Características antropométricas de crianças ribeirinhas residentes no Arquipélago de Bailique, Amapá / Anthropometric characteristics of riverine children living in the Bailique Archipelago, Amapá

Authors

  • Fabiano Bortoloti Faria Júnior
  • Felipe Queiroz Sabbag
  • Isabella Elora Silveira de Souza
  • Julia Rörig de Azevedo
  • Luê Nobre de Almeida
  • Valéria Dulce Cressoni
  • Denilson Guimarães Meira
  • Elizabeth Regina de Melo Cabral

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv7n3-848

Keywords:

Pediatria, Bailique, Amapá, Antropométricos, Nutrição, Atendimentos, Análise, Demográficos.

Abstract

Introdução: A puericultura tem foco no acompanhamento integral e ininterrupto da criança e do adolescente, visando a menor ocorrência de moléstias nessa fase de crescimento, além da chegada à vida adulta com seu potencial máximo. Com as visitas regulares da equipe de saúde e a utilização correta dos gráficos de crescimento, torna-se possível a avaliação e o diagnóstico do estado nutricional da criança. Materiais e métodos: tratou-se de um estudo descritivo transversal. Os atendimentos foram realizados através de uma expedição em saúde, em fevereiro de 2020, na comunidade de Bailique, pertencente ao município de Macapá, Amapá. A amostra consistiu de 162 crianças selecionadas dentre 383 atendidas pela pediatria, por conterem no prontuário clínico os dados de peso e altura preenchidos. O Índice de Massa Corporal (IMC)foi calculado através da razão entre peso e o quadrado da altura. Resultados: Dentre as crianças analisadas, 52,4% eram do sexo feminino e 47,6% do sexo masculino. Em relação ao local de residência, 54,3% eram procedentes da Vila Progresso, 37,3% de outras comunidades pertencentes ao Bailique e 8,6% não tinham esse dado preenchido na ficha de atendimento. Com relação ao IMC, o sexo feminino apresentou 57,1% em faixas normais de escore Z entre 0 e 2 anos, com queda para 38% entre 2 e 5 anos, 50% para as idades entre 5 e 10 anos e 55,6% entre 10 e 13. Com relação as crianças abaixo da normalidade para o sexo feminino, entre 0 e 2 anos há 4,7%, entre 2 e 5 anos há 38,1%, entre 5 e 10 anos há 41,2% e entre 10 e 13 anos há 33,3%. O sexo masculino evidenciou melhores índices de normalidade conforme há aumento da idade, mostrando valores de escore Z dentro da normalidade entre 0 e 2 anos de 44,4%, sendo que entre 2 e 5 anos apresenta 53,3%, entre 5 e 10 anos 49,9% e entre 10 e 13 anos 57,1%. Para os escores Z abaixo da normalidade no sexo masculino, há entre 0 e 2 anos 18,5%, entre 2 e 5 anos 33,3%, entre 5 e 10 anos 46,4% e entre 10 e 13 anos 33,3%. De todas as crianças analisadas, apenas 2,5% não receberam aleitamento materno. Conclusão: Observou-se com o trabalho que as crianças e seus responsáveis atendidos necessitam de acompanhamento e orientações nutricionais, principalmente para as idades escolares, de modo a atenuar o número de indivíduos com IMC abaixo da normalidade. Levantou-se a hipótese de que a amamentação poderia ser fator protetor para desnutrição em crianças menores de 2 anos.

References

M.L.F., Maria; S.L., Vinícius. A caridade científica: Moncorvo Filho e o Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro (1899-1930). Hist. cienc. saude-Manguinhos vol.18 supl.1 Rio de Janeiro Dec. 2011. Acesso em 11/09/2020.

C.K.S., Renata; R., Rosa; F.P., Rosana. Puericultura e a Atenção à saúde da criança: Aspectos históricos e desafios. Journal of Human Growth and Development. 2012; 22(2): 160-165. Acesso em 11/09/2020.

Puccini RF. A integralidade na atenção à saúde da criança e o ensino de pediatria (tese de livre-docência). São Paulo (SP): UNIFESP-EPM; 2002.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada - manual ténico/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 158 p. color. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) – (Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos - Caderno nº 5)

Fugimori E, Ohara CVS (Org.). Enfermagem e a saúde da criança na atenção básica. São Paulo: Manole; 2009.

Ministério da Saúde. Agenda de compromissos para a saúde integral da criança e

redução da mortalidade infantil. Série A. 2° reimpressão. Brasília: Normas e manuais

técnicos; 2005.

Assis WD, et al. Processo de trabalho da enfermeira que atua em puericultura nas

unidades de saúde da família. Rev. Bras. Enferm. 2011; 64(1):38-46.

Sucupira CSL. Saúde da criança. In: Gusso G; Lopes JM; editores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 661-672

Perfil do Município de Macapá/AP. Análise do acesso e da qualidade da Atenção Integral à Saúde da população LGBT no Sistema Único de Saúde. NESP. 2016.

Almeida M. P.; Soares A. C. P. M.; et al. A participação da mulher em organizações sociais rurais na Amazônia: estudo de caso no Arquipélago do Bailique, Estado do Amapá. PRACS: Revista Eletro?nica de Humanidades do Curso de Cie?ncias Sociais da UNIFAP. Macapa?, n. 6, p. 19-31, dez. 2013.

WHO (World Health Organization). A growth chart for international use in maternal and child health care. World Health Organization, Geneva, 1978.

WHO. Physical Status; the use and interpretation of anthropometry. Report of a WHO expert committee. Who Technical Report Series, No 854, 1995

WHO Working Group. Use and interpretation of anthropometric indicators of nutritional status. Bull WHO 1986;64:929-41.

Zeferino A. M. B.; Filho A. A. B.; et al.. Acompanhamento do crescimento. Sociedade Brasileira de Pediatria. Vol.79, Supl.1. 2003.

Informe Situacional sobre os programas de alimentação e nutrição e de promoção da saúde na atenção básica. Ministérios da Saúde. Brasil. Secretaria de Atenção a Saúde. 2017.

Mondini L.; Canó E. N.; et al. Condições de nutrição em crianças Kamaiurá – povo indígena do Alto Xingu, Brasil Central. Rev. Bras. Epidemiol. V. 10. p. 39-47. 2007

Monteiro F. J. A.; Associação entre anemia, fatores de risco e estado nutricional de crianças ribeirinhas no município de Ananindeua – Pará. Universidade Federal do Pará e Universidade Federal do Amazonas. Belém/PA. 2012.

Almeida. A. C.; Mendes L. C.; et al. Uso de instrumento de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança no Brasil – Revisão sistemática de literatura. Rev. paul. pediatr. vol.34

Published

2021-04-01

How to Cite

Júnior, F. B. F., Sabbag, F. Q., Souza, I. E. S. de, Azevedo, J. R. de, Almeida, L. N. de, Cressoni, V. D., Meira, D. G., & Cabral, E. R. de M. (2021). Características antropométricas de crianças ribeirinhas residentes no Arquipélago de Bailique, Amapá / Anthropometric characteristics of riverine children living in the Bailique Archipelago, Amapá. Brazilian Journal of Development, 7(3), 33202–33213. https://doi.org/10.34117/bjdv7n3-848

Issue

Section

Original Papers