Sistemas agroflorestais na recuperação de áreas degradadas / Agroforestry systems in the recovery of degraded areas
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv7n4-326Keywords:
SAF, Agrossilvicultura, Equilíbrio, Produtividade, Desenho.Abstract
Esse artigo buscou realizar um estudo de referencial teórico para apresentar as contribuições da implantação de sistemas agroflorestais na recuperação de áreas degradadas e a importância no contexto local das comunidades, na resolução de problemas sociais e ambientais. A recuperação de áreas degradadas é uma estratégia importante adotada como caminho para a sustentabilidade dos ecossistemas, que poderá contribuir positivamente não só na agenda social e econômica das comunidades, como também promovendo a subsistência da humanidade. Dito isso, abordaremos os mecanismos da degradação ambiental, os conceitos de sistema agroflorestal, as modalidades praticadas em conformidade com as realidades locais das comunidades alvo, a intervenção da proposta, listaremos indicativos das espécies e posicionamento adequado para a formação dos sistemas, as formas de realização de diagóstico rápido e participativo, a forma de elaboração do arranjo ou desenho de SAF. Como resultados foi possível concluir que a recuperação de áreas degradadas requer profundo conhecimento local do lugar a ser intervisto, compreensão da cultura, dos dizeres e fazeres locais, e entendimento de que a efetividade só é alcançada quando a recuperação e o uso responsável ocupa um lugar de privilégio e importância na vida da comunidade de forma orgânica. Foi possível inferir que os SAFs proporcionam aumento da biodiversidade, regulação de ciclo hidrológico, controle erosivo, do assoreamento e ciclagem de nutrientes.
References
AMADOR, Denise Bittencourt. Restauração de ecossistemas com sistemas agroflorestais. Restauração de ecossistemas naturais. Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais–FEPAF. São Paulo. Botucatu, 2003.
BENE, J. G.; BEALL, H. W.; CÔTÉ, Albert. Trees, food and people: land management in the tropics. IDRC, Ottawa, ON, CA, 1977.
BUDOWSKI, G. Aplicability of agroforestry systems, Turrialba. CATIE, 1981.
DIAS-FILHO, MOACYR BERNARDINO. Sistemas silvipastoris na recuperação de pastagens degradadas. Embrapa Amazônia Oriental-Documentos (INFOTECA-E), 2006.
FERREIRA, Wendy Carniello et al. Avaliação do crescimento do estrato arbóreo de área degradada revegetada à margem do Rio Grande, na Usina Hidrelétrica de Camargos, MG. Revista Árvore, v. 31, n. 1, p. 177-185, 2007.
FRANCO, Fernando Silveira et al. Quantificação de erosão em sistemas agroflorais e convencionais na Zona da Mata de Minas Gerais. Revista Árvore, v. 26, n. 6, p. 751-760, 2002.
KAGEYAMA, Paulo Yoshio et al. Restauração ecológica de ecossistemas naturais. In: Restauração ecológica de ecossistemas naturais. 2003. p. 340-340.
KOBIYAMA, Masato; MINELLA, Jean Paolo Gomes; FABRIS, Ricardo. Áreas degradadas e sua recuperação. Informe agropecuário, belo horizonte, v. 22, n. 210, p. 10-17, 2001.
MASCHIO, LM de A. et al. Evolução, estágio e caracterização da pesquisa em recuperação de áreas degradadas no Brasil. Anais do I Simpósio Brasileiro de Recuperação de Áreas Degradadas. Univ. Federal do Paraná, Curitiba, PR, 520p, 1992.
MICCOLIS, A. et al. Restauração ecológica com sistemas agroflorestais: como conciliar conservação com produção. Brasília, DF: Instituto Sociedade, População e Natureza, 2016.
NAIR, P. K. R. Tropical agroforestry systems and practices. Tropical resource ecology and development. John Wiley, Chichester. England, p. 1-23, 1984.
PARROTTA, John A. The role of plantation forests in rehabilitating degraded tropical ecosystems. Agriculture, ecosystems & environment, v. 41, n. 2, p. 115-133, 1992.
POGGIANI, F.; MONTEIRO, C. C. Efeito da implantação de maciços florestais puros na reabilitação do solo degradado pela mineração do xisto pirobetuminoso. 1990.
REIS, Ademir; NAKAZONO, Erika Matsuno; ZAMBONIN, Renata Martinho. Recuperação de áreas florestais degradadas utilizando a sucessão e as interações planta animal. Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, 1999.
RIBASKI, Jorge. Influência da algaroba (Prosopis juliflora (SW.) DC.) sobre a disponibilidade e qualidade da forragem de capim-búfel (Cenchrus ciliaris) na região semi-árida brasileira. 2000.
RIBASKI, Jorge; MONTOYA VILCAHUAMAN, Luciano Javier; RODIGHERI, Honorino Roque. Sistemas agroflorestais: aspectos ambientais e sócio-econômicos. Embrapa Florestas-Artigo em periódico indexado (ALICE), 2001.
SANTOS, Edinalva; SILVA, Francinaldo; COSTA, Daniela; PEREIRA, Frederico. Desenvolvimento de métodos de recuperação de áreas degradadas no seridó Paraibano aplicando novas técnicas de nucleação biológica com espécies de Cactaceae e Euphorbiaceae: avaliação preliminar. Brazilian Journal of Development.v.6, n.9. p.69302-69322, sep. 2020. DOI: 10.34117/bjdv6n9-396. 2020.
SILVEIRA, N. D. Indicadores de sustentabilidade ambiental em sistemas agroflorestais na Mata Atlântica. 2003.
SZOTT, Lawrence T.; FERNANDES, Erick CM; SANCHEZ, Pedro A. Soil-plant interactions in agroforestry systems. Forest ecology and management, v. 45, n. 1-4, p. 127-152, 1991.
WIERSUM, K. F. Ecological Aspects of Agroforestry: With Special Emphasis on Tree-soil Interactions: Lecture Notes. Fakultas Kehutamam Universitas Gadjah Mada, 1986.