Relação da ingestão de fibras, sódio e perfil lipídico em pacientes com hipertensão resistente / Relationship of fiber, sodium and lipid profile intake in patients with resistant hypertension
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv5n1-167Keywords:
Hipertensão, Colesterol, Sódio, Fibras na dieta.Abstract
A hipertensão arterial resistente (HAR) representa cerca de 15% dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica (HAS), sendo esta uma condição mais agravada. Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como a hipertensão estão, alimentação inadequada, sobrepeso, obesidade e dislipidemia. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a ingestão de sódio e fibras dietéticas com o perfil lipídico de pacientes com hipertensão arterial resistente de acordo com o índice de massa corporal (IMC). Trata-se de um estudo observacional, realizado em pacientes com HAR atendidos pelo Núcleo de Pesquisa em Hipertensão Arterial (NuPHAS) em um hospital público do município de Niterói. Foram aferidas a massa corporal e estatura, e calculado o IMC. As estimativas de ingestão de fibras e sódio total, foram realizadas por recordatório de 24h (R24h). Os dados de perfil lipídico foram coletados através dos exames bioquímicos listados no prontuário dos pacientes. A análise da caracterização da amostra foi composta por 52 pacientes sendo 85% (n = 44) do sexo feminino e 15% (n = 8) do sexo masculino, com média de idade de 62,5 ± 10,8 anos. Destes, 9 indivíduos apresentavam eutrofia, enquanto 11 apresentavam sobrepeso e 32 obesidade. Foram identificados com dislipidemia 66,7% (n = 6) dos pacientes eutróficos, 81,8% (n = 9) dos com sobrepeso e 68,8% (n = 22) dos obesos. No âmbito dietético, observados uma menor média de consumo de fibras nos indivíduos com sobrepeso (21,3g) e obesidade (19g) quando comparados aos eutróficos (27,7g), p=0,3717, e um consumo médio de sódio total maior nos indivíduos eutróficos (2259mg) quando comparados com os indivíduos com sobrepeso (1698mg) e obesidade (1972mg), p= 0,9105, ainda que sem significância estatística. Tais resultados remetem à importância da orientação nutricional no tratamento e prevenção de complicações decorrentes da HAS, sobretudo a resistente.
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