Contexto macro-institucional brasileiro para implantação da teleconsulta médica / Brazilian macro-institutional context to implement medical teleconsultation

Authors

  • Soraia de Camargo Catapan Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Maria Cristina Marino Calvo

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv5n1-003

Keywords:

Telemedicina, Teleconsulta, Consulta Remota, Políticas de e Saúde, Pesquisa Qualitativa.

Abstract

A teleconsulta médica é uma modalidade de cuidado adotada mundialmente. No Brasil, frente ao debate sobre sua regulamentação, ela foi autorizada no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Analisar o contexto normativo, político e institucional brasileiro considerando fatores favoráveis e limitantes para implantação da teleconsulta médica. Estudo exploratório de abordagem qualitativa, com análise documental e entrevistas com informantes-chave realizadas de novembro/2019 a março/2020, e atualização em março/2021. A codificação de dados qualitativos em dois ciclos foi empregada na análise de dados. Os resultados apontaram necessidade de delimitação de escopo, consistência na nomenclatura e difusão de informações científicas sobre a eficácia e segurança da teleconsulta. A difusão de opiniões equivocadas foi apontada como subterfúgio para reserva de mercado. A ampliação do acesso, principal fator favorável a implementação da teleconsulta no SUS, não deve seguir a lógica de mercado, evitando aumentar desigualdades em saúde. Diversos canais de comunicação devem ser usados e os médicos devem priorizar sincronicidade e segurança, informando riscos e benefícios da teleconsulta aos pacientes. O primeiro contato por teleconsulta pode ser arriscado, mas as normativas não devem restringir e sim orientar quanto aos limites da tecnologia. A telepropedêutica, utilização de dispositivos digitais e presença de profissional de saúde com o paciente são alternativas para impossiblidade do exame presencial. A teleconsulta permite ampliar o acesso à saúde e sua implementação deve adotar meios de comunicação comprovadamente benéficos e seguros, considerando as diferenças individuais e na capacidade dos municípios e regiões brasileiras. Normativas orientadoras devem basear-se em evidências e o desenvolvimento de diretrizes por sociedades de especialidades é recomendado. O estudo da adoção emergencial e em larga escala durante a pandemia poderá subsidiar o desenvolvimento e sustentabilidade da teleconsulta no SUS.

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Published

2022-01-05

How to Cite

CATAPAN, S. de C.; CALVO, M. C. M. Contexto macro-institucional brasileiro para implantação da teleconsulta médica / Brazilian macro-institutional context to implement medical teleconsultation. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 27–46, 2022. DOI: 10.34119/bjhrv5n1-003. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/42254. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers