Aspectos físicos, dor lombar e diástase abdominal em gestantes / Physical aspects, low back pain and abdominis diastasis in pregnant

Authors

  • Letícia da Silva Rodrigues Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Sandra Fiorelli de Almeida Penteado Simeão
  • Fernanda Massari Landgraf
  • Gabriela de Souza Canata Rodrigues
  • Gabriela Marini
  • Marta Helena Souza De Conti

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv4n1-126

Keywords:

Gravidez, Reto do abdome, Músculos abdominais, Dor lombar, Diástase.

Abstract

Introdução: Durante a gestação ocorre um estiramento dos músculos paralelos a linha Alba, com afastamento das fibras, ocasionando diástase do músculo reto abdominal (DMRA). Objetivo: Verificar a associação entre a DMRA, aspectos físicos e dor lombar. Método: Estudo transversal, de caráter observacional, aprovado pelo Comitê de Ética da USC (nº 1.411.083). Foram incluídas primigestas, de 18 e 40 anos, com acompanhamento obstétrico, de agosto de 2016 a abril de 2017, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e responderam questionários sobre dados sociodemográficos e dor lombar. Aferiu-se o índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA) e DMRA nas regiões umbilical, supraumbilical (4,5 cm acima) e infraumbilical (4,5 cm abaixo). O ponto de corte para categorização de diástase com complicação foi a distância inter-reto abdominal, considerando DMRA a partir dos valores: 1 cm (supraumbilical), 2,7 cm (umbilical) e 0,9 cm (infraumbilical). Avaliou-se a dor lombar pelos questionários Oswestry, Rolland Morris e Escala Visual Analógica (EVA). Foram realizadas análise estatística descritiva, frequências absoluta, relativa e estes de correlações de Sperman e Pearson entre DMRA, aspectos físicos e dor lombar. Resultados: Observou-se prevalência de DMRA em 63,3% das gestantes, correlações positivas entre IMC e DMRA, CA e DMRA, CA e dor lombar e  DMRA e dor lombar das gestantes. O IMC influenciou negativamente na DMRA. Conclusão: Este estudo permite inferir que existe associação entre a tríade DMRA, aspectos físicos e dor lombar em primigestas.

References

BISHOP A, HOLDEN MA, OGOLLAH RO, FOSTER NE. Current management of pregnancy-related low back pain: a national cross-sectional survey of UK physiotherapists. Physiotherapy.2015;19(S0031-9406(15):03771-2.

NOVAES, F.S.; SHIMO,A. K. K.; LOPES, M. H. B. M. Lombalgia na gestação. Rev Latino-am Enfermagem; 14(4):620-4. 2006.

KATONIS P, KAMPOUROGLOU A, AGGELOPOULOS A, et al. Pregnancy--related low back pain. Hippokratia. 2011;15:205-10.5

SANTOS MM, GALLO AP. Lombalgia gestacional: prevalência ecaracterísticas de um programa pré-natal. Arq Bras Ciên Saúde.2010;35:174---9.4.

LEITE, A. C. N. M. T; ARAÚJO, K. K. B. C. Diástase dos retos abdominais em puérperas e sua relação com variáveis obstétricas. Fisioter. Mov. Vol 25, no. 2, Curitiba, 2012.

BOISSINNAULT, J.S., BLASCHAK, M.J. Incidence of diastasis recti abdominais during the childbearing year. Phys Therap. 1988; 68 (7): 1082-6.

LEMOS, A.; SOUZA, AL.; ANDMRADE, A.D.; FIGUEIRA, J.N.; CABRAL-FILHO, J.E. Pregnancy inter-recti abdominais distance has no impacto on respiratory strength. J Phys Ther Sci. 2011; 23:777-60.

RATH, A.M. et al. The abdominal linea alba: an anatomo-radiologic and biomechanical study. Surg Radiol Anat. V.18, n. 4, p. 281-8.1996.

DEENIKA, R.; BENJAMIN, H.C.; FRAWLEY, N.S.; ALEXANDER, T.M.V.W.; NICHOLAS, F. T. Relationship between diastasis of the rectus abdominis muscle (DRAM) and musculoskeletal dysfunctions, pain and quality of life: a systematic review. Physiotherapy 105 (2019) 24–34.

SANTOS MD, SILVA RM, VICENTE MP,.PALMEZONI VP, CARVALHO EM E RESENDE AP. A dimensão da diástase abdominal tem influência sobre a dor lombar durante a gestação? . Rev Dor. São Paulo, 2016 jan-mar;17(1):43-6

GOMES, M. R. A.; ARAÚJO R. C.; LIMA A. S.; PITANGUI, A. R. P. Lombalgia gestacional: prevalência e características clínicas em um grupo de gestantes. Revista Dor. ; Vol.14, n. 2, São Paulo, abr/jun 2013.

MADEIRA, H.; GARCIA, J.B.; LIMA, M.V.; SERRA, H.O. Incapacidade e fatores associados à lombalgia durante a gravidez .Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 35(12):541-8. Rio de Janeiro , 2013.

CARVALHO MECC, et al. Lombalgia na gestac¸ão. Rev Bras Anestesiol. 2016.

SILVA, J. C.; et al. Obesidade durante a gravidez: resultados adversos da gestação e do parto. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. Vol 36, no. 11, Rio de Janeiro, 2014.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA (SBEM), Disponível em: <http://www.endocrino.org.br/obesidade> Acesso dia: 12/05/2015.

DE CONTI, M. H. S. Avaliação de um programa multiprofissional de preparo para a gestação e parto – repercussões maternas e perinatais. 2006. 85 f. Tese (Doutorado em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia) – Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista, Departamento de Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia, Botucatu, 2006.

PIO, D. A. M.; OLIVEIRA, M. M.; Educação em saúde para atenção à gestante: paralelo de experiências entre Brasil e Portugal. Saúde Soc, São Paulo, Recife, v.23, n.1, p.313-324, 2014.

ZAMPIERI, M.F.M.; GREGÓRIO, V.R.P.; CUSTÓDIO, Z.A.O.; REGIS, M.I.; BRASIL, C. Processo educativo com gestantes e casais grávidos: possibilidade e para transformação e reflexão da realidade. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 19(4): 719-27. Out/dez 2010.

SANTOS, D.S.; ANDMRADEL, A.L.A.; LIMA, B.S.S.; SILVA, Y. N. Sala de Espera para Gestantes: uma Estratégia de Educação em Saúde. Rev. Bras. de Educação Medica, 36, p.62 – 67 ; 2012.

MARTARELLO, N. A.; BENATTI, M.C.C. Qualidade de vida e sintomas osteomusculares em trabalhadores de higiene e limpeza hospitalar. Rev. Esc. Enferm. USP. 2009; 43(2):422-8.

BIFF, P. Avaliação da capacidade funcional e prevalência de sintomas osteomusculares em trabalhadores de uma Indústria de materiais elétricos de Caxias do Sul, RS. 2006. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Caxias do Sul, RS, 2006.

BACHIEGA, J. C. Sintomas de distúrbios osteomusculares relacionados à atividade de cirurgiões-dentistas brasileiros. 2009. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo, 2009.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Salário Mínimo 2015. Brasília. 2015. Disponível em: . Acesso em: 02 fev. 2016.

RETT, M.T.; et al. Fatores materno-infantis associados à diástase dos músculos retos do abdome no puerpério imediato. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. V.14, p.73-80, jan-mar, 2014.

HOLMSTROM, E; MORITZ, U. Low back pain—correspondence between questionnaire, interview and clinical examination. Scandinavian Journal of Rehabilitation Medicine, v. 23, p. 119–125, 1991.

DIONNE, C.E. et. al. A Consensus Approach Toward the Standardization of Back Pain Definitions for Use in Prevalence Studies. Spine v.33, n.1, 2008.

MOTTA, P.G.F. et al. Prevalence and risk factors of diastasis recti abdominis from late pregnancy to 6 months postpartum, and relationship with lumbo-pelvic pain. Manual Therapy. v. 20 (2015) 200 – 205.

MOTTA, P.G.F. et al. Prevalence and risk factors of diastasis recti abdominis from late pregnancy to 6 months postpartum, and relationship with lumbo-pelvic pain. Manual Therapy. v. 20 (2015) 200 – 205.

LUNA, D. C. B. el al. Frequência da Diástase Abdominal em Puérperas e Fatores de Risco Associados. Rev. Fisioter Fun. Fortaleza, 2012. JUl-Dez 1(2): 10-17.

KISNER, Carolyn.; COLBY, Lynn A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 5 ed. Barueru,SP: Manole, 2009.

BARBOSA, C. M. S., SILVA, J. M. N., MOURA, A. B. Correlação entre o ganho de peso e a intensidade da dor lombar em gestantes. Rev Dor. São Paulo, 2011 jul-set;12(3):205-8.

BRITO, J. L.O.P., et al. Lombalgia: prevalência e repercussões na qualidade de vida de gestantes. Rev Enferm. UFSM 2014 Abr/Jun;4(2):254-264.

Published

2021-01-15

How to Cite

RODRIGUES, L. da S.; SIMEÃO, S. F. de A. P.; LANDGRAF, F. M.; RODRIGUES, G. de S. C.; MARINI, G.; DE CONTI, M. H. S. Aspectos físicos, dor lombar e diástase abdominal em gestantes / Physical aspects, low back pain and abdominis diastasis in pregnant. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 1502–1517, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n1-126. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/23329. Acesso em: 29 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers