Percepção das gestantes sobre a participação familiar no pré-natal / Perception of pregnant women about family participation in prenatal

Authors

  • Tania de Sousa Pinheiro Medeiros Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Lumi Yano Arruda
  • Maria Yasmin da Silva Moia
  • Erielson Pinto Machado
  • Patrick Nery Igreja
  • Karoline Costa Silva
  • Carla Carolina Rodrigues Barros
  • Samy Matsumura Silva

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n4-156

Keywords:

Cuidado Pré-natal, Família, Humanização da Assistência

Abstract

Introdução: O serviço de pré-natal é o acompanhamento realizado durante toda a gestação e o puerpério, que garante ao feto um desenvolvimento saudável e à mulher uma gravidez tranquila, bem como identificar precocemente problemas no curso da gestação. Este deve orientar e esclarecer sobre o parto e cuidados com o recém-nascido. O objetivo do estudo é identificar os fatores que determinam a participação ou não dos familiares nas consultas pré-natais e investigar a opinião das gestantes sobre a participação deles durante essas consultas. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem qualitativa, com dados coletados através de entrevistas semiestruturadas com 20 (vinte) mulheres gestantes, maiores de 18 (dezoito) anos, que compareceram à unidade no período em que a pesquisa foi realizada. Resultados: Após a análise constatou-se que das vintes gestantes entrevistadas, dez informaram participarem das consultas pré-natais sozinhas, em que o principal motivo é o trabalho dos familiares, porém alegaram que muitos se preocupam com a evolução da gravidez e enfatizaram a importância da família nas consultas do pré-natal. Entre as que possuem a participação, declararam a preocupação com o andamento da gravidez, contudo essa participação não se dá em todas as consultas. Conclusão: Percebeu-se que as gestantes ainda realizam o pré-natal sozinhas e com isso sugere-se a necessidade de uma assistência pré-natal mais humanizada, enfatizando a importância da participação da família nas consultas de pré-natal, estimulando o seu parceiro e demais familiares a participarem deste ciclo gestatório, garantindo assim um parto mais seguro e um nascimento mais saudável.

References

ALMEIDA, C. A. L.; TANAKA, O. Y. Perspectiva das mulheres na avaliação do Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 43, n. 1, p. 98-104, fev. 2009.

ALVES, V. M. et al. Qualidade da assistência pré-natal numa Unidade Básica de Saúde do município de Juiz de Fora-MG. Journal of Management & Primary Health Care, v. 7, n. 1, p. 153-153, 2016.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, SP, v. 6, n. 1, p.383-387, mai. 2012. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br. Acesso em: 25 fev. 2020.

BRANDEN, P. S. Enfermagem materno-infantil. 2. ed. Rio de Janeiro: Reichmann e Afonso Editores, 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência pré-natal – Manual técnico. Brasília: Ministério da saúde, 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gestação de alto risco – Manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada a mulher- – Manual técnico. Brasília: Ministério da saúde, 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada – Manual técnico. Brasília: Ministério da saúde, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do Sul. Acolhimento e classificação de risco nos Serviços de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2009, p. 56.

CAMPOS, R. O. Reflexões sobre o conceito da humanização. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH). Brasília, 2002. Disponível em: http://www.humanizasus.br. ¬Acesso em: 25 fev. 2020.

CARVALHO, M. L. M. Participação dos pais no nascimento em hospital público: dificuldades institucionais e motivações dos casais. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, supl. 2, p. 289-298., 2003.

CASTRO, J.C.; CLAPIS, M. J. Parto humanizado na percepção das enfermeiras obstétricas envolvidas com a assistência ao parto. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 13, n. 6, p. 960-967, Dec. 2005.

CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

DUARTE, S. J. H.; ANDRADE, S. M. O. O significado do pré-natal para mulheres gestantes: uma experiência no município de Campo Grande, Brasil. Revista Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 132-139, abr/jun. 2008.

DURO, C.; LIMA, M. O papel do enfermeiro nos sistemas de triagem em Emergências: análise da literatura. Online Brazilian Journal of Nursing, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 1-12, 2010.

ESPIRITO SANTO, L. C.; BERNI, N. J. O. Enfermagem em Obstetrícia. Rotina em obstetrícia. Porto Alegre/RS: Artmed, 2003.

FIGUEIREDO, N. H. A. Ensinando a cuidar em saúde pública. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2007.

FREITAS, F. Rotinas em obstetrícia. 4. ed. Porto Alegre, RS: Artmed Editora. 2001.

GARCIA, A. et.al. O Grupo de Trabalho de Humanização e a humanização da assistência hospitalar: percepção de usuários, profissionais e gestores. Physis: Revista de Saúde Coletiva, São Paulo, n. 20, p. 811-834, 2010.

LANDERDAHL, M. C. et al. A percepção de mulheres sobre atenção pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 105-111, mar. 2007.

LIMA, A. et al. Assistência ao parto após a implementação do Programa Cegonha Carioca: a perspectiva da enfermagem. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, Fortaleza, v. 16, n. 5, p. 631-638, 2015.

MALDONADO, M. T. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. 9. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1988.

MENEZES, S. R. T.: PRIEL, M. R.; PEREIRA, L. L. Autonomia e vulnerabilidade do enfermeiro na prática da Sistematização da Assistência de Enfermagem. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v. 45, n.4, ago. 2011.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de Atenção Básica: Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Ação Integral à Saúde da Mulher: Princípios de Diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 82 p.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretarias de Políticas de Saúde. Área Técnica da Saúde da Mulher. Urgências e emergências maternas: guia para diagnóstico e conduta em situações de risco de morte materna [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0105urgencias.pdf. Acesso em: 25 fev. 2020

MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA 1.459 DE 24 DE JUNHO DE 2011: Rede Cegonha. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 19 p.

MOURA, R. F.; RODRIGUES, M. S. P. Comunicação e informação em saúde no pré-natal. Revista Interface – Comunicação, saúde, educação. v. 7, n. 13, p. 109-118, Botucatu Aug. 2003.

NASCIMENTO, A. M. A população e família brasileira: ontem e hoje. XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu – MG, v. 18, p. a22, set. 2006.

PEIXOTO, S. Pré-natal. 3. ed. São Paulo: Roca, 2004.

RAMIRES, R. V. O exercício da paternidade hoje. Rio de Janeiro: Rosa dos tempos, 1997.

REIS, M. B.V.B. Atendimento humanizado em unidade de urgência e emergência. 2014. 21 f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.

RIBEIRO, E. M. Universidade e singularidade no campo da saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH). Brasília, 2002.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas. 1989.

RIOS, C. T.; VIEIRA, N. F. C. Ações educativas no pré-natal: uma reflexão sobre a consulta de enfermagem como um espaço para educação em saúde. Ciên. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2 p. 477-486, abr. 2007.

SOUSA, L. M. M. et al. Revisões da literatura científica: tipos, métodos e aplicações em enfermagem. Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação, Lisboa, p. 46-55, 2018.

TOMASI, E. et al. Qualidade da atenção pré-natal na rede básica de saúde do Brasil: indicadores e desigualdades sociais. Cadernos de Saúde Pública, v. 33, p. 00195815, 2017.

TSUNECHIRO, M. A.; BONADIO, I. C. A família na rede de apoio a gestante. São Paulo, 1999.

Published

2020-04-09

How to Cite

Medeiros, T. de S. P., Arruda, L. Y., Moia, M. Y. da S., Machado, E. P., Igreja, P. N., Silva, K. C., Barros, C. C. R., & Silva, S. M. (2020). Percepção das gestantes sobre a participação familiar no pré-natal / Perception of pregnant women about family participation in prenatal. Brazilian Journal of Development, 6(4), 18777–18792. https://doi.org/10.34117/bjdv6n4-156

Issue

Section

Original Papers