disponível em: https://face2faceafrica.com/article/a-look-at-ancient-african-architecture-that-have-influenced-modern-day-structures/2

MACHADO, Fúlvio de Barros Pinheiro (2003). Brasil: A doce terra, História do setor. Disponível em: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/historia_da_cana_000fhc62u4b02wyiv80efhb2attuk4ec.pdf. Acesso em 02 de abril de 2019.

KHAIR, Zulkifli. The uiversity of Sankore. Muslim Heritage. Disponível em: http://muslimheritage.com/article/university-sankore-timbuktu. Acessado em 04 de abril de 2019.

RUBBO, Deni Alfaro. Anibal Quijano e a racionalidade alternativa na América Latina: diálogos com Mariátegui. (2018). Estudos Avançados, 32(94).

SANTOS, Celso, ANDRADE, Doherty, GARCIA, Tânia. (2008). Jogos africanos e a educação matemática: semeando com a família mancala. Curso de Matemática. Secretaria de Estado de Educação. Unversidade Estadual de Maringá.

SOARES, Mariza, AGOSTINHO, Michele, LIMA, Rachel. (2016). Conhecendo a exposição Kumbumku do Museu Nacional. Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Van SERTIMA, I. (1983). The Lost Sciences of Africa: An Overview. Blacks in Science: Ancient and Modern. 7 – 26.

WOODS, G.(1988). Science in Ancient Egypt. Science of the Past. Nova Iorque, Watts.

Published

2022-01-24

How to Cite

Almeida, F. dos S. de, & Corrêa, H. L. (2022). A população negra africana e da diáspora no desenvolvimento tecnológico / The black african and the diaspora population in technological development. Brazilian Journal of Development, 8(1), 6353–6365. https://doi.org/10.34117/bjdv8n1-429

Issue

Section

Original Papers