A prevalência de casos de fibrose e cirrose hepática na população brasileira no período entre 2014 a 2018 / The prevalence of liver fibrosis and cirrhosis cases in the brazilian population from 2014 to 2018
Abstract
A fibrose hepática é caracterizada por danos subsequentes no fígado gerando cicatriz. O estimulo nocivo leva a inflamação, promovendo desorganização da arquitetura tecidual, e por fim disfunção hepática. O diagnóstico é primordialmente morfológico, pela análise histológica da biópsia do fígado. O diagnóstico precoce mostrou-se importante, visto a melhor resposta terapêutica dos pacientes na fase inicial. O avanço da fibrose para cirrose hepática é dinâmico, tendo diversas etiologias e complicações associadas. Na clínica, a CH é dividida em compensada e descompensada, dependendo das complicações secundárias à hipertensão portal e insuficiência hepática. Na compensada, nota-se pouco ou nenhum sinal e sintoma e as principais manifestações são inespecíficas. Já a descompensada, apresenta complicações como hemorragia digestiva alta, encefalopatia hepática, ascite e peritonite bacteriana espontânea. Além destas complicações, também são consideradas síndrome hepatorrenal e carcinoma hepatocelular. Com base no DATASUS, foi possivel avaliar epidemiologicamente as alterações hepáticas na população brasileira, sendo possível destacar uma maior prevalência na região sudeste, e no sexo masculino, estando relacionado a fatores históricos e socioeconômico. Vale ressaltar que a frequência de casos se manteve nos anos seguintes. Neste sentido, o estudo visa contribuir para direcionar medidas políticas de promoção e prevenção das diferentes causas das alterações hepáticas analisadas.
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