Educação Escolar Quilombola no Maranhão: análise de uma experiência / Quilombola School Education in Maranhão: analysis of an experience
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n10-156Keywords:
Educação escolar, Educação do Campo, Quilombo.Abstract
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a educação escolar no Quilombo Alto Brasil, Boa Vista, em Cururupu, Maranhão. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa, que elegeu o estudo de caso como abordagem de procedimento e o questionário como instrumento de coleta de dados. Para a fundamentação teórica recorremos aos estudos de Fiabani (2012), Leite (2002), Nascimento (2009), dentre outros. Ao longo da pesquisa foram feitas algumas constatações: a) a educação para as populações quilombolas se insere no bojo nas discussões sobre a educação do campo brasileira; b) a educação quilombola é um movimento conquistado a partir de vários sujeitos, dentre eles, os que se vincularam aos movimentos sociais camponeses, c) a educação escolar quilombola na especificidade maranhense é resultante de manifestações e contribuições do movimento negro, das lideranças quilombolas, de pesquisadores e diferentes instituições educacionais, d) a conquista da terra e da educação escolar no Quilombo Alto Brasil, Boa Vista, em Cururupu, Maranhão envolveu a resistência, luta e envolvimento político de muitos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
References
APPLE, M. Ideologia e Currículo. São Paulo: Brasiliense, 1982.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense,1993.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB nº 08/2012: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola. Brasília: Ministério da Educação /SEB, 2012b. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/escola-de-de-gestores-da-educacao-basica/323-secretarias-112877938/órgãos-vinculados-82187207/17417-ceb-2012>. Acesso em: 31 jul. 2019.
CARRIL, L. de F. B. Os desafios da educação quilombola no Brasil: o território como contexto e texto, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v22n69/1413-2478-rbedu-22-69-0539.pdf
CASTILHO, S. D. de. Quilombo Contemporâneo: educação, família e culturas. Cuiabá: EDUFMT, 2011.
FERRAROTI, F. Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, A; FINGER, M. O método (auto)biográfico e a formação. Natal: EDUFRN, Paulus, 2010.
FIABANI, A; MOURA, G; LEITE, N. L. Os novos quilombos: luta pelas terras e afirmação étnica no Brasil (1988-2008).Tese de Doutorado.2008. Campina Grande REALIZE – Editora 2012.
FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES. Informações sobre CRQs. Disponível em: <http://www.palmares.gov.br> . Acesso em:08 de agosto de 2019.
LEITE, I. B. Os Quilombos: questões conceituais e normativas artigo, 2002. Disponível em: http://ceas.iscte.pt/etnografica/docs/vol_04/N2/Vol_iv_N2_333-354.pdf
MACEDO, R. S. A etnopesquisa crítica e multirreferencial nas ciências humanas e na educação. Salvador: Ed. da UFBA, 2000.
MARTINS, M. da C. Professoras de Escolas Rurais: Bolívia, Brasil e México. São Paulo: FEUSP, 2016.
____. Trajetórias de formação de professoras de escolas camponesas: experiências latino-americanas. In Brazilan Journal of Development, v. 6, n.9, 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/16983.
NASCIMENTO, A. Quilobismo: um conceito emergente do processo histórico cultural da população afro-brasileira In: NASCIMENTO, E. L (Org.) Afrocetricidade uma abordagem epistemológica inovadora. Sankofa. Matrizes africanas da cultura brasileira. São Paulo: Selo Negro, 2009.
OLIVEIRA, A. U. A longa marcha do campesinato brasileiro: movimentos sociais, conflitos e Reforma Agrária. Estud. av. vol.15 no.43 São Paulo Sept./Dec. 2001>. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000300015. Acesso em: 14.11.2016.
OLIVEIRA, F. M. B. de. Movimento Social Quilombola. São Paulo: USP, 2009.
RAMOS, D. R. Práticas punitivas e de controle na escola: um estudo de caráter genealógico, 2010. Disponível em: http://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem12/COLE_1376.pdf. Acesso em: 10.02.2017.
RATTS, A. (Re) conhecer quilombos no território brasileiro: estudos e mobilizações. In: CARNEIRO, E; BASTIDE, R; MOURA, C; FREITAS, D. Políticas Educativas. Porto Alegre: 2006.
RIBEIRO, D. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
SANTOS, A. C. B. A. Educação estética e formação inicial de professores da educação básica: um estudo hermenêutico do projeto político pedagógico, na modalidade de educação à distância. São Paulo: Universidade da Cidade de São Paulo. São Paulo. 2012.
SILVA, A. R. S. da. Projeto Educacional do Quilombo Asantewa: Uma Alternativa Possível? Salvador: UNEB, 2005.
VENDRAMINI, C. R. Terra, Trabalho e Educação: experiências sócioeducativas em assentamentos do MST. Ijuí: Editora UNIJUÌ, 2000.
VIEIRA, C. C. Encontro de Memórias: Mulheres Arturas. São Paulo: Doutorado em Ciências Sociais, 2012.