Movimento de mulheres rurais: participação política, trabalho e grupos produtivos / Movement of rural women: political participation, work and productive groups

Authors

  • Andrezza Ethyenne Rocha Cardoso
  • Neuzeli Maria De Almeida Pinto

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n8-253

Keywords:

Mulheres rurais. Trabalho. Participação Política. Comunidades rurais.

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo analisar como se estrutura o trabalho, a formação de grupos produtivos e a participação política das mulheres nas comunidades rurais de Agrovila/Palmeirândia e Itamatatiua/Alcântara, localizadas respectivamente na Baixada Maranhense e no Litoral Ocidental Maranhense. Para realizar este estudo, os procedimentos metodológicos utilizados foram a aplicação do diário de campo (DC), do inventário sociodemográfico (ISD) e da entrevista semiestruturada (ESE), com uso de nomes fictícios. Foram realizadas intervenções na comunidade através de oficinas e palestras, atividades que articularam dados de natureza quantitativa. Constatou-se uma forte participação das mulheres no trabalho, nas associações rurais e de mulheres, como também nos movimentos sociais rurais. Identificam-se formas de empoderamento dessas mulheres dentro das comunidades e a contribuição econômica e política para o desenvolvimento das mesmas e da comunidade.

  

References

AGUIAR, Vilenia Venancio Porto. Mulheres rurais, movimento social e participação: reflexões a partir a partir da Marcha das Margaridas. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 15, Edição Especial, p. 261-295, 2016.

BARBOSA, Bia. Quilombolas ameaçados por expansão da base de Alcântara. Carta Maior, São Paulo, 20 jul. 2004. Disponível em: <https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Direitos-Humanos/Quilombolas-ameacados-por-expansao-da-base-de-Alcantara/5/2076>Acesso em: 30 jan. 2019.

BRITO, J.; OLIVEIRA, O. Divisão Sexual do Trabalho e Desigualdade nos Espaços de Trabalho. In: SILVA FILHO, João Ferreira da; JARDIM, Sílvia (orgs.). A Danação do Trabalho: organização do trabalho e sofrimento psíquico. Rio de Janeiro: Te Corá, 1997. p. 245-246.

BRUNO, Regina et al. Organização produtiva das mulheres assentadas da reforma agrária. In: BUTTO, Andrea; DANTAS, Isolda. (Orgs.). Autonomia e cidadania: políticas de organização produtiva para as mulheres no meio rural. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2011. p. 55-86.

BUTTO, A. et al. Autonomia e cidadania: Políticas de organização produtiva para as mulheres no meio rural. Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA 1° Edição Brasília, 2010, p. 14.

CARNEIRO, Maria José. Herança e gênero entre agricultores familiares. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis, v. 9, n. 1, p. 22-55, 2001.

COELHO, Mariana. A educação do feminismo: subsídios para sua história. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2002. p. 37-50.

COSTA, Ana Alice A. As Donas no Poder: Mulher e Política na Bahia. Salvador: NEIM/UFBA- Assembleia Legislativa da Bahia, 1998 (Coleção Bahianas; 02).

DEERE, Carmen D.; LEÓN, Magdalena. O empoderamento da mulher: direitos à terra e direitos de propriedade na América Latina. Rio Grande do Sul: UFRGS, 2002.

FARIA, Nalu. Mulheres rurais na economia solidária. In: BUTTO, Andrea; DANTAS, Isolda. (Orgs). Autonomia e cidadania: políticas de organização produtiva para as mulheres no meio rural. 1. ed. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2011. p. 37-54

FISCHER, Izaura Rufino. O protagonismo da mulher rural no contexto da dominação – um estudo no acampamento do Engenho do Prado. 2005. 233f. Tese (Doutorado em Serviço Social) -Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004.

GHELEN, Ivaldo; BARCELLOS, Olinda. Cuidados, acolhimento e flores: as mulheres na política e desenvolvimento local no rio grande do sul. Revista Eletrônica de Ciência Política, v. 7, n. 1, p. 15-33, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/recp.v7i1.45318

HORA, Karla; BUTTO, Andrea. Políticas públicas para mulheres rurais no contexto dos Territórios da Cidadania. In: BUTTO, Andrea et al. Mulheres rurais e autonomia: formação e articulação para efetivar políticas públicas nos territórios da cidadania. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2014. p. 14-45.

HEBMÜLLER, Paulo. A luta dos remanescentes de quilombos em Alcântara (MA). Brasil de Fato, 5 jan. 2017. Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2017/01/05/a-luta-dos-remanescentes-de-quilombos-em-alcantara/> Acesso em: 30 jan. 2019.

HONÓRIO, Renata Gonçalves. Lutas sociais e relações de gênero: a participação das mulheres no MST. In: ANPUH – SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 23., 2005, Londrina. Anais [...]. Londrina: ANPUH, 2005.

KERGOAT, Danièle. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: HIRATA, H; LABORIE, F; DOARÉ, H; SENOTIER, D.(Orgs.). Dicionário crítico do feminismo. Editora Unesp, 1998.

LOBO, E. S. A Classe Operária tem dois sexos. São Paulo. Edit. Brasiliense, São Paulo, 1991.

LUSA, Mailiz Garibotti. Movimentos sociais e mulheres: identidades e lutas. In: JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS, 8., 2017, São Luís. Anais [...]. São Luís: Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 2017.

MAIA, Ana Heloísa et al. Participação das mulheres a partir da formação de grupos produtivos em assentamentos rurais da microrregião de Andradina (SP). REVER – Revista de Extensão e Estudos Rurais, v. 7, n. 1, p. 294-310, jan./jun. 2018. DOI: https://doi.org/10.36363/rever712018294-310

MÉLO, Anastácia Brandão et al. Grupo de mulheres rurais “Reciclarte”: a fuga do cotidiano. In: REDE FEMINISTA NORTE E NORDESTE DE ESTUDOS E PESQUISA SOBRE A MULHER E RELAÇÕES GÊNERO, 18., 2014, Recife. Anais [...]. Recife: UFPE, 2014. p. 3812-3821.

NASCIMENTO, Silvane Magali Vale. TRABALHADORAS RURAIS, POLÍTICAS PÚBLICAS E SERVIÇO SOCIAL EM TEMPOS NEOLIBERAIS: demandas e desafios a pratica profissional Revista de Políticas Públicas, vol. 15, núm. 1, enero-junio, 2011, pp. 109-119

NASCIMENTO, S.M.V; RODRIGUES,F.C; SANTOS, N.A.D. AGRICULTURA FAMILIAR, AGRONEGÓCIO E A PRODUÇÃO DAS TRABALHADORAS RURAIS: processos de expropriação, dominação e resistência na zona rural do Maranhão. VI Jornada Internacional de políticas públicas. São Luís – MA. 2013.

PAULILO, Maria Ignez S. O peso do trabalho leve. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 5, n. 28, p. 64-70, 1987.

PAULILO, Maria Ignez S. Trabalho familiar: uma categoria esquecida de análise. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 12, n. 1, p. 229-252, 2004.

PIMENTA, Sara Deolinda Cardoso. Participação, poder e democracia – Mulheres trabalhadoras no sindicalismo rural. Cadernos de Trabalho Netsal, v. 1, n. 1, p. 3-29, abr. 2013.

SAFFIOTI, Heleieth; FERRANTE, Vera Lúcia Silveira Botta. A mulher e as contradições do capitalismo agrário. Perspectivas, São Paulo, v. 6, p. 67-75, 1983.

SALES, Celecina. Mulheres rurais: tecendo novas relações e reconhecendo direitos. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 15, n. 2, p. 437-443, maio/ago. 2007.

SILIPRANDI, Emma; CINTRÃO, Rosângela. As mulheres agricultoras no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, v. 18, n. 2, p. 13-32, 2011. DOI: https://doi.org/10.20396/san.v18i2.8634675

SILVA, Berenice. Políticas públicas para mulheres trabalhadoras rurais: análise sobre a Marcha das Margaridas. In: JORNADA INTERNACIONAL POLÍTICAS PÚBLICAS, 7., 2015, São Luís. Anais [...]. São Luís: UFMA, 2015.

Stolf, M. C. (2007). Os sentidos atribuídos por agricultores às tecnologias utilizadas em seu cotidiano de trabalho (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

Published

2020-08-17

How to Cite

Rocha Cardoso, A. E., & Almeida Pinto, N. M. D. (2020). Movimento de mulheres rurais: participação política, trabalho e grupos produtivos / Movement of rural women: political participation, work and productive groups. Brazilian Journal of Development, 6(8), 57724–57741. https://doi.org/10.34117/bjdv6n8-253

Issue

Section

Original Papers