Resposta glicêmica do açúcar de coco, sacarose e açúcar mascavo em indivíduos saudáveis / Glycemic response of coconut sugar, sucrose and brown sugar in healthy subjects

Authors

  • Franciellen da Silva Ferreira
  • Marcelo Mendes

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv4n4-005

Keywords:

Resposta Glicêmica, Açúcar de Coco, Diabetes Mellitus, Glicemia Capilar.

Abstract

Diabetes mellitus é uma doença metabólica em que se verificam níveis elevados de glicose no sangue durante um longo intervalo de tempo, estimou-se que em 2016 a população mundial com diabetes era de 387 milhões e que alcance 471 milhões em 2035. Considerada a mais comum das doenças endócrinas, existe evidência significativa que apoie uma série de intervenções para melhorar os resultados da diabetes, sendo uma delas o controle glicêmico através da nutrição básica para promoção à saúde. O açúcar de coco (Cocos nuciferas, L.), vem sendo comercializado com a promessa de possuir um baixo índice glicêmico, podendo ser indicado para pacientes diabéticos. Este trabalho teve como objetivo comparar a resposta glicêmica de indivíduos saudáveis após a ingestão do açúcar de coco com os açúcares refinado (sacarose) e o mascavo. O estudo contou com 30 voluntários em jejum de 4 horas, com idade variando de 19 à 50 anos, sendo 73% do sexo feminino e 27% do sexo masculino, divididos de forma aleatória em três grupos distintos com ingestão de 50g dos respectivos açúcares, as glicemias capilares foram aferidas nos tempos: 0; 15; 30; 45 e 60 minutos. Os dados foram avaliados utilizando a análise de variância, sendo o teste de Scott-knott a 5% o escolhido para verificação das diferenças dos resultados. Os três açúcares apresentaram comportamentos estatisticamente iguais (p<0,05) no que diz respeito ao aumento da glicemia nos tempos 15, 30 e 60 minutos com relação ao tempo zero, havendo uma diferença significativa (p<0,05) no tempo de 45 minutos, ocorrendo um tempo maior para a diminuição do açúcar de coco. Conclui-se, desta forma, que o açúcar de coco possui um comportamento semelhante aos dos outros açúcares, devendo ser reavaliada a promessa de ser um produto que apresenta um baixo índice glicêmico.

References

ANGELIS, R. C. Novos Conceitos em Nutrição. Reflexões a respeito do elo dieta e saúde. Arq Gastroenterol, v. 38, n. 4, p. 269-271, 2001.

AREAS, M.A.; REYES, F.G.R. Fibras Alimentares: 1. Diabetes Mellitus. Cad Nutr, v.12, p.1-8, 1996.

ATKINSON, F.S; POWELL, K.F; BRAND-MILLER, J.C. International Tables of Glycemic Index and Glycemic Load Values. Clinical Care/Education/Nutrition/Psychosocial Research. 2008.

BAWALAN, D.D; CHAPMAN, K,R. Virgin coconut oil: Production manual for micro-and village-scale processing. Disponívelem

<http://www.academia.edu/8098340/Virgin_Coconut_Oil_production_manual_for_mic ro-_and_village-scale_processing_by_Divina_D._Bawalan_Keith_R._Chapman>, 2006. Acessed in 09 apr. 2017.

BIOSAMARA; Açúcar de coco- O adoçante perfeito.Disponívelem:<https://www.biosamara.pt/produtos_adocantes_acucar_de_coco.php>,2016.Acessado em 17 jun. 2017.

Canadian Sugar Institute. Diabetes. Disponível em:< http://www.sugar.ca/Nutrition- Information-Service/Health-professionals/Sugars-and-Health/Diabetes.aspx>.

Acessado em 11 abr. 2018.

CANDIDO, L. M. B.; CAMPOS, A. M. Alimentos funcionais. Uma revisão. Boletim da SBCTA. v. 29, n. 2, p. 193-203, 2005.

CAPRILES, V.D; MATIAS, A.C.G e ARÊAS, J.A.G. Marcador in vitro da resposta glicêmica dos alimentos como ferramenta de auxílio à prescrição e avaliação de dietas. Rev. Nutr., Campinas, 22(4):549-557, jul./ago. 2009.

CARVALHO, J.M. et al. Composição mineral de bebida mista a base de água-de- coco e suco de caju clarificado. B.CEPPA, v. 24, n. 1, p. 1-12, 2006.

CARVALHO, M.R.A.C; COELHO, N.R.A. Leite de coco. Aplicações funcionais e tecnológicas. v. 36, n. 5-6, p. 851-865, 2009.

COPRA ALIMENTÍCIA; Açúcar de coco. Disponível em:

<http://www.copraalimenticia.com.br/produto/96/acucar-de-coco>,2016.Acessadoem 14 mar. 2017.

DAYRIT, CS. The truth about coconut oil: The drugstore in a bottle. Philippines: Anvil Publishing, Inc. 2005.

DEBMANDAL, M; MANDAL, S. Coconut (Cocos nucifera L.: Arecaceae): In health promotion and disease prevention. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine. sv, p. 241-247, 2011.

DIABETES CARE, The journal of Clinical and Applied Research and Education. V. 38, p. S1, 2015.

ENIG, M.G. Know Your Fats: the complete primer for understanding the nutrition of fats, oils and cholesterol. Silver Spring, MD: Bethesda Press, 2000.

HOLT, S.; BRAN-MILLER, J. Testing the glycaemic index of foods: in vivo, not in Vitro. Eur J Clin Nutr. 2004.

JÚNIOR, J.R.G. Dieta dos 10 passos: O Emagrecimento definitivo. São Paulo:

Editora Phorte, p 35-42. 2007.

MORORÓ, R. Industrialização do coco. Revista tecnologia e treinamento. Disponível em <http://www.tenologiaetreinamento.com.br>, 2007. Acessado em 17 dez. 2016.

POWELL, K.F; HOLT, S.A, BRAND-MILLER, J.C. International table of glycemic index and glycemic load values. The American Journal of Clinical Nutrition, Vol

Issue 1. Pages 5–56. 1 July 2002.

REIS, A.R.R; SOARES, J.M.D; SOUZA, A.G; MESSIAS, C.M.B.O. Conhecendo os

benefícios dos alimentos : alimentos funcionais. Rev Extensão da Univasf, vol. 4, n. 2, 2016.

RETEC. Industrialização do coco: beneficiamento (produção de coco ralado e leite de coco). Disponível em < http://www.sbrt.ibict.br>, 2007. Acessado em 17 dez. 2016.

SBD.DiretrizesSociedade Brasileira de Diabetes.Disponívelem:< www.diabetes.org.br/sbdonline/images/docs/DIRETRIZES-SBD-2015-2016.pdf>, 2016. Acessado em 22 nov. 2017.

SIQUEIRA, F.R.; RODRIGUES, F.L.P.; FRUTUOSO, M.F.P. Índice Glicêmico como

ferramenta de auxílio de prescrição de dietas. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, São Paulo, vol 22, n. 01, p.54-58. 2007.

Published

2021-07-02

How to Cite

FERREIRA, F. da S.; MENDES, M. Resposta glicêmica do açúcar de coco, sacarose e açúcar mascavo em indivíduos saudáveis / Glycemic response of coconut sugar, sucrose and brown sugar in healthy subjects. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 4, p. 14427–14437, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n4-005. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/32282. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers