Força de preensão palmar e fatores associados em Idosos internados em hospital escola da Paraíba / Handgrip and associated factors in elderly hospitalized in school hospital of Paraíba

Authors

  • Renan Gondim Araújo Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Raquel Bezerra Barbosa de Moura
  • Caroline Sousa Cabral
  • Janine Maciel Barbosa
  • Geovanna Torres de Paiva
  • Edcleide Oliveira dos Santos Olinto
  • Débora Silva Cavalcanti
  • Ângela Amorim de Araújo

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv3n6-371

Keywords:

Força muscular, Fragilidade, Hospitalização, Idosos.

Abstract

INTRODUÇÃO: A fragilidade física é considerada uma síndrome médica caracterizada pela redução da força, da resistência e da função fisiológica, aumentando a vulnerabilidade do indivíduo desenvolver maior dependência e consequentemente maior risco de morte. Os marcadores da fragilidade física para avaliação e caracterização dos idosos são: lentidão da marcha, força de preensão palmar (FPP) diminuída, perda de peso não intencional, exaustão auto relatada e baixo nível de atividade física. A redução da força em idosos pode prejudicar a realização de tarefas manuais, associando-se a outras limitações funcionais na marcha e no equilíbrio, contribuindo com o aumento no risco de quedas e perda da independência funcional. OBJETIVO: Avaliar a força de preensão palmar e os fatores associados em idosos hospitalizados na clínica médica de um hospital universitário no estado da Paraíba. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, onde foram avaliados 51 idosos a partir de 60 anos, de ambos os sexos, admitidos na clínica médica do Hospital Universitário Lauro Wanderley em João Pessoa, Paraíba, entre os meses de março a julho de 2019. A FPP foi obtida com o uso do dinamômetro digital modelo EH101, utilizando a média de três medições. O ponto de corte considerado para a baixa força muscular foi de FPP < 27 kg para homens e < 16 kg para mulheres, de acordo com o consenso de 2019 do European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP2). Para a análise estatística foi utilizado o programa Statistical Package for Social Science 13.0. Na análise estatística utilizou-se o teste de qui quadrado, considerando p<0,05. RESULTADOS: A amostra foi composta por idosos com média de idade de 70,12 ± 6,87 anos, dos quais 56,9% possuíam idade entre 60 e 69 anos e 54,9% do sexo feminino. Na análise da FPP, encontrou-se 58,8% com perda de força muscular. Em relação aos fatores associados à perda de força muscular, obteve-se maiores frequências de idosos com baixa força muscular no sexo feminino (61,9%), na faixa etária entre 60-69 anos (76,2%), com menor escolaridade (57,1%) e naqueles sem atividade laboral (90,5%). Na análise da renda, observou-se que metade dos idosos com baixa força muscular recebiam até 1 salário mínimo. CONCLUSÃO: O estudo mostrou uma elevada prevalência de fraqueza muscular entre os idosos hospitalizados, apresentando associação significativa com a faixa etária entre 60 e 69 anos. A FPP é considerada um importante parâmetro de avaliação clínica, podendo determinar o risco de declínio acelerado da saúde em idosos, sendo uma técnica de fácil mensuração na prática clínica hospitalar.

 

 

References

BUYSER, S.L. et al. Functional Changes during Hospital Stay in Older Patients Admitted to an Acute Care Ward?: A Multicenter Observational Study. PLoS One. v.9, n.5, e96398, 2014.

CHAHAL, J.; LEE, R.; LUO, J. Loading dose of physical activity is related to muscle strength and bone density in middle-aged women. Bone, v.67, n.41-45, 2014.

COLLOCA, G.; DI CAPUA, B.; BELLIENI, A. et al. Muscoloskeletal aging, sarcopenia and cancer. J Geriatr Oncol. v. 10, n. 3, p. 504-509, 2019.

CRUZ-JENTOFT A.J.; BAHAT G.; BAUER J.; et al. Writing Group for the European Working Group on Sarcopenia in Older People 2 (EWGSOP2), and the Extended Group for EWGSOP2. Sarcopenia: revised European consensus on definition and diagnosis. Age Ageing. v. 48, n. 1, p. 16-31, 2019.

DODDS, R. M.; SYDDALL, H. E.; COOPER, R., et al. Grip strength across the life course: normative data from twelve British studies. PLOS ONE. 2014 v. 9, n. 12, p. e113637, 2014.

HANSEN, A.W. et al. Muscle strength and physical activity are associated with self-rated health in an adult Danish population. Prev Med., v.57, n.6, p.792-798, 2013.

HOSSAIN, M.G. et al. Multiple regression analysis of factors influencing dominant hand grip strength in an adult Malaysian population. J Hand Surg Eur. v.37, n.1, p.65-70, 2012.

KELLER, K.; ENGELHARDT, M. Strength and muscle mass loss with aging process. Age and strength loss. Muscles Ligaments Tendons J. v. 24, n. 3, p. 346-50, 2014.

LENARDT, M.H. et al. Fatores associados à diminuição de força de preensão manual em idosos longevos. Rev Esc Enferm. v.48, n.6, p.1006-12, 2014.

LIMA, T. R. de et al. Associação da força muscular com fatores sociodemográficos e estilo de vida em adultos e idosos jovens no Sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. v. 23, n. 11, p.3811-3820, 2018.

MACEDO, D.O.; FREITAS, L.M.; SCHEICHER, M.E. Handgrip and functional mobility in elderly with different levels of physical activity. Fisioterapia e Pesquisa. v. 21, p.151-5, 2014.

MENDES, J.; AZEVEDO, A.; AMARAL, T. F. Força de preensão da mão: quantificação, determinantes e utilidade clínica. Arq Med., v. 27, n. 3, p. 115-120, 2013.

MOY, F.M.; DARUS, A.; HAIRI, N.N. Predictors of Handgrip Strength Among Adults of a Rural Community in Malaysia. Asia Pac J Public Health. v.27, n.2, p.176-184, 2013.

OWUSU C.; MARGEVICIUS S.; SCHLUCHTER M. et al. Short Physical Performance Battery, usual gait speed, grip strength and Vulnerable Elders Survey each predict functional decline among older women with breast cancer. J Geriatr Oncol. v. 8, n. 5, p. 356-362, 2017.

QUAN, S.; JEONG, J.Y.; KIM, D.H. The relationship between smoking, socioeconomic status and grip strength among community-dwelling elderly men in Korea: Hallym Aging Study. Epidemiol Health., v.35, e2013001, 2013.

RIBEIRO, L.H.M.; NERI, A.L. Exercícios físicos, força muscular e atividades de vida diária em mulheres idosas. Ciênc Saúde Coletiva. v.17, n.8, p.2169-80, 2012.

SILVA, N.A. et al. Força de preensão manual e flexibilidade e suas relações com variáveis antropométricas em idosos. Rev Assoc Med Bras., v.59, n.2, p.128-35, 2013.

VETRANO, D.L. et al. Predictors of length of hospital stay among older adults admitted to acute care wards: a multicentre observational study. Eur J Intern Med. v.25, n.1, p.56–62, 2014.

ZANIN, C. et al. Força de preensão palmar em idosos: uma revisão integrativa. Pajar. v.6, n.1, p.22-28, 2018.

Published

2021-01-04

How to Cite

ARAÚJO, R. G.; MOURA, R. B. B. de; CABRAL, C. S.; BARBOSA, J. M.; PAIVA, G. T. de; OLINTO, E. O. dos S.; CAVALCANTI, D. S.; ARAÚJO, Ângela A. de. Força de preensão palmar e fatores associados em Idosos internados em hospital escola da Paraíba / Handgrip and associated factors in elderly hospitalized in school hospital of Paraíba. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 3, n. 6, p. 20015–20025, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv3n6-371. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22443. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers