Controle de qualidade de uma formulação de enxaguatório bucal à base de Libidibia Ferrea L. / Quality control of a formulation mouthwash based on Libidibia Ferrea L.

Authors

  • Larissa Alves de Lima e Souza
  • Keily da Silva Melo
  • Letícia da Silva Soares Gomes
  • Tatiane Pereira de Souza
  • Maria Fulgência Costa Lima Bandeira
  • Carina Toda
  • Nikeila Chacon de Oliveira Conde Conde

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-383

Keywords:

Fitoterapia, Controle de Qualidade, Jucá

Abstract

A difusão da Fitoterapia se faz presente na prática odontológica, com o intuito de prevenir e tratar doenças bucais, tais como cárie e doença periodontal. Dentre as plantas utilizadas, está a Libidibia ferrea a qual possui inúmeras propriedades terapêuticas comprovadas. Este estudo avaliou in vitro a estabilidade farmacológica de um enxaguatório bucal fitoterápico à base do extrato de L. ferrea nos períodos de 0, 30, 60, 90, 120 e 180 dias, em três condições de armazenamento: temperatura ambiente, ar condicionado e geladeira. Os parâmetros testados foram estabilidade, pH, sedimentação, densidade e a presença de contaminantes através da determinação do número total de microrganismos e pesquisa de Salmonela sp., Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Os resultados foram analisados por estatística descritiva, testes de Tukey e ANOVA. As amostras da geladeira em até 90 dias apresentaram melhor estabilidade, porém, a partir dos 90 dias houve alterações de pH e caracteres organolépticos. O teste de sedimentação foi positivo na amostra analisada de 90, 120 e 180 dias da temperatura ambiente, no ar condicionado de 120 e 180 dias e na amostra de 180 dias da geladeira. No teste de pH, os intervalos de tempo 30-90 dias (<0,001) e 60-90 dias (<0,001) apresentaram diferença estatisticamente significantes, enquanto que os resultados da densidade não apresentaram diferenças estatisticamente significante. Em todos os períodos e ambientes, pôde-se constatar uma ausência de contaminantes, nas amostras testadas. Conclui-se que o enxaguatório apresentou melhores condições de estabilidade e qualidade sem contaminação em até 90 dias.

References

ARANGO, H. G. Bioestatística Teórica e Computacional. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2001.

ARRUDA A.O, GALVÃO M.A.M, RANDAU K.P, SOARES L.A.L. Avaliação de parâmetro de qualidade físico-químicos do fruto e casca de Libidibia ferrea Martius (jucá).2014.

BRASIL, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 26 de 13 de maio de 2014. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de Maio de 2014, 34 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira, v. 2. Brasília: ANVISA, 2010, 546 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 13, de 14 de março de 2013. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Produtos Tradicionais Fitoterápicos. Diário Oficial da União. Brasília, 14 março 2013, 6p.

CARVALHO, A. C. B. et al. The Brazilian market of herbal medicinal products and the impacts of the new legislation on traditional medicines. J. Ethnopharmacol., v. 212, p. 29-35, Feb. 2018.

CAVALHEIRO, M. G. et al. Atividades biológicas e enzimáticas do extrato aquoso de sementes de Caesalpinia ferrea Mart., Leguminosae. Rev Bras Farmacogn 2009. 19 (2B): 586-91.

CONDE, N. C. O. et al. In vitro antimicrobial activity of plants of the Amazon on oral biofilm micro-organisms. Rev Odonto Cienc, v. 30, n. 41, p. 79-183, 2015.

FALCÃO, T. R. et al. Crude extract from Libidibia ferrea (Mart. ex. Tul.) L.P. Queiroz leaves decreased intra articular inflammation induced by zymosan in rats. BMC Complementary and Alternative Medicine, v. 19, n. 47, p. 1-10, 2019.

ISAAC, V.L.B et al. Protocolo para ensaios físico-químicos de estabilidade de fitocosméticos. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl, v. 29, n.1, p. 81-96, 2008.

MARREIRO, R. O. et al. Evaluation of the stability and antimicrobial activity of an ethanolic extract of Libidibia ferrea. Clinical, Cosmetic and Investigational Dentistry, v. 6, p. 9–13, 2014.

OLIVEIRA, G.P. et al. Antimicrobial activity in vitro of extracts of the stem bark and fruit of Libidibia ferrea L. against microorganisms of the oral cavity. Revista Fitos, v. 8, n. 2, p. 73-160, 2013.

PEDROSA, T. B. et al. Anti-wrinkle and anti-whitening effects of jucá (Libidibia ferrea Mart.) extracts. Archives of Dermatological Research. v. 308, p. 643-654, 2016.

PEREIRA, L.P. et al. Polysaccharide fractions of Caesalpinia ferrea pods: Potential antiinflammatory usage. J Ethnopharm 2012. 139: 642-48.

PRASAD, K.; JOHN, S.; DEEPIKA, V.; DWIJENDRA, KS.; REDDY, BR.; CHINCHOLI, S. Anti-plaque efficacy of herbal and 0.2% chlorexidinegluconato mouthwash: a comparative study. J. International Oral Health, v.7, n.8, p.98-102, 2015.

REIS, L. B. M. et al. Conhecimentos, atitudes e práticas de Cirurgiões-Dentistas de Anápolis-GO sobre a fitoterapia em odontologia. Rev. odontol. UNESP, Araraquara, v. 43, n. 5, p. 319-325, 2014.

SOUZA, K.M.T. et al. Controle de qualidade de fotoprotetores produzidos em farmacias magistrais da cidade de Maringá/PR.Braz. J. of Develop., v. 6, n. 5, p. 25766-25779, 2020.

VENÂNCIO, G. N. et al. Herbal mouthwash based on Libidibia ferrea: microbiological control, sensory characteristics, sedimentation, pH and density. Rev Odontol UNESP, v. 22, n. 2, p. 118-124, 2015.

VIEIRA S. Bioestatística, Tópicos Avançados. 2a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

Published

2020-07-15

How to Cite

Souza, L. A. de L. e, Melo, K. da S., Gomes, L. da S. S., Souza, T. P. de, Bandeira, M. F. C. L., Toda, C., & Conde, N. C. de O. C. (2020). Controle de qualidade de uma formulação de enxaguatório bucal à base de Libidibia Ferrea L. / Quality control of a formulation mouthwash based on Libidibia Ferrea L. Brazilian Journal of Development, 6(7), 47236–47246. https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-383

Issue

Section

Original Papers