Prevalência de Linfoma de Hodgkin numa população brasileira / Hodgkin's Lymphoma prevalence in a brazilian population

Authors

  • Raphael Datrino Horta
  • Tulio Veloso de Oliveira Dias
  • Lucas Alexandre Moreira da Costa
  • Sérgio Elias Vieira Cury

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-287

Keywords:

Neoplasia Maligna, Linfoma de Hodgkin, Doença de Hodgkin, Epidemiologia.

Abstract

Os linfomas representam um grupo importante, complexo e heterogêneo de distúrbios proliferativos malignos originados a partir das células do tecido linfoide. O Linfoma de Hodgkin (HL) é um tipo raro de câncer que surge a partir de linfócitos B e tipicamente afeta os linfonodos. O conhecimento dos principais tipos de neoplasias incidentes numa população traz luz ao conhecimento, contribuindo para as estratégias de saúde a serem adotadas, principalmente em relação aos fatores de risco que por ventura possam estar associados, em prol da melhoria qualidade de vida. Objetivo: avaliar a prevalência Linfomas de Hodgkin na população de Volta Redonda, Rio de Janeiro. Método: foi realizado um estudo retrospectivo em 7.500 registros de diagnósticos histopatológicos, pertencentes ao arquivo da disciplina de Patologia Geral do Curso de Medicina do UniFOA, oriundos do Serviço de Anatomopatologia do extinto Hospital da Companhia Siderúrgica Nacional na cidade Volta Redonda Rio de Janeiro, compreendidos entre os anos de 1990 e 2000. Posteriormente os dados foram agrupados separadamente por classificação histopatológica, baseados na classificação proposta pela Organização Mundial de Saúde (SWERDLOW et al., 2008). Dados demográficos como gênero e idade do paciente também foram utilizados. Resultados: Dentre os 7.500 prontuários analisados, foram encontrados 0,06% (n=5) de indivíduos que apresentam Linfoma de Hodgkin. A idade variou de 29 a 66 anos, com média de 46,6 anos. Ocorreram 2 casos no gênero feminino (40%) e 3 no masculino (60%), numa relação 1X1,5. Dentre os pacientes afetados, observamos que 80% (n=4) eram leucodermas e 20% (n=1) melanodermas. Conclusão: a prevalência encontrada foi de 0,06% na população estudada.

References

BILLROTH, T. Multiple lymphoma: erfogreiche behandlung mit arsenic. Wien Med Wochenschr, v. 21, p. 1066, 1871.

BONADONNA, G. Historical review of Hodgkin's disease. Br J Haematol, v. 110, n. 3, p. 504-11, 2000.

CONNORS, J. M. State-of-the-art therapeutics: Hodgkin’s lymphoma. J Clin Oncol, v. 23, n. 26, p. 6400-8, 2005.

HANSON, T. A. S. Histological classification and survival in Hodgkin's disease—A study of 251 cases from the Peter MacCallum Clinic, Melbourne, with special reference to nodular sclerosing Hodgkin's disease. Cancer, v. 17, n. 12, p. 1595-1603, 1964. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/228001033_Histological_classification_and_survival_in_Hodgkin%27s_disease-A_study_of_251_cases_from_the_Peter_MacCallum_Clinic_Melbourne_with_special_reference_to_nodular_sclerosing_Hodgkin%27s_disease>. Acesso em: 30/04/2016.

HODGKIN, T. On somemorbid appearances of the absorbent glands and spleen. Trans Med Soc Lond, v. 17, p. 68-114, 1832.

INCA – Instituto Nacional do Câncer – Ministério da Saúde. Linfoma de Hodgkin. 2016. Disponível em: <http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/linfoma_hodgkin>. Acesso em: 30/04/2016

JACOBS, C. D. Henry Kaplan and the story of Hodgkin’s disease. J Clin Investig, v. 120, n. 11, p. 3739, 2010.

KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N. et al. Robbins and Cotran Pathologic Basis of Disease. 8. ed, Philadelphia: Elsevier, 2010.

MESQUITA, R. A. Linfomas de boca: reclassificação e caracterização das células dendríticas. Tese (Doutorado) Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), São Paulo, 2002.

MONTEIRO, Talita Antonia Furtado et al. Linfoma de Hodgkin: aspectos epidemiológicos e subtipos diagnosticados em um hospital de referência no Estado do Pará, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, v. 7, n. 1, p. 27-31, 2016.

SIEGEL, R. L.; MILLER, K.D.; JEMAL, A. Cancer Statistics, 2016. CA Cancer J Clin, v. 66, n. 1, p. 7-30, 2016.

SMETANA, H. F.; COHEN, B.M. Mortality in relation to histologic type in Hodgkin’s disease. Blood, v. 11, p. 211-24, 1956.

SMITH A. et al. Lymphoma incidence, survival and prevalence 2004-2014: sub-type analyses from the UK’s Haematological Malignancy Research Network. Br J Cancer, v. 112, n. 9, p. 1575–84, 2015.

SOUZA, Cármino A. de et al. Contribuiçao ao conhecimento clínico, epidemiológico e histopatológico da doença de Hodgkin, em uma populaçäo brasileira. Bol. Soc. Bras. Hematol. Hemoter, v. 19, n. 174, p. 3-15, 1997.

SWERDLOW, S. H. et al. WHO Classification of Tumours of Haematopoietic and Lymphoid Tissues, 4. ed. IARC, 2008.

VILLASBOAS, J. C.; ANSELL, S.M. Recent advances in the management of Hodgkin lymphoma. F1000Research, v. 5, p. 768 (1-8), 2016.

VIRCHOW, R. Die cellular pathologie in ihrer Begründung auf physiologische und pathologische Gewebelehre. BERLIN: Hirschwald, 1858. Disponível em: <http://www.deutschestextarchiv.de/book/view/virchow_cellularpathologie_1858?p=9> Acesso em 30/04/2016.

WILKS S. Cases of enlargement of the lymphatic glands and spleen (or Hodgkin’s disease) with remarks. Guy’s Hosp Rep, n. 11, p. 56-67, 1865.

WILLIS, R. A. The Spread of Tumours in the Human Body. 3.ed. London: Butterworths, 1973.

Published

2020-07-13

How to Cite

Horta, R. D., Dias, T. V. de O., Costa, L. A. M. da, & Cury, S. E. V. (2020). Prevalência de Linfoma de Hodgkin numa população brasileira / Hodgkin’s Lymphoma prevalence in a brazilian population. Brazilian Journal of Development, 6(7), 46004–46012. https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-287

Issue

Section

Original Papers