Educar para nutrir: uma estratégia pedagógica adotada nas escolas / Educating to nourish: A pedagogical strategy adopted in Schools
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n8-482Keywords:
Educação nutricional, Escolares, Alimentação saudável.Abstract
Os hábitos alimentares das crianças são formados juntamente com o desenvolvimento dos demais aspectos da cultura desde o início das suas vidas, sofrendo influência dos hábitos alimentares da família, da religião a que pertence, e do contexto social em que estão inseridos. Dessa forma, a escola, enquanto espaço de socialização da criança deve ser utilizada como meio de propagação de informação e conhecimento que visem à consolidação de atitudes favoráveis à preservação da saúde. Diante do exposto a presente pesquisa teve como objetivo desenvolver estratégias pedagógicas no âmbito da educação nutricional nas escolas dos municípios de Pirpirituba–PB. A pesquisa foi executada em 3 escolas e atendeu alunos de 5 a 14 anos, além de docentes e merendeiras e foi dividido em etapas. A primeira delas constituiu-se em realização de visitas técnicas às escolas com aplicação de um questionário: Como está sua alimentação? adaptado do Ministério da Saúde (2006), para diagnóstico nutricional dos pré-escolares, escolares, docentes e merendeiras. A segunda etapa realizou-se um encontro com todos os atores envolvidos para apresentação dos resultados ressaltando a importância do papel desses agentes no desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis. E um último momento com os escolares para abordar o tema “Alimentação saudável e segura e entregar uma cartilha sobre alimentação saudável, elaborado pelos os pesquisadores. Diante doe exposto, os seguintes resultados foram encontrados: Dos 276 alunos entrevistados foi detectado que 43% ± 0,70 fazem o consumo de apenas 2 porções de frutas/verduras ao dia, e a recomendação são de 5 porções ao dia. Quanto o consumo de cereais 55% ± 0,21 só consomem 2 a 3 porções e o ideal para essa faixa etária são 6 porções ao dia, pois essa classe de alimentos fornece energia necessária para o desenvolvimento motor e cognitivo. Já quanto aos doces 55% ± 0,08 consomem cerca de 2 porções ao dia, onde o recomendado seria 1 porção com moderação. A pesquisa ainda inclui 12 docentes e 10 merendeiras e revelou que o consumo de frutas e verduras na fase adulta é precário e o consumo de massas e doces prevalece. Diante do exposto, pode-se concluir que os hábitos Alimentares formados na infância prevalecem na fase adulta e que quanto mais cedo o processo de educação nutricional for implantado nos diversos espaços de socialização, melhor será a qualidade de vida desta população que terá menor probabilidade de adquirir doenças como diabetes, hipertensão e obesidade na fase adulta.
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