Descongestionantes nasais tópicos por automedicação e a autopercepção da qualidade de vida por universitários de cursos de saúde / Topical nasal decongestants through self-medication and self-perception of quality of life by students of health occupations

Authors

  • Lucas Baltar Rodrigues
  • Ricardo de Queiroz Freitas
  • Matheus Vinícius de Souza Carneiro
  • José Cardoso Neto
  • João Bosco Lopes Botelho
  • Diego Monteiro de Carvalho

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv3n5-272

Keywords:

Descongestionantes Nasais, Automedicação, Qualidade de vida, Estudantes de Ciências da Saúde.

Abstract

Objetivo: Estudar a prevalência do uso de descongestionantes nasais tópicos por automedicação e a auto percepção da qualidade de vida pelos acadêmicos da graduação em áreas da saúde da Universidade Federal do Amazonas, em Manaus-Amazonas-Brasil. Métodos: Estudo transversal de natureza qualitativa e quantitativa. A coleta de dados consistiu na aplicação de questionário estruturado pela própria equipe de pesquisa e do Índice de 8 itens EuroHisQol 8, versão validada e traduzida para o português. Para análise estatística utilizou-se o teste qui-quadrado e o teste exato de Fisher, com nível de significância de 5%. Resultados: Dos 279 participantes, 69,9% já se automedicaram com descongestionantes. Aqueles já diagnosticados com doenças nasais crônicas e os que já consultaram ou receberam orientação médica acerca do fármaco, em momento anterior ao uso, foram mais propensos a utilizar o medicamento por automedicação (p <0,05). Em relação à qualidade de vida, o valor médio obtido foi 3,42 (± 0,97) para os estudantes que fizeram uso dos descongestionantes e 3,29 (± 0,96) para os que não fizeram. Conclusão: O uso de descongestionantes nasais tópicos por automedicação entre estudantes das áreas da saúde é elevado, mesmo sendo um grupo que possua acesso à informação de qualidade. Parece, contudo, não haver diferença estatística significativa em relação a auto percepção de qualidade de vida entre os participantes que se automedicaram e os que não se automedicaram, possivelmente, essa relação entre qualidade respiratória e qualidade de vida precise ser melhor esclarecida em pesquisas futuras.

1.      Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 107 de 04 de setembro de 2016.  Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 199, de 26 de outubro de 2006, que dispõe sobre os medicamentos de notificação simplificada. Diário Oficial da União 06 mar 2016; Seção 1. [Internet]. 2016 [Acesso em 15 jun. 2020] Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2971718/RDC_107_2016_.pdf/0ce4bfd4-4e5c-4b71-89d9-ea7918b1069c

2.      Petkovic S, Maletic I, Djuric S, Dragutinovic N, Milovanovic O. Evaluation of Nasal Decongestants by Literature Review. Serbian Journal of Experimental and Clinical Research. 2019;0(0). doi:10.2478/sjecr-2019-0002

3.      Castro, Laís do Nascimento de; Mello, Miriam Marcolan de; Fernandes, Wendel Simões. Avaliação da prática de automedicação com descongestionantes nasais por estudantes da área da saúde. J. Health Sci. 2016 Inst; 34 (3): 163-167.

4.      Silva RCG, Oliveira TM, Casimiro TS, et al. Automedicação em acadêmicos do curso de medicina. Medicina (Ribeirao Preto Online). 2012;45(1):5. doi:10.11606/issn.2176-7262.v45i1p5-11

5.      Lenz D, Cardoso KS, Bitti ACR, Andrade TU. Evaluation of the use of topic nasal decongestants in university students from health sciences courses. Braz J Pharm Sci. 2011; 47 (4): 761-767. doi:10.1590/S1984-82502011000400013

6.      Cox DR, Wise SK. Medical Treatment of Nasal Airway Obstruction. Otolaryngologic Clinics of North America. 2018; 51 (5): 897-908. doi:10.1016/j.otc.2018.05.004

7.      Hoehle LP, Speth MM, Phillips KM, et al. Associação entre sintomas de rinite alérgica e diminuição da qualidade de vida relacionada à saúde geral. Am J Rhinol?Allergy. 2017; 31 (4): 235-239. doi:10.2500/ajra.2017.31.4444

8.      Chen X, Lu C, Lundborg CS, Lu L, Wen Z, Marrone G. Global health fact: nasal symptom impair quality of life among persistent allergic rhinitis patientsGaetano Marrone. Eur J Public Health. 2017; 27 (suppl_3). doi:10.1093/eurpub/ckx186.199

9.      Mello Júnior JF de, Mion O de G, Andrade NA de, et al. Posicionamento da Academia Brasileira de Rinologia sobre terapias tópicas nasais. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. 2013; 79 (3): 391-400. doi:10.5935/1808-8694.20130067

10.  Pires AC, Fleck MP, Power M, et al. Psychometric properties of the EUROHIS-QOL 8-item index (WHOQOL-8) in a Brazilian sample. Brazilian Journal of Psychiatry. 2018; 40 (3): 249-255. doi:10.1590/1516-4446-2017-2297

11.  Pereira M, Melo C, Gameiro S, Canavarro MC. Estudos psicométricos da versão em Português Europeu do índice de qualidade de vida EUROHIS-QOL-8. LP. 2013; 9 (2):109-123. doi:10.14417/lp.627

12.  Mehuys E, Gevaert P, Brusselle G, et al. Self-Medication in Persistent Rhinitis: Overuse of Decongestants in Half of the Patients. The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice. 2014; 2 (3): 313-319. doi:10.1016/j.jaip.2014.01.009

13.  Tan R, Cvetkovski B, Kritikos V, et al. The Burden of Rhinitis and the Impact of Medication Management within the Community Pharmacy Setting. The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice. 2018; 6 (5):1717-1725. doi:10.1016/j.jaip.2018.01.028

14.  Galato D, Madalena J, Pereira GB. Automedicação em estudantes universitários: a influência da área de formação. Ciênc saúde coletiva. 2012; 17: 3323-3330. doi:10.1590/S1413-81232012001200017

15.  Aquino DS de, Barros JAC de, Silva MDP da. A automedicação e os acadêmicos da área de saúde. Ciência &amp; Saúde Coletiva. 2010; 15 (5): 2533-2538. doi:10.1590/S1413-81232010000500027

16.  Bellew SD, Johnson KL, Nichols MD, Kummer T. Effect of Intranasal Vasoconstrictors on Blood Pressure: A Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial. J Emerg Med. 2018; 55 (4): 455-464. doi:10.1016/j.jemermed.2018.07.004

17.  Sur DKC, Plesa ML. Treatment of Allergic Rhinitis. AFP. 2015;92(11):985-992.

18.  Sakano E, Sarinho ESC, Cruz AA, et al. IV Brazilian Consensus on Rhinitis - an update on allergic rhinitis,. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. 2018; 84 (1): 3-14. doi:10.1016/j.bjorl.2017.10.006

19.  Rubini N de PM, Wandalsen GF, Rizzo MCV, Aun MV, Neto HJC, Solé D. Guia prático sobre controle ambiental para pacientes com rinite alérgica. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia. 2017; 1 (1): 7-22. doi:10.5935/2526-5393.20170004

20.  Guttemberg MDA, Mata FAF da, Nakanishi M, et al. Sleep quality assessment in chronic rhinosinusitis patients submitted to endoscopic sinus surgery: a meta-analysis. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. 2019; 85 (6): 780-787. doi:10.1016/j.bjorl.2019.06.008

21.  Carter A, Dattani N, Hannan SA. Chronic rhinosinusitis. BMJ. 2019;364. doi:10.1136/bmj.l131

22.  Vitorino ML da CSB. Satisfação com o suporte social e qualidade de vida em jovens adultos com e sem condições crónicas de saúde [dissertação de mestrado]. Escola de Psicologia e Ciências da Vida da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias; 2016.

23.  Bennadi D. Self-medication: A current challenge. J Basic Clin Pharm. 2013;5(1):19-23. doi:10.4103/0976-0105.128253

24.  Amaral R, Pereira G, Alves W. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA AUTOMEDICAÇÃO: PRINCÍPIOS GERAIS. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. 2018; Vol.23,n.2,pp.105-110. Doi: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20180704_093125.pdf

25.  Rocha NS da, Power MJ, Bushnell DM, Fleck MP. The EUROHIS-QOL 8-Item Index: Comparative Psychometric Properties to Its Parent WHOQOL-BREF. Value in Health. 2012;15(3):449-457. doi:10.1016/j.jval.2011.11.035

References

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 107 de 04 de setembro de 2016. Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 199, de 26 de outubro de 2006, que dispõe sobre os medicamentos de notificação simplificada. Diário Oficial da União 06 mar 2016; Seção 1. [Internet]. 2016 [Acesso em 15 jun. 2020] Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2971718/RDC_107_2016_.pdf/0ce4bfd4-4e5c-4b71-89d9-ea7918b1069c

Petkovic S, Maletic I, Djuric S, Dragutinovic N, Milovanovic O. Evaluation of Nasal Decongestants by Literature Review. Serbian Journal of Experimental and Clinical Research. 2019;0(0). doi:10.2478/sjecr-2019-0002

Castro, Laís do Nascimento de; Mello, Miriam Marcolan de; Fernandes, Wendel Simões. Avaliação da prática de automedicação com descongestionantes nasais por estudantes da área da saúde. J. Health Sci. 2016 Inst; 34 (3): 163-167.

Silva RCG, Oliveira TM, Casimiro TS, et al. Automedicação em acadêmicos do curso de medicina. Medicina (Ribeirao Preto Online). 2012;45(1):5. doi:10.11606/issn.2176-7262.v45i1p5-11

Lenz D, Cardoso KS, Bitti ACR, Andrade TU. Evaluation of the use of topic nasal decongestants in university students from health sciences courses. Braz J Pharm Sci. 2011; 47 (4): 761-767. doi:10.1590/S1984-82502011000400013

Cox DR, Wise SK. Medical Treatment of Nasal Airway Obstruction. Otolaryngologic Clinics of North America. 2018; 51 (5): 897-908. doi:10.1016/j.otc.2018.05.004

Hoehle LP, Speth MM, Phillips KM, et al. Associação entre sintomas de rinite alérgica e diminuição da qualidade de vida relacionada à saúde geral. Am J Rhinol?Allergy. 2017; 31 (4): 235-239. doi:10.2500/ajra.2017.31.4444

Chen X, Lu C, Lundborg CS, Lu L, Wen Z, Marrone G. Global health fact: nasal symptom impair quality of life among persistent allergic rhinitis patientsGaetano Marrone. Eur J Public Health. 2017; 27 (suppl_3). doi:10.1093/eurpub/ckx186.199

Mello Júnior JF de, Mion O de G, Andrade NA de, et al. Posicionamento da Academia Brasileira de Rinologia sobre terapias tópicas nasais. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. 2013; 79 (3): 391-400. doi:10.5935/1808-8694.20130067

Pires AC, Fleck MP, Power M, et al. Psychometric properties of the EUROHIS-QOL 8-item index (WHOQOL-8) in a Brazilian sample. Brazilian Journal of Psychiatry. 2018; 40 (3): 249-255. doi:10.1590/1516-4446-2017-2297

Pereira M, Melo C, Gameiro S, Canavarro MC. Estudos psicométricos da versão em Português Europeu do índice de qualidade de vida EUROHIS-QOL-8. LP. 2013; 9 (2):109-123. doi:10.14417/lp.627

Mehuys E, Gevaert P, Brusselle G, et al. Self-Medication in Persistent Rhinitis: Overuse of Decongestants in Half of the Patients. The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice. 2014; 2 (3): 313-319. doi:10.1016/j.jaip.2014.01.009

Tan R, Cvetkovski B, Kritikos V, et al. The Burden of Rhinitis and the Impact of Medication Management within the Community Pharmacy Setting. The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice. 2018; 6 (5):1717-1725. doi:10.1016/j.jaip.2018.01.028

Galato D, Madalena J, Pereira GB. Automedicação em estudantes universitários: a influência da área de formação. Ciênc saúde coletiva. 2012; 17: 3323-3330. doi:10.1590/S1413-81232012001200017

Aquino DS de, Barros JAC de, Silva MDP da. A automedicação e os acadêmicos da área de saúde. Ciência & Saúde Coletiva. 2010; 15 (5): 2533-2538. doi:10.1590/S1413-81232010000500027

Bellew SD, Johnson KL, Nichols MD, Kummer T. Effect of Intranasal Vasoconstrictors on Blood Pressure: A Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial. J Emerg Med. 2018; 55 (4): 455-464. doi:10.1016/j.jemermed.2018.07.004

Sur DKC, Plesa ML. Treatment of Allergic Rhinitis. AFP. 2015;92(11):985-992.

Sakano E, Sarinho ESC, Cruz AA, et al. IV Brazilian Consensus on Rhinitis - an update on allergic rhinitis,. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. 2018; 84 (1): 3-14. doi:10.1016/j.bjorl.2017.10.006

Rubini N de PM, Wandalsen GF, Rizzo MCV, Aun MV, Neto HJC, Solé D. Guia prático sobre controle ambiental para pacientes com rinite alérgica. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia. 2017; 1 (1): 7-22. doi:10.5935/2526-5393.20170004

Guttemberg MDA, Mata FAF da, Nakanishi M, et al. Sleep quality assessment in chronic rhinosinusitis patients submitted to endoscopic sinus surgery: a meta-analysis. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. 2019; 85 (6): 780-787. doi:10.1016/j.bjorl.2019.06.008

Carter A, Dattani N, Hannan SA. Chronic rhinosinusitis. BMJ. 2019;364. doi:10.1136/bmj.l131

Vitorino ML da CSB. Satisfação com o suporte social e qualidade de vida em jovens adultos com e sem condições crónicas de saúde [dissertação de mestrado]. Escola de Psicologia e Ciências da Vida da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias; 2016.

Bennadi D. Self-medication: A current challenge. J Basic Clin Pharm. 2013;5(1):19-23. doi:10.4103/0976-0105.128253

Amaral R, Pereira G, Alves W. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA AUTOMEDICAÇÃO: PRINCÍPIOS GERAIS. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. 2018; Vol.23,n.2,pp.105-110. Doi: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20180704_093125.pdf

Rocha NS da, Power MJ, Bushnell DM, Fleck MP. The EUROHIS-QOL 8-Item Index: Comparative Psychometric Properties to Its Parent WHOQOL-BREF. Value in Health. 2012;15(3):449-457. doi:10.1016/j.jval.2011.11.035

Published

2020-10-21

How to Cite

RODRIGUES, L. B.; FREITAS, R. de Q.; CARNEIRO, M. V. de S.; NETO, J. C.; BOTELHO, J. B. L.; CARVALHO, D. M. de. Descongestionantes nasais tópicos por automedicação e a autopercepção da qualidade de vida por universitários de cursos de saúde / Topical nasal decongestants through self-medication and self-perception of quality of life by students of health occupations. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 3, n. 5, p. 14789–14802, 2020. DOI: 10.34119/bjhrv3n5-272. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/18569. Acesso em: 29 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers