Tratamento de água para utilização em processo anti-risco de lentes oftálmicas / Water treatment for use in anti-risk process of ophthalmic lenses

Authors

  • Luciana Silva da Cunha Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Leidiane Pereira da Silva
  • Marcia Seixas de Castro
  • Patrick Gomes de Souza

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv7n4-284

Keywords:

Visão. Lentes oftálmicas. Anti-risco. Tratamento de Água.

Abstract

As lentes oftálmicas estão associadas a um universo de fatos e lendas no que diz respeito ao seu desenvolvimento. Ao longo da história da humanidade existiram muitos relatos de tentativas de solucionar as alterações refrativas, sendo descritas desde medicações “miraculosas” até tratamentos cirúrgicos extremos. Para a fabricação de lentes oftálmicas faze-se necessária à utilização de uma água ultra pura, ou seja, isenta de partículas, íons e substâncias orgânicas ou microorganismos. Com o presente trabalho, busca-se mostrar o sistema de tratamento da água utilizada no processo de tratamento anti-risco aplicado em lentes oftálmicas, bem como um entendimento básico da visão e do processo de fabricação das lentes utilizadas para correção das ametropias.O delineamento experimental do trabalho consistiu na avaliação de seis parâmetros de controle da água, oriunda do sistema de tratamento implantado para alcance das especificações exigidas pelo processo de tratamento anti-risco das lentes oftalmológicas. A água foi analisada quanto ao pH, condutividade, quantificação de sílica e turbidez. Com a implantação do sistema de tratamento foi possível observar uma elevação do pH tornando a água mais neutra, saindo de uma média de pH 3 para pH 8,0. A condutividade da água foi reduzida de 10 para 1 µS/cm. A redução da quantidade de sílica de 40 para 1 mg SiO2/L foi positiva, pois é um fator crítico para a qualidade da água utilizada neste tipo de processo, uma vez que se utiliza poço artesiano como fonte de água, o qual é rico em sílica. Os defeitos apresentados nas lentes causados pela má qualidade da água reduziram drasticamente em 70%, fazendo com que o rendimento da produção subisse, em contrapartida, significativamente de 85% para 97%.  Com isso, foi implementado um check list de verificação desses parâmetros, para que fosse possível uma rápida ação, visando garantir água de qualidade no processo.

References

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard methods for the examination of water and wastewater. 20. ed. Washington: American Public Health Association; AWWA; WPCF, 1999. 1569 p.

BARTHEM, R. A Luz – Coleção Temas Atuais de Física/SBF, 1.ed. São Paulo: Livraria da Física, 2005.

BRITO, B.; KAGOHARA, J.; SIQUEIRA, J.; MOREIRA, J.; COSTAL, K. Eficiência na Indústria: Processamento de Lentes Oftalmológicas. Acessado em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4239470/mod_resource/content/1/Processamento%20de%20lentes%20ofta%CC%81lmicas.pdf>. Disponível em: 22/03/2020.

DIAS, A. Introdução ao cálculo de lentes oftálmicas. São Paulo: editora Senac São Paulo, 2005.

DANTAS, E., Tratamento de Água de Refrigeração e Caldeiras. Editora ECOLAB, 370 p., 1988.

IAL – Instituto Adolpho Lutz. Métodos Físico-químicos para Análises de Alimentos. Ed IV. 1ª Ed. Digital. São Paulo: Instituto Adolpho Lutz, 2008. 1020 p.

LUI, G.A.F. ; LEÇA, R.G.; REHDER, J.R.C.L.; NETTO, A.L. Avaliação do nível de conhecimento quanto ao uso de lentes de contato entre os estudantes de medicina da Faculdade de Medicina do ABC. Rev Bras Oftalmol. n.69, v.6, 2010. 361-366 p.

MACHADO, J.H. Optica Passo a Passo: do atendimento ao laboratório. 2.ed. Rio de Janeiro: editora Senac Rio, 2009.

MACHADO, M.B. Processamento de Industrialização de Lentes. Estudo de Casos: Empresa Tremarin Laboratório Óptico. 28f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Administração). Faculdade Luterana São Marcos, Alvorada-RS. 2011.

MEIRELLES, M.G.B.; SANTANA, T.S.; VIEIRA, L.T.Q.; COSTA, C.S.C.; ARAUJO, K.A.; ABUD, M.B.; ÁVILA, M.P. Prevalência das complicações da cirurgia de catarata em campanha assistencial. Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, 2020. 53783-53790 p.

NASCIMENTO, J.F. Avaliação de membranas de osmose inversa no tratamento de águas de purga de torres de refrigeração de indústria petrolífera com finalidade de reuso. Niterói, 2004. Dissertação (Mestrado em Química) – Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal Fluminense.

OLIVEIRA, P.R.; KARA-JOSÉ, N.; ALVES, M.R.; TEMPORINI, E.R. Observância da orientação médica pelo usuário de lentes de contato. Arq Bras Oftalmol, n.64, v.4. 2004. 607-612 p.

PARRON, L.M.; MUNIZ, D.H.F.; PEREIRA, C.M. Manual de Procedimentos de Amostragem e Análise Físico-química de Água. Documentos 232. Embrapa Florestas: Colombo-PR. 2011.

PASSOS, E.C; LEMAIRE, T.; NETO, A.V. Andrade. Comportamento ótico do olho humano e suas ametropias: caderno de física da Universidade Estadual de Feira de Santana 06 (01 e 02): 7-18, 2008.

PUROTEC. Manual de Funcionamento do Sistema de Tratamento de Água. Guia fornecido pela Empresa. 2010.

RICHTER, Carlos A.; Água métodos e Tecnologia de Tratamento. São Paulo: editora Edgard Blücher, 2011.

ROMPRÉ, A.; SERVAIS, P.; BAUDART, J.; DE-ROUBIN, M. R.; LAURENT, P. Detection and enumeration of coliforms in drinking water: current methods and emerging. Journal of Microbiological Methods, n.l., v. 49, p. 31-54, 2002.

Published

2021-04-12

How to Cite

da Cunha, L. S., da Silva, L. P., de Castro, M. S., & de Souza, P. G. (2021). Tratamento de água para utilização em processo anti-risco de lentes oftálmicas / Water treatment for use in anti-risk process of ophthalmic lenses. Brazilian Journal of Development, 7(4), 37437–37449. https://doi.org/10.34117/bjdv7n4-284

Issue

Section

Original Papers