Laceração esplênica: AAST grau IV

Splenic laceration: AAST grade IV

Authors

  • Wanessa Gonzaga Di Almeida
  • Adriene Alvar Garcia
  • Igor de Albuquerque Oliveira Sousa
  • Ana Beatriz Elias Fernandes Correia
  • Deborah Antunes de Menezes
  • Jadson Pinheiro Coelho Júnior
  • Kaique Antônio Souza Lopes
  • Ludimila Queirós Rodrigues
  • Franciele Cardoso
  • Natália Rezende Franco
  • Juan Filipe Teixeira Naue
  • Lucas de Sousa Steinmetz
  • Emily Stephanny de Souza Cavalcante
  • Fernanda Ribas de Oliveira
  • Heloisa Ganassini Quintanilha
  • Izd Sin Ril
  • Julliana Fornieles de Souza
  • Laura Dias Pereira Muniz
  • Letícia Goulart Japiassu
  • Maysa Nunes Carvalho
  • Narjla Carneiro Yamashita

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv5n5-069

Keywords:

trauma esplênico, lesão grau IV, classificação AAST

Abstract

Introdução: Em vítimas de trauma abdominal fechado, cerca de 13% das lesões são esplênicas. Devido a importância dessas lesões, algumas mudanças quanto ao tratamento foram realizadas ao longo dos anos. Foi criada uma escala de pontuação que reflete lesões por ordem de gravidade, impactando na conduta terapêutica de escolha, restringindo atuações cirúrgicas apenas a quadros mais severos. Apresentação do caso: Sexo masculino, 29 anos, com relato de trauma contuso em hipocôndrio esquerdo, orientado, verbalizando, palidez cutaneo-mucosa, hipotensão, taquipneia, abdome globoso, rígido e sinal de Kehr positivo. Observada lesão esplênica grau IV em laparotomia exploradora, evoluindo para esplenectomia total e lavagem da cavidade abdominal. Discussão: As lesões esplênicas mais frequentes são as de classificação grau IV. Atualmente o padrão-ouro para trauma esplênico é o tratamento não-operatório, devendo ser realizado junto à angioembolização da artéria esplênica em lesões graves e paciente hemodinamicamente estável. Mas em casos de instabilidade hemodinâmica, adota-se a laparotomia imediata e a esplenectomia. Conclusão: O baço é um órgão com importância significativa no sistema imune e hematopoiético, e por isso foi criada uma escala de pontuação pela Associação Americana de Cirurgia do Trauma (AAST) com a finalidade de determinar a gravidade das lesões esplênicas e evitar condutas cirúrgicas desnecessárias.

References

Abrantes WL, Lucena MSMM, Schloback M. Cirurgia conservadora do trauma esplênico na criança. Rev Ass Med Bras. 1994; 40:113-17.

Assef JC, Perlingeiro JAG, Parreira JG, et al. Emergências cirúrgicas traumáticas e não traumáticas: condutas e algoritmos. São Paulo: Atheneu; 2012.

Advanced Trauma Life Support,atls,ATLS 10,edição 10 do atls,EEP,Escola de Educação Permanente,especialidade médica,especialização em trauma. Disponível em: https://eephcfmusp.org.br/portal/online/tag/edicao-10-do-atls/. Acesso em 10/06/22.

Bhullar IS, Frykberg ER, Tepas JJ 3rd, Siragusa D, Loper T, Kerwin AJ. At first blush: absence of computed tomography contrast extravasation in Grade IV or V adult blunt splenic trauma should not preclude angioembolization. J Trauma Acute Care Surg. 2013;74(1):105-11.

Bhullar IS, Frykberg ER, Tepas JJ 3rd, Siragusa D, Loper T, Kerwin AJ. At first blush: absence of computed tomography contrast extravasation in Grade IV or V adult blunt splenic trauma should not preclude angioembolization. J Trauma Acute Care Surg. 2013;74(1):105-11.

Brady, R.R. et al (2007) Splenic Trauma in Scotland: Demographics and Outcomes. World J Surg 31:2111-2116.

Branco, BC et al, editor. Tratamento não operatório do trauma de baço grave. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2013. p. 246-250.

Cathey KL, Brady WJ Jr, Butler K, Blow O, Cephas GA, Young JS. Blunt splenic trauma: characteristics of patients requiring urgent laparotomy. Am Surg. 1998;64(5):450-4.

Fernandes TM, Dorigatti AE, Pereira BM, et al. Tratamento não operatório de lesão esplênica grau IV é seguro usando-se rígido protocolo. Rev Col Bras Cir. 2013;40(4):323-9.

Fernandes, Thaís Marconi et al. Tratamento não operatório de lesão esplênica grau IV é seguro usando-se rígido protocolo. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões [online]. 2013, v. 40, n. 4 [Acessado 20 Junho 2022] , pp. 323-329. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-69912013000400012>. Epub 29 Out 2013. ISSN 1809-4546. https://doi.org/10.1590/S0100-69912013000400012.

Gomez D, Haas B, Al-Ali K, et al. Controversies in the management of splenic trauma. Injury. 2012 Jan;43(1):55-61.

GUEDES, Ana Rita; GOMES, Antônio Taveira. Lesões Traumáticas de Órgãos Sólidos Abdominais – Tratamento Ontem e Hoje. Tese (Mestrado integrado em Medicina). Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, 2010.

Hurtuk M, Reed RL 2nd, Esposito TJ, Davis KA, Luchette FA: Trauma surgeons practice what they preach: The NTDB story on solidorgan injury management. J Trauma, 61:243-54, 2006.

King H, Schumacker HB. Splenic studies. I. Susceptibility to infection after splenectomy erformed in infancy. Ann Surg. 1952;136(2):239– 42.

Meguid AA, Bair HA, Howells GA, Bendick PJ, Kerr HH, Villalba MR. Prospective evaluation of criteria for the nonoperative management of blunt splenic trauma. Am Surg. 2003;69(3):238- 42; discussion 242-3.

Mirvis SE, Whitley NO, Gens DR. Blunt splenic trauma in adults: CT-based classification and correlation with prognosis and treatment. Radiology. 1989;171(1):33-9.

Moore EE, Cogbill TH, Jurkovich GJ, Shackford SR, Malangoni MA, Champion HR. Organ injury scaling: spleen and liver (1994 revision). J Trauma. 1995; 38:323-34.

Oliveira JC, Ferreira MA, Sant’Ana PC, Ribeiro RL, Sa RA, Taboada RG et al, Tratamento conservador do trauma esplênico: relato de caso e revisão da literatura. Revista Médica de Minas Gerais. 2010; 20(2 Supl 1): S145-S148.

Peitzman AB, Heil B, Rivera L, Federle MB, Harbrecht BG, Clancy KD et al, Blunt splenic injury in adults: Multi-institutional Study of the Eastern Association for the Surgery of Trauma. J Trauma. 2000 Aug;49(2):177-87; discussion 187-9.

Peitzman, Andrew B. MD; Heil, Brian MD; Rivera, Louis MD; Federle, Michael B. MD; Harbrecht, Brian G. MD; Clancy, Keith D. MD; Croce, Martin MD; Enderson, Blaine L. MD; Morris, John A. MD; Shatz, David MD; Meredith, J. Wayne MD; Ochoa, Juan B. MD; Fakhry, Samir M. MD; Cushman, James G. MD; Minei, Joseph P. MD; McCarthy, Mary MD; Luchette, Fred A. MD; Townsend, Ricard MD; Tinkoff, Glenn MD; Block, Ernest FJ MD; Ross, Steven MD; Frykberg, Eric R. MD; Bell, Richard M. MD; Davis, Frank III MD; Weireter, Leonard MD;Shapiro, Michael B. MD; Kealey, G. Patrick MD; Rogers, Fred MD; Jones, Larry M. MD; Cone, John B. MD; Dunham, C. Michael MD; McAuley, Clyde E. MD Lesão Esplênica Contusa em Adultos: Estudo Multiinstitucional da Associação Oriental de Cirurgia do Trauma, The Journal of Trauma: Injury, Infection, and Critical Care: Agosto de 2000 - Volume 49 - Edição 2 - p 177-189

Raza M, Abbas Y, Devi V, Prasad KV, Rizk KN, Nair PP. Non operative management of abdominal trauma-a 10 years review. World J Emerg Surg. 2013;8(1):14.

Rodrigues JJG, Machado MCC, Rasslan S. Clínica cirúrgica USP. Barueri, SP: Manole; 2008.

Skattum J, Naess PA, Eken T, Gaarder C. Refining

Skattum J, Titze TL, Dormagen JB, Aaberge IS, Bechensteen AG, Gaarder PI, et al. Preserved splenic function after angioembolisation of high grade injury. Injury. 2012;43(1):62-6.

Stassen NA, Bhullar I, Cheng JD, Crandall ML, Friese RS, Guillamondegui OD, et al. Selective nonoperative management of blunt splenic injury: an Eastern Association for the Surgery of Trauma practice management guideline. J Trauma Acute Care Surg. 2012;73 (5 Suppl 4):S294-300.

Surg. 2013;74(1):100-3; discussion 103-4.the role of splenic angiographic embolization in 23. high-grade splenic injuries. J Trauma Acute Care

Van der Vlies CH, Olthof DC, Gaakeer M, Ponsen KJ, van Delden OM, Goslings JC. Changing patterns in diagnostic strategies and the treatment of blunt injury to solid abdominal organs. Int J Emerg Med. 2011;4:47.

van der Vlies CH, Olthof DC, Gaakeer M, Ponsen KJ, van Delden OM, Goslings JC. Changing patterns in diagnostic strategies and the treatment of blunt injury to solid abdominal organs. Int J Emerg Med. 2011;4:47.

Von Bahten, Luiz Carlos et al. Trauma abdominal fechado: análise dos pacientes vítimas de trauma esplênico em um Hospital Universitário de Curitiba. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões [online]. 2006, v. 33, n. 6 [Acessado 20 Junho 2022] , pp. 369-374. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-69912006000600008>. Epub 16 Fev 2007. ISSN 1809-4546. https://doi.org/10.1590/S0100-69912006000600008.

Williamson, J.M.L. (2015) Splenic injury: diagnosis and management. British Journal of Hospital Medicine 76(4).

Zarzaur BL, Kozar RA, Fabian TC, Coimbra R. A survey of American Association for the Surgery of Trauma member practices in the management of blunt splenic injury. J Trauma. 2011;70(5):1026- 31.

Published

2022-09-14

How to Cite

ALMEIDA, W. G. D.; GARCIA, A. A.; SOUSA, I. de A. O.; CORREIA, A. B. E. F.; MENEZES, D. A. de; JÚNIOR, J. P. C.; LOPES, K. A. S.; RODRIGUES, L. Q.; CARDOSO, F.; FRANCO, N. R.; NAUE, J. F. T.; STEINMETZ, L. de S.; CAVALCANTE, E. S. de S.; OLIVEIRA, F. R. de; QUINTANILHA, H. G.; RIL, I. S.; SOUZA, J. F. de; MUNIZ, L. D. P.; JAPIASSU, L. G.; CARVALHO, M. N.; YAMASHITA, N. C. Laceração esplênica: AAST grau IV: Splenic laceration: AAST grade IV. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 5, n. 5, p. 18618–18630, 2022. DOI: 10.34119/bjhrv5n5-069. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/52066. Acesso em: 29 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers