Espectroscopia de infravermelho para estudo de café conilon fermentado / Infrared spectroscopy for the study of fermented conilon coffee

Authors

  • Emanuele Catarina da Silva Oliveira
  • Paulo Roberto Filgueiras
  • Aldemar Polonini Moreli
  • Alanne Carvalho de Oliveira
  • Lucas Henrique Caser Venturim
  • Lucas Louzada Pereira

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n4-189

Keywords:

café conilon, fermentação, espectroscopia de infravermelho, quimiometria, PCA.

Abstract

O café conilon representa quase 20% de toda a produção de café Brasileiro, entretanto, é pouco valorizado em relação ao quesito qualidade sensorial, quando comparado com o café arábica. Destaca-se que os cafés oriundos do gênero Coffea canephora, possuem um perfil sensorial mais denso, menos adocicado, menos ácido e com forte pronunciação do corpo no momento da degustação. Porém, diversos processos estão sendo desenvolvidos e testados para melhoria da qualidade e agregação de valor ao produto, fazendo com que os produtores de café conilon tenham que modificar técnicas e procedimentos operacionais. Assim, neste estudo em questão, os experimentos foram conduzidos na Fazenda Venturim em São Domingos do Norte, Espírito Santo. Para o curso em questão, foram adotados processos com aplicação de culturas de arranque (levedura) para otimizar e modificar as rotas metabólicas e consequentemente a qualidade sensorial. Uma análise exploratória, utilizando o método de análise de componentes principais (PCA), foi aplicada aos espectros de infravermelho médio das 33 amostras de café geradas pelos tratamentos via-úmida com o objetivo de entender a influência desses diferentes processamentos na composição química e qualidade final do café. Resultados preliminares indicam potencial para otimização da qualidade do café conilon através do uso do processamento via-úmida com uso de culturas de arranque.

References

Avallone, S., Guyot, B., Brillouet, J-M., Olguin, E., Guiraud, J-P. (2001) Microbiological and Biochemical Study of Coffee Fermentation. Current Microbiology An International Journal, 42, 252-256.

Brereton, R. G. (2003). Chemometrics: Data Analysis for the Laboratory and Chemical Plant. Gra-Bretanha: John Wiley & Sons Ltd.

Bruyn, F., Zhang,S. J., Pothakos, V., Torres, J., Lambot, C., Moroni, A. V., Callanan, M., Sybesma, W., Weckx, S., Vuyst, L. (2017) Exploring the Impacts of Postharvest Processing on the Microbiota and Metabolite Profiles during Green Coffee Bean. Aem.Asm.Org 1 Applied and Environmental Microbiology, 83(1), 1-16

Carrera, F., Léon-Camacho, M., Pablos, F., & Gonzáles, A. G.(1998) Authentication of green coffee varieties according to their sterolic profile. Analytica Chimica Acta, 370, 131-139.

Centro Nacional de Investigaciones de Café (2015). CENICAFÉ. Avanços técnicos, Programa de Investigación Científica Fondo Nacional del Café. Disponível em: <http://biblioteca.cenicafe.org/bitstream/10778/658/1/39286.pdf> Acessado em 13/05/2018

Companhia Nacional de Abastecimento. CONAB (2018). Primeiro levantamento de safra. V. 5 - SAFRA 2018, n.1. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/18_01_24_17_34_27_cafe_janeiro2018.pdf>. Acessado em 13/02/2018

Di DonFrancesco, B., Guzman, N. G., & Chambers, E. (2014) Comparison of results from cupping and descriptive sensory analysis of Colombian brewed coffee. Journal of Sensory Studies, 29(4), 301-311.

Feria-Morales, A. M. (2002) Examining the case of green coffee to illustrate the limitations of grading system/expert tasters in sensory evaluation for quality control. Food Quality and Preference, 13(6), 355-367.

Joët, T., Laffargue, A., Descroix, F., Doulbeau, S., Bertrand, B., kochko, A., Dussert, S. (2010) Influence of Environmental Factors, Wet Processing and Their Interactions on the Biochemical Composition of Green Arabica Coffee Beans. Food Chemistry, 118 (3), 693–701.

Lin, C. C. (2010) Approach of Improving Coffee Industry in Taiwan-Promote Quality of Coffee Bean by Fermentation. The Journal of International Management Studies, 5(1), 154-159.

Lopes, W. A & Fascio, M. (2004) Esquema para interpretação de espectros de substâncias orgânicas na região do infravermelho. Química Nova, 27(4), 670-673.

Pavia, D. L., Lampman, G. M., Kriz, G. S., Vyvyan, J. R. (2001) Introduction to Spectroscopy. (4 ed.). Orlando: Brooks/Cole Cengage Learning.

Quintero, G. I. P. (2010). Fundamentos del proceso de fermentación em el beneficio del café. Chinchiná: Cenicafé..

Ribeiro, J. S., Ferreira, M. M. C. & Salva, T. J. G (2011) Chemometric models for the quantitative descriptive sensory analysis of Arabica coffee beverages using near infrared spectroscopy. Talanta, 83, 1352-1358.

Ribeiro, B. B., Mendonça, L. M. V. L., Assis, G. A., Mendonça, J. M. A., Malta, M. R. & Montanari, F. F. (2014) Avaliação química e sensorial de blends de Coffea canephora Pierre e Coffea arabica L. Coffee Science, 9(2), 178–186.

Santos, M. C. S. (2005). Utilização da espectroscopia na região do infravermelho (FTIR) e quimiometria na identificação do café torrado e moído adulterado (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG.

Silverstein, R. M., Webster, F. X., Kiemle, D. J. (2005). Spectrometric Identification of Organic Compounds. (7 ed). New York: John Wiley & Sons, Inc.

Tavares, L. A. & Ferreira, A. G.(2006) Análises quali- e quantitativa de cafés comerciais via ressonância magnética nuclear. Química Nova, 29(5), 911-915.

Published

2020-04-14

How to Cite

Oliveira, E. C. da S., Filgueiras, P. R., Moreli, A. P., Oliveira, A. C. de, Venturim, L. H. C., & Pereira, L. L. (2020). Espectroscopia de infravermelho para estudo de café conilon fermentado / Infrared spectroscopy for the study of fermented conilon coffee. Brazilian Journal of Development, 6(4), 19248–19259. https://doi.org/10.34117/bjdv6n4-189

Issue

Section

Original Papers