Caracterização morfológica de azedinha (Rumex acetosa L.) (Polygonaceae) em ambiente controlado / Morphologic caracterization of sorrel (Rumex acetosa L.) (Polygonaceae) in a controlled environment

Authors

  • Maria Angélica Suedan Souza Lima
  • Anastacia Fontanetti
  • Renata Sebastiani
  • Nathalia de França Guimarães
  • Anderson de Souza Gallo

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-355

Keywords:

caracterização no tempo, descritores morfológicos, desenvolvimento vegetativo

Abstract

A azedinha (Rumex acetosa L.) é uma planta rústica, considerada uma hortaliça não convencional, da família Polygonaceae e naturalizada no Brasil. A espécie possui poucos registros completos na literatura e os disponíveis são antigos. Desse modo, a caracterização morfológica desta hortícola não convencional se faz importante, a fim de auxiliar na sua exata identificação e evitar confusões com outras espécies do gênero Rumex L. Os estudos sobre a morfologia têm a finalidade de ampliar o conhecimento de uma determinada espécie ou reconhecer e identificar as plantas de uma determinada região. Objetivou-se com esse trabalho caracterizar morfologicamente exemplares de azedinha cultivados em condições controladas ao longo de 60 dias após transplante das mudas obtidas de sementes. As plantas foram coletadas aos 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 50 e 60 dias após o transplante (DAT). Em cada época, em três plantas, foram avaliados o comprimento, a largura e a relação comprimento/largura das lâminas foliares; comprimento e largura do pecíolo próximo à lâmina; diâmetro da touceira; comprimento da parte aérea; comprimento das ócreas; forma da lâmina foliar; tipo de ápice; forma da base; tipo de nervação e tipo de margem da lâmina foliar; tipo de ócrea; caracterização do caule; comprimento e diâmetro (colo) da raiz. Os descritores morfológicos com maior poder discriminatório para a azedinha foram os tipos de margem e nervação da lâmina foliar, a caracterização do caule e a presença de ócrea. A forma da lâmina foliar, que varia de sagitada a hastada, também pode ser inserida como uma característica marcante da azedinha. Infere-se também que o intervalo estimado de colheita dessa hortaliça não convencional seria entre 20 e 35 DAT, para mudas obtidas de sementes.

References

BARREIRA, T.F.; PAULA FILHO, G. X.; RODRIGUES, V.C.C.; ANDRADE, F.M.C.; SANTOS, R.H.S.; PRIORE, S.E.; PINHEIRO-SANT’ANA, H.M. Diversidade e equitabilidade de plantas alimentícias não convencionais na zona rural de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 17, n. 4, p. 964-974, 2015.

BRESSAN, R.A.; REDDY, M.P.; SHUNG, S.H.; YUN, D.J.; HARDIN, L.S.; BOHNERT, H.J. Stress-adapted extremophiles provide energy without interference with food production. Food Security, v. 3, n.1, p.93-105, 2011.

CARNEIRO, A.M.; IRGANG, B.E. Origem e distribuição geográfica das espécies ruderais da Vila de Santo Amaro, General Câmara, Rio Grande do Sul. Iheringia, Série. Botânica, v.60, n.2, p.175-188, 2005.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília, EMBRAPA, 2013, 353p.

FLORA-ON. Flora de Portugal Interactiva. Sociedade Portuguesa de Botânica, Lisboa. [cit. 2018-08-19]. <http://www.flora-on.pt>, 2014.

GOGOSZ, A.M.; COSMO, N.L.; BONA, C.; SOUZA, L.A. Morfoanatomia da plântula de Campomanesia xanthocarpa O. Berg. (Myrtaceae). Acta Botanica Brasilica, v. 24, n. 3, p. 613-623, 2010.

GRANGEIRO, L.C.; FREITAS, F.C.L.; NEGREIROS, M.Z.; MARROCOS, S.T.P.; LUCENA, R.R.M.; OLIVEIRA, R.A. Crescimento e acúmulo de nutrientes em coentro e rúcula. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v. 6, n. 1, p. 11-16, 2011.

HOLM, L.; DOLL, J.; HOLM, E.; PANCHO, J.; HERBERGER, J. World weeds: natural histories and distribution. Wiley-Blackwell, 1997, 1129 pp.

KINUPP, V.F.; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014, 768p.

MADEIRA, N.R.; REIFSCHNEIDER, F.J.B.; GIORDANO, L.B. Contribuição portuguesa à produção e ao consumo de hortaliças no Brasil: uma revisão histórica. Horticultura Brasileira, v. 26, n. 4, p. 428-432, 2008.

MARTIUS, C.F.P VON.; EICHLER, A.W.; URBAN, I. Flora Brasiliensis. Centro de Referência em Informação Ambiental, Campinas, 1840, p. 10,367.

MELO, E.; MARCONDES-FERREIRA, W. Polygonaceae. In: WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J.; MELHEM, T.S.; GIULIETTI, A.M.; MARTINS, S.E. (Eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo, Instituto de Botânica, p. 187-189, 2009.

MELO, E. Polygonaceae da Cadeia do Espinhaço, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 14, n. 3, p. 273-300, 2000.

MELO, E. Polygonaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB13731>. Acesso em 18 de janeiro de 2016.

MELO, R.A.; MENEZES, D.; RESENDE, L.V.; WANDERLEY JÚNIOR, L.J.G.; MELO, P.C.T.; SANTOS, V.F. Caracterização morfológica de genótipos de coentro. Horticultura Brasileira, v. 27, n. 3, p. 371-376, 2009.

NOGUEIRA, A.R.R.; SOUZA, G.B. Manual de laboratórios: Solo, água, nutrição vegetal, nutrição animal e alimentos. São Carlos, Embrapa Pecuária Sudeste, 2005, 313p.

PEDROSA, M.W.; MASCARENHAS, M.H.T.; MAGALHÃES, K.S.; SILVÉRIO, T.T.; SILVA, A.F.; SANTOS, I.C.; SILVA, S.; SEDIYAMA, M.A.N.; FONSECA, M.C.M.; SILVEIRA, G.S.R.; OLIVEIRA, F.M.; CARVALHO, E.R.O.; PUIATTI, M.; MADEIRA, N.R.; BORTOLINI, L.O.F. Hortaliças não convencionais. Belo Horizonte, EPAMIG, 2012, 22p.

RADFORD, A.E.; DICKISON, W.C.; MASSEY, J.R.; BELL, C.R. Vascular Plant Systematics. New York, Harper & Row, 1974, 891p.

RAIJ, B.V.; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A.; FURLANI, A.M.C. Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. Campinas, Instituto Agronômico/Fundação IAC, 1997, 285p.

RAIJ, B.V. ANDRADE, J.C.; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A. Análise química para avaliação da fertilidade de solos tropicais. Campinas, Instituto Agronômico, 2001, 285p.

RECHINGER, K.H. Notes on Rumex acetosa L.: in the British Isles. (Beltrag Zur Kenntnis von Rumex No. XV), Watsonia, v. 5, n. 2, p. 64-66, 1961.

REFLORA. Lista de espécies da flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em 18 de setembro de 2018.

ROCHA, D.R.C.; PEREIRA JÚNIOR, G.A.; VIEIRA, G.; PANTOJA, L.; SANTOS, A.S.; PINTO, N.A.V.D. Macarrão adicionado de ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Miller) desidratado, Alimentos e Nutrição, v. 19, n. 4, p. 459-465, 2008.

SCHNEIDER, A.A. A flora naturalizada no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil: herbáceas subespontâneas, Biociências, v. 15, n.2, p. 257-268, 2007.

SEGNEANU, A.E.; DAMIAN, D.; VELCIOV, S.; GROZESCU, I. Some Less Unknown Application of Perennial Plants from Romania. Food & Nutrition Journal, v. 2017, n. 3, p. 1-5, 2017.

SILVA, E.C.; CARLOS, L.A.; ARAÚJO, A.P.; FERRAZ, L.C.L.; PEDROSA, M.W.; SILVA, L.S. Characterization of two types of azedinha in the region of Sete Lagoas, Brazil. Horticultura Brasileira, v. 31, n. 2, p. 328-331, 2013.

SILVA, H.T. Descritores mínimos indicados para caracterizar cultivares/variedades de feijão comum (Phaseolus vulgaris L.). Santo Antônio de Goiás, Embrapa Arroz e Feijão, 2005, 32p.

SILVA, L.F.L.E.; SOUZA, D.C.; RESENDE, L.V.; NASSUR, R.C.M.R.; SAMARTINI, C.Q.; GONÇALVES, W.M. (2018) - Nutritional Evaluation of Non-Conventional Vegetables in Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 90, n. 2, p. 1775-1787, 2018.

SILVEIRA, G.S.R.; MADEIRA, N.R.; BORTOLINI, L.O.F.; OLIVEIRA, F.M.; SANTOS, R.L.B.; SOUB, M.C.R.; MASCARENHAS, M.H.T.; PEDROSA, M.W.; MARZALL, K.; PUIATTI, M.; CARVALHO, E.R.; HOMEM, T.G.; ROCHA, M.G.; CARVALHO, S.P.; FERREIRA, S.M.; MATRANGOLO, W.J.R.; ALBERNAZ, W.; MENDONCA, J.L. Manual de hortaliças não convencionais. Brasília, MAPA, 2010, 99p.

VASAS, A.; ORBÁN-GYAPAI, O.; HOHMANN, J. The Genus Rumex: Review of traditional uses, phytochemistry and pharmacology. Journal of Ethnopharmacology, v. 175, n. 4, p. 198-228, 2015.

VEIGA, R.F.A.; NAGAI, V.; GODOY, I.J.; CARVALHO, L.H.; MARTINS, A.L.M. Caracterização morfológica de acessos de amendoim: avaliação da sensibilidade de alguns descritores. Bragantia, v. 55, p. 45-56, 1996.

VIANA, M.M.S.; CARLOS, L.A.; SILVA, E.C.; PEREIRA, S.M.F.; OLIVEIRA, D.B.; ASSIS, M.L.V. Composição fitoquímica e potencial antioxidante de hortaliças não convencionais. Horticultura Brasileira, v. 33, n. 4, p. 504-509, 2015.

Published

2020-07-15

How to Cite

Lima, M. A. S. S., Fontanetti, A., Sebastiani, R., Guimarães, N. de F., & Gallo, A. de S. (2020). Caracterização morfológica de azedinha (Rumex acetosa L.) (Polygonaceae) em ambiente controlado / Morphologic caracterization of sorrel (Rumex acetosa L.) (Polygonaceae) in a controlled environment. Brazilian Journal of Development, 6(7), 46851–46868. https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-355

Issue

Section

Original Papers