Qualificação profissional e mercado de trabalho em Santa Catarina/ Professional qualification and labor market in Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv.v7i5.29394Keywords:
ensino médio, ensino superior, salários, ciência e tecnologia.Abstract
Este trabalho busca apresentar o projeto de extensão Qualificação Profissional e Mercado de Trabalho em Santa Catarina, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). O objetivo é a produção e divulgação de um material informativo sobre as carreiras universitárias e formas de atuação no mercado de trabalho associadas às respectivas carreiras, no estado. O público-alvo são estudantes de ensino médio no estado com o objetivo de dar suporte a esses estudantes ao processo de tomada de decisão sobre seu futuro profissional e destacar as carreiras ligadas à aplicação direta de ciência e tecnologia. A metodologia consistiu em levantar e organizar dados sobre ensino universitário e mercado de trabalho, de maneira compreensível e atraente ao público-alvo. Utilizou-se dados primários da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e UDESC, e secundários do censo universitário Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), todos de 2015, para quantificar e qualificar os cursos de graduação. Para a força de trabalho, foram acessados os microdados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), disponibilizados pelo Ministério da Economia (ME). Para fazer a correspondência com o grupo laboral denominado STEM – Science, Technology, Engineering and Mathmatics – consultou-se a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), onde foram identificados 164 códigos de suporte profissional e técnico nos campos de ciências da computação, matemática, engenharias, ciências físicas e da terra. Os resultados indicam que a força de trabalho desse setor consiste em cerca de 0,8% do total em Santa Catarina, embora a população universitária nessas carreiras seja bem maior. Isso pode ocorrer porque muitos egressos dessas carreiras universitárias devem trabalhar em atividades de ensino e saúde. A média salarial das ocupações destacadas como STEM é maior do que das demais e a desvantagem salarial feminina é menor dentre essas ocupações, embora as mulheres apresentem reduzida participação nesse setor do mercado de trabalho, assim como na população universitária dessas carreiras.
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