Acidente vascular cerebral associado ao risco temporal: abordagem clínica e manejo terapêutico / Cerebral vascular accident associated with temporal risk: clinical approach and therapeutic management

Authors

  • Luísa Franco Mendes
  • Bruna Rabelo Tavares
  • Éuqor Antônio Pereira Vianella
  • Fernanda Marinho de Souza
  • Gabriel Braga de Paula Cançado
  • Lívia Oliveira Campos
  • Lucas de Carvalho Casséte
  • Lucas Lopes Aguiar Gomes
  • Paula Cely da Silva Torres

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv8n5-421

Keywords:

acidente vascular cerebral, diagnóstico, fatores de risco.

Abstract

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um distúrbio neurológico focal agudo atribuído a lesão vascular do sistema nervoso central, possuindo uma origem tanto isquêmica, quanto hemorrágica. Essa patologia consiste na segunda principal causa de morte e incapacidade em todo o mundo. A etiologia do AVC vincula-se de modo variável a diversas doenças e seus mecanismos, permeando inúmeros fatores de risco, modificáveis e não modificáveis, que influenciam em seu diagnóstico e prognóstico. Dentre os fatores de risco relacionados a essa patologia, o fator tempo se destaca como um preditor de maiores sequelas, dito isso, torna-se importante correlacionar o exato momento do evento vascular cerebral e o tempo de seu diagnóstico e tratamento. No que tange aos mecanismos que envolvem esse distúrbio neurológico, apesar de serem múltiplos, os achados fisiopatológicos mais frequentes estão vinculados a deficiência súbita no fornecimento de oxigênio e de nutrientes ao cérebro, e ao sangramento ou ruptura de vasos sanguíneos. Quanto às manifestações clínicas, estas são variadas e se caracterizam principalmente por fraqueza, paralisia em face e alterações na marcha. A abordagem diagnóstica do AVC envolve, assim como em outras neuropatologias, a coleta de uma história clínica completa, sendo que nos quadros agudos se faz imprescindível a coleta concomitante da história também por parte dos familiares e testemunhas do evento. Por fim, no que concerne ao manejo terapêutico, este é realizado levando-se em consideração quatro pilares fundamentais, que variam a curto e longo prazo, sendo eles: a prevenção dos fatores de risco, a abordagem inicial do evento agudo, a reperfusão tecidual e a reabilitação de possíveis déficits cognitivos e funcionais. Diante dessas observações, nota-se que o AVC é um evento vascular complexo, que urge uma abordagem clínica imediata, ressaltando assim, a importância de um manejo preciso e adequado desses pacientes a fim de reduzir o risco temporal associado, aumentando as chances de uma reabilitação completa.

References

ALAWIEH, A.; ZHAO, J.; FENG, W. Factors affecting post-stroke motor recovery: Implications on neurotherapy after brain injury. Behavioural Brain Research, v. 340, p. 94–101, mar. 2018.

BARTHELS, D.; DAS, H. Current advances in ischemic stroke research and therapies. Biochimica et Biophysica Acta (BBA) - Molecular Basis of Disease, v. 1866, n. 4, p. 165260, abr. 2020.

BOESE, A. C. et al. Neural stem cell therapy for subacute and chronic ischemic stroke. Stem Cell Research & Therapy, v. 9, n. 1, 13 jun. 2018.

COLEMAN, E. R. et al. Early Rehabilitation After Stroke: a Narrative Review. Current Atherosclerosis Reports, v. 19, n. 12, 7 nov. 2017.

FLORESCU, C. et al. Antiplatelet therapy in secondary ischemic stroke prevention - a short review. Romanian journal of morphology and embryology = Revue roumaine de morphologie et embryologie, v. 60, n. 2, 2019.

FODOR, D. M.; MARTA, M. M.; PERJU-DUMBRAVĂ, L. Implications of Circadian Rhythm in Stroke Occurrence: Certainties and Possibilities. Brain Sciences, v. 11, n. 7, p. 865, 29 jun. 2021.

HERPICH, F.; RINCON, F. Management of Acute Ischemic Stroke. Critical Care Medicine, v. 48, n. 11, p. 1654–1663, 9 out. 2020.

HURFORD, R. et al. Diagnosis and management of acute ischaemic stroke. Practical Neurology, v. 20, n. 4, p. 304–316, 7 jun. 2020.

IADECOLA, C.; BUCKWALTER, M. S.; ANRATHER, J. Immune responses to stroke: mechanisms, modulation, and therapeutic potential. Journal of Clinical Investigation, v. 130, n. 6, p. 2777–2788, 11 maio 2020.

KIELKOPF, M. et al. Temporal Trends and Risk Factors for Delayed Hospital Admission in Suspected Stroke Patients. Journal of Clinical Medicine, v. 9, n. 8, p. 2376, 25 jul. 2020.

KNIGHT-GREENFIELD, A.; NARIO, J. J. Q.; GUPTA, A. Causes of Acute Stroke. Radiologic Clinics of North America, v. 57, n. 6, p. 1093–1108, nov. 2019.

KURIAKOSE, D.; XIAO, Z. Pathophysiology and Treatment of Stroke: Present Status and Future Perspectives. International Journal of Molecular Sciences, v. 21, n. 20, p. 7609, 15 out. 2020.

MURPHY, S. JX.; WERRING, D. J. Stroke: causes and clinical features. Medicine, v. 48, n. 9, p. 561–566, set. 2020.

OJAGHIHAGHIGHI, S.; VAHDATI S.S.; MIKAEILPOUR A.; RAMOUZ A. Comparison of neurological clinical manifestation in patients with hemorrhagic and ischemic stroke. World J Emerg Med, v. 8, n. 1, p.34-38. 2017.

PULA, J. H.; YUEN, C. A. Eyes and stroke: the visual aspects of cerebrovascular disease. Stroke and Vascular Neurology, v. 2, n. 4, p. 210–220, 6 jul. 2017.

WALLACE, E. J.; LIBERMAN, A. L. Diagnostic Challenges in Outpatient Stroke: Stroke Chameleons and Atypical Stroke Syndromes. Neuropsychiatric Disease and Treatment, v. Volume 17, p. 1469–1480, maio 2021.

Published

2022-05-20

How to Cite

Mendes, L. F., Tavares, B. R., Vianella, Éuqor A. P., de Souza, F. M., Cançado, G. B. de P., Campos, L. O., Casséte, L. de C., Gomes, L. L. A., & Torres, P. C. da S. (2022). Acidente vascular cerebral associado ao risco temporal: abordagem clínica e manejo terapêutico / Cerebral vascular accident associated with temporal risk: clinical approach and therapeutic management. Brazilian Journal of Development, 8(5), 39193–39209. https://doi.org/10.34117/bjdv8n5-421

Issue

Section

Original Papers