Transversalidade de gênero: política pública de saúde para mulheres / Gender transversality: public health policy for women

Authors

  • Edilson AntonAna Cássia da Silva Francisco Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Sueli Godoi

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv.v7i5.30047

Keywords:

Gênero, Saúde da Mulher, Políticas Públicas

Abstract

Este trabalho trata-se de uma pesquisa do Projeto de Iniciação Cientifica – UNESPAR/ Paranavaí 2018-2019, tem por objetivo identificar as ações e serviços de saúde com perspectiva de gênero no município de Paranavaí-Pr. Através de uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa edocumental sobre transversalidade de gênero e política pública de saúde para mulheres. Parte-se da contextualização da política de saúde em seu caráter universal, preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e também a contextualização do Plano Nacional de Políticas Públicas voltadas para as mulheres em vigor. Relacionado ao atendimento médico, as mulheres são as que mais frequentemente procuram agendar consultas para avaliação rotineira semestral ou anual. Na década de 80, como o movimento feminista brasileiro, os programas iniciais destinados à saúde mulher são fortemente criticados, uma vez que a mulher tinha acesso apenas a alguns cuidados de saúde no ciclo gravídico-puerperal, ficando sem assistência na maior parte de sua vida. Nesse sentido, o Ministério da Saúde cria em 1984 o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marcando, especialmente, uma ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para escolha de prioridades neste campo. O PAISM inclui ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST, câncer de colo de útero e de mama, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres (BRASIL, 1984). Sendo assim, pensando nos avanços que as políticas de saúde da mulher já alcançaram, precisa-se ter critérios para que os princípios do SUS se realizem, o trabalho deve ser voltado a integralidade para que a rede de atenção seja efetiva, além do olhar mais complexo que precisa ter direto com as mulheres de forma geral, tem que estar atento aos indicadores de saúde. O grande desafio é promover ações que atendam a diversidade das mulheres, de modo especifico, por exemplo do envelhecimento, precisa-se entender demanda desse ciclo especifico, que tenha haver com doenças degenerativas, as principais causas de mortalidade desse período, mas entender esse envelhecimento também, de modo mais amplo onde se tem ações não só focadas, mas entender o seu potencial reprodutivo, suas relações afetivas, fortalecendo seus laços familiares, fortalecendo suas próprias relações com a própria sociedade. Portanto, torna-se evidente a importância de capacitar profissionais de saúde, e trabalhar com uma equipe multidisciplinar como forma de enfrentar os desafios decorrentes da saúde pública, além de humanizar e melhorar o atendimento à mulher.

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Published

2021-06-07

How to Cite

Francisco, E. A. C. da S., & Godoi, S. (2021). Transversalidade de gênero: política pública de saúde para mulheres / Gender transversality: public health policy for women. Brazilian Journal of Development, 7(5), 50331–50343. https://doi.org/10.34117/bjdv.v7i5.30047

Issue

Section

Original Papers