O perfil de pacientes que evoluem para sepse em unidades de terapia intensiva (UTIs) / The profile of patients evolving to sepsis in intensive care units (ICUs)

Authors

  • André Luiz Polo Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Caroline Pereira Fernandes
  • Lucca Veiga Jardim Ramos Jubé
  • Ludmyla Isadora Silveira
  • Paula Fleury Jubé Leal
  • Taísa Bento Marquez
  • Isadora Ramos Camelo Carneiro
  • Maria Luiza de Castro Cerutti
  • Hygor Lobo Neto Camargo Lopes
  • Ieda Maria Silva Ribeiro
  • Isabela Assis Campos
  • Isabela Silva Pasqua

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv4n5-281

Keywords:

Sepse, Unidades de Terapia Intensiva, Mortalidade, Incidência, Fatores de risco.

Abstract

INTRODUÇÃO: A sepse é uma condição clínica resultante de uma desregulada resposta inflamatória a uma infecção, levando a disfunções orgânicas, sendo uma importante causa de hospitalização em UTIs e uma das principais causas de mortes. OBJETIVO: O objetivo deste estudo, uma revisão integrativa da literatura especializada, foi demonstrar os principais aspectos da sepse, bem como, o perfil dos pacientes hospitalizados em UTIs que evoluem para tal diagnóstico. MÉTODO: Os estudos levantados foram selecionados nas bases de dados do PubMed, Google Acadêmico, Periódicos da CAPES e SciELO. Foram utilizados descritores como: “UTI”, “perfil de pacientes”, “sepse” e “epidemiologia”. RESULTADOS: Como resultado da pesquisa foram obtidos 40 artigos. Aqueles que abordavam o tema de sepse em UTIs (desde que o quadro séptico fosse desenvolvido após a internação) e aqueles que realizavam uma categorização dos pacientes de acordo com suas características individuais (comorbidades, características epidemiológicas, condições clínicas, diagnósticos precedentes ao quadro séptico, entre outras) foram selecionados. Estudos que não abarcavam tais situações foram excluídos da presente revisão. Após a aplicação desses critérios de inclusão e exclusão foram utilizados 33 artigos para o desenvolvimento do presente estudo. Foram estabelecidas análises comparativas e integrativas, bem como, uma padronização dos resultados de cada trabalho para o desenvolvimento desta revisão. DISCUSSÃO: Com base em análises comparativas e integrativas, bem como, com uma padronização dos resultados de cada trabalho, foi possível reafirmar que a identificação de pacientes adultos com maior probabilidade de ter desfechos clínicos desfavoráveis através do diagnóstico precoce e o tratamento padronizado, é a forma eficaz e possível de reduzir consideravelmente os índices de mortalidade por sepse nas UTIs. CONCLUSÃO: Observou-se que mesmo diante da relevância do tema, poucos estudos correlacionam epidemiologia com as causas infecciosas e a mortalidade em pacientes que desenvolvem quadro de sepse nas Unidades de Terapia Intensiva e essa falta de dados dificulta não só a caracterização desses pacientes, como também, a elaboração de critérios e protocolos para a melhoria dos serviços na busca por diminuir os índices de mortalidade por sepse.

References

TAEB, Abdalsamih M.; HOOPER, Michael H.; MARIK, Paul E. Sepsis: current definition, pathophysiology, diagnosis, and management. Nutrition in Clinical Practice, v. 32, n. 3, p. 296-308, 2017.

SANTOS, Alice Veras et al. Perfil epidemiológico da sepse em um hospital de urgência. Revista Prevenção de Infecção e Saúde, v. 1, n. 1, p. 19-30, 2015.

MOURA, Joice Marques et al. Diagnóstico de sepse em pacientes após internação em unidade de terapia intensiva. Arquivos de Ciências da Saúde, v. 24, n. 3, p. 55-60, 2017.

INSTITUTO LATINO AMERICANO DA SEPSE. Sepse: um problema de saúde pública. Disponível em:<http://www.ilas.org.br/assets/arquivos/ferramentas/livro-sepse-um-problema-desaude-publica-cfm-ilas.pdf>. Acesso em: 30 Mar. 2017.

DE MOURA PIRES, Henrique Fernandes et al. Sepse em unidade de terapia intensiva em um hospital público: estudo da prevalência, critérios diagnósticos, fatores de risco e mortalidade. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 53755-53773, 2020.

RHEE, Chanu et al. Incidence and trends of sepsis in US hospitals using clinical vs claims data, 2009-2014. Jama, v. 318, n. 13, p. 1241-1249, 2017.

MILANEZ, Francisco Braz. Uso indiscriminado de antibióticos e resistência microbiana: uma reflexão no tratamento das infecções hospitalares. COMISSÃO DE PUBLICAÇÃO, p. 72.

SALES JÚNIOR, J. A. L. et al. Sepse Brasil: estudo epidemiológico da sepse em unidades de terapia intensiva brasileiras. Rev Bras Ter Intensiva, v. 18, n. 1, p. 9-17, 2006.

BARROS, Lea Lima dos Santos; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; MONTEIRO, Marta Chagas. Risk factors associated to sepsis severity in patients in the Intensive Care Unit. Cadernos Saúde Coletiva, v. 24, n. 4, p. 388-396, 2016.

MOEHRING, R. M.; ANDERSON, Deverick J. Gram-negative bacillary bacteremia in adults. uptodate, Wolker Kluwer Health, Philadelphia, PA, USA, 2012.

REINER, Gabriela Longhi et al. Desfecho clínico e fatores associados ao óbito em pacientes com sepse internados em unidade de terapia intensiva. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 49, n. 1, p. 02-09, 2020.

SILVA, Eliézer et al. Brazilian sepsis epidemiological study (BASES study). Critical Care, v. 8, n. 4, p. 1-10, 2004.

ANNANE, Djillali et al. Current epidemiology of septic shock: the CUB-Rea Network. American journal of respiratory and critical care medicine, v. 168, n. 2, p. 165-172, 2003.

BRUINING, H. et al. The SOFA (Sepsis-related Organ Failure'Assessment) score to describe organ dysfunctionlfailure. Intensive Care Med, v. 22, n. 70, p. 7l0, 1996.

VINCENT, Jean-Louis et al. Sepsis in European intensive care units: results of the SOAP study. Critical care medicine, v. 34, n. 2, p. 344-353, 2006.

ALBERTI, Corinne et al. Influence of systemic inflammatory response syndrome and sepsis on outcome of critically ill infected patients. American journal of respiratory and critical care medicine, v. 168, n. 1, p. 77-84, 2003.

CENTERS FOR DISEASE CONTROL et al. Increase in national hospital discharge survey rates for septicemia—United States, 1979-1987. 1990.

ANGUS, Derek C. et al. Epidemiology of severe sepsis in the United States: analysis of incidence, outcome, and associated costs of care. Read Online: Critical Care Medicine| Society of Critical Care Medicine, v. 29, n. 7, p. 1303-1310, 2001.

MARTIN, Greg S. et al. The epidemiology of sepsis in the United States from 1979 through 2000. New England Journal of Medicine, v. 348, n. 16, p. 1546-1554, 2003.

ALBERTI, Corinne et al. Epidemiology of sepsis and infection in ICU patients from an international multicentre cohort study. Intensive care medicine, v. 28, n. 2, p. 108-121, 2002.

FINFER, Simon et al. Adult-population incidence of severe sepsis in Australian and New Zealand intensive care units. Intensive care medicine, v. 30, n. 4, p. 589-596, 2004.

PADKIN, Andrew et al. Epidemiology of severe sepsis occurring in the first 24 hrs in intensive care units in England, Wales, and Northern Ireland. Critical care medicine, v. 31, n. 9, p. 2332-2338, 2003.

SALVO, I. et al. The Italian SEPSIS study: preliminary results on the incidence and evolution of SIRS, sepsis, severe sepsis and septic shock. Intensive care medicine, v. 21, n. 2, p. S244-S249, 1995.

LUZZARO, Francesco et al. Prevalence and epidemiology of microbial pathogens causing bloodstream infections: results of the OASIS multicenter study. Diagnostic microbiology and infectious disease, v. 69, n. 4, p. 363-369, 2011.

LINDE-ZWIRBLE, Walter T.; ANGUS, Derek C. Severe sepsis epidemiology: sampling, selection, and society. Critical Care, v. 8, n. 4, p. 1-5, 2004.

MOLINA, F. J. et al. Microbiological profile of infections in the Intensive Care Units of Colombia (EPISEPSIS Colombia). Medicina Intensiva (English Edition), v. 35, n. 2, p. 75-83, 2011.

LEE, Warren L.; FERGUSON, Niall D. SOAP and sepsis—Analyzing what comes out in the wash. Critical care medicine, v. 34, n. 2, p. 552-554, 2006.

LEVY, Mitchell M. et al. The Surviving Sepsis Campaign: results of an international guideline-based performance improvement program targeting severe sepsis. Intensive care medicine, v. 36, n. 2, p. 222-231, 2010.

ZAHAR, Jean-Ralph et al. Outcomes in severe sepsis and patients with septic shock: pathogen species and infection sites are not associated with mortality. Critical care medicine, v. 39, n. 8, p. 1886-1895, 2011.

SINGER, Pierre; COHEN, Jonathan D. The Surviving Sepsis Campaign guidelines: should we follow?. IMAJ-Israel Medical Association Journal, v. 13, n. 11, p. 692, 2011.

OBERHOLZER, Andreas et al. Incidence of septic complications and multiple organ failure in severely injured patients is sex specific. Journal of Trauma and Acute Care Surgery, v. 48, n. 5, p. 932-937, 2000.

RAJU, Raghavan; CHAUDRY, Irshad H. Sex steroids/receptor antagonist: their use as adjuncts after trauma-hemorrhage for improving immune/cardiovascular responses and for decreasing mortality from subsequent sepsis. Anesthesia & Analgesia, v. 107, n. 1, p. 159-166, 2008.

ANGSTWURM, Matthias WA; GAERTNER, Roland; SCHOPOHL, Jochen. Outcome in elderly patients with severe infection is influenced by sex hormones but not gender. Critical care medicine, v. 33, n. 12, p. 2786-2793, 2005.

Published

2021-10-13

How to Cite

POLO, A. L.; FERNANDES, C. P.; JUBÉ, L. V. J. R.; SILVEIRA, L. I.; LEAL, P. F. J.; MARQUEZ, T. B.; CARNEIRO, I. R. C.; CERUTTI, M. L. de C.; LOPES, H. L. N. C.; RIBEIRO, I. M. S.; CAMPOS, I. A.; PASQUA, I. S. O perfil de pacientes que evoluem para sepse em unidades de terapia intensiva (UTIs) / The profile of patients evolving to sepsis in intensive care units (ICUs). Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 5, p. 21887–21897, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n5-281. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/37304. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers