Impacto da terapia hormonal em adolescentes transexuais: uma revisão sistemática / Impact of hormone therapy on transgender adolescents: a systematic review
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv4n6-100Keywords:
Transgênero, Adolescente, Terapia Hormonal, Transição de Gênero.Abstract
1 INTRODUÇÃO
Jovens transgêneros apresentam uma divergência entre o sexo atribuído no nascimento, e sua identificação de gênero, o que pode causar disforia de gênero. Além disso, o desenvolvimento de transtornos mentais é mais prevalente em adolescentes transgêneros do que na população cisgêneros.
2 METODOLOGIA
Realizou-se uma revisão de literatura com escolha de bibliografia nas línguas portuguesa e inglesa, publicados nas bases de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e PUBMED, foram incluídos 5 artigos com o ano de publicação entre 2015 e 2020. Para as buscas foram utilizados os descritores: “transgênero”, “adolescentes”, “terapia hormonal” e "transição de gênero".
3 DISCUSSÃO
De modo geral, a dosagem e o tipo hormonal em adolescentes com disforia são frequentemente diferentes daqueles usados em adultos. A recomendação feita pela Diretriz da Sociedade Americana de Endocrinologia é realizar o tratamento com administração gastrointestinal de GnRH (Agonistas do Hormônio Liberador de Gonadotrofina) por promover o bloqueio do eixo hormonal hipotálamo/hipófise/gônada, quando o indivíduo está no estágio 2 de Tanner. Assim, evita o desenvolvimento de características sexuais secundárias, dando tempo para amadurecer seus desejos. Entretanto, deve ser estritamente monitorizado para os efeitos adversos do retardo da puberdade como parada do crescimento e da maturação óssea. Em contrapartida, os hormônios do sexo cruzado que permitem a masculinização ou feminilização ativa, podem ser usados quando o individuo alcança a idade legal de consentimento médico, que varia entre os países. Para pessoas trans femininas, utiliza-se 17 beta estradiol oral e para pessoas trans masculinas, administra-se testosterona intramuscular. É fundamental a recomendação individualizada por uma equipe de profissionais que informe os benefícios e possíveis riscos incluindo acne cística, diabetes, hipertensão, problemas hepáticos, alterações adversas no perfil lipídico, anemia, insensibilidade à insulina e risco de fertilidade prejudicada.
4 CONCLUSÃO
Por fim, conclui-se que o uso da terapia hormonal associado ao apoio psicológico, proporciona aos indivíduos transgêneros redução da disforia de gênero e melhora de diversos sintomas, entre os quais a depressão e ansiedade. Além de que, há melhoras no tocante a problemas com socialização associado a uma melhor aceitação corporal. Enfatiza-se com isso, a necessidade de identificar os adolescentes transgêneros precocemente, a fim de encaminhá-los para especialistas apropriados.
1 INTRODUÇÃO
Jovens transgêneros apresentam uma divergência entre o sexo atribuído no nascimento, e sua identificação de gênero, o que pode causar disforia de gênero. Além disso, o desenvolvimento de transtornos mentais é mais prevalente em adolescentes transgêneros do que na população cisgêneros.
2 METODOLOGIA
Realizou-se uma revisão de literatura com escolha de bibliografia nas línguas portuguesa e inglesa, publicados nas bases de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e PUBMED, foram incluídos 5 artigos com o ano de publicação entre 2015 e 2020. Para as buscas foram utilizados os descritores: “transgênero”, “adolescentes”, “terapia hormonal” e "transição de gênero".
3 DISCUSSÃO
De modo geral, a dosagem e o tipo hormonal em adolescentes com disforia são frequentemente diferentes daqueles usados em adultos. A recomendação feita pela Diretriz da Sociedade Americana de Endocrinologia é realizar o tratamento com administração gastrointestinal de GnRH (Agonistas do Hormônio Liberador de Gonadotrofina) por promover o bloqueio do eixo hormonal hipotálamo/hipófise/gônada, quando o indivíduo está no estágio 2 de Tanner. Assim, evita o desenvolvimento de características sexuais secundárias, dando tempo para amadurecer seus desejos. Entretanto, deve ser estritamente monitorizado para os efeitos adversos do retardo da puberdade como parada do crescimento e da maturação óssea. Em contrapartida, os hormônios do sexo cruzado que permitem a masculinização ou feminilização ativa, podem ser usados quando o individuo alcança a idade legal de consentimento médico, que varia entre os países. Para pessoas trans femininas, utiliza-se 17 beta estradiol oral e para pessoas trans masculinas, administra-se testosterona intramuscular. É fundamental a recomendação individualizada por uma equipe de profissionais que informe os benefícios e possíveis riscos incluindo acne cística, diabetes, hipertensão, problemas hepáticos, alterações adversas no perfil lipídico, anemia, insensibilidade à insulina e risco de fertilidade prejudicada.
4 CONCLUSÃO
Por fim, conclui-se que o uso da terapia hormonal associado ao apoio psicológico, proporciona aos indivíduos transgêneros redução da disforia de gênero e melhora de diversos sintomas, entre os quais a depressão e ansiedade. Além de que, há melhoras no tocante a problemas com socialização associado a uma melhor aceitação corporal. Enfatiza-se com isso, a necessidade de identificar os adolescentes transgêneros precocemente, a fim de encaminhá-los para especialistas apropriados.
References
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