Consumo de zinco e níveis de hemoglobina glicada de adolescentes em fase puberal: resultados do Erica em Recife – Pernambuco / Zinc consumption and glycated hemoglobin levels of adolescents in puberal phase: results of Erica in Recife – Pernambuco

Authors

  • Estefany Karolayne dos Santos Machado
  • Maria Izabel Siqueira de Andrade
  • Vanessa Sá Leal
  • Juliana Souza Oliveira
  • Normanda Pereira da Silva
  • Ivanildo Ribeiro Domingos Júnior
  • Pedro Israel Cabral de Lira

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n4-333

Keywords:

Consumo alimentar. Zinco. Hemoglobina glicada. Adolescente.

Abstract

O presente estudo objetivou avaliar a associação entre o consumo de zinco e a hemoglobina glicada (HbA1c) de adolescentes em fase puberal. Pesquisa de delineamento transversal, vinculada ao projeto de âmbito nacional “Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes” - ERICA. Foram avaliados 1.075 adolescentes de 12 a 17 anos, regularmente matriculados no turno da manhã de escolas públicas e privadas de Recife-Pernambuco. O consumo alimentar foi adquirido por meio da aplicação de um recordatório de 24 horas, que permitiu a avaliação da distribuição em quartis do consumo de zinco. Foram obtidos os níveis de HbA1c, onde valores iguais ou superiores a 5,7% foram classificados como HbA1c alterada. As análises estatísticas foram conduzidas no programa Stata versão 14.0, a partir do módulo survey, sendo considerada significância estatística quando p<0,05. A amostra final foi representativa para 99.221 pessoas, sendo 50,4% do sexo masculino. A mediana para a ingestão de zinco pelo grupo avaliado foi de 11,1mg. No que se refere aos níveis da HbA1c, 16,7% dos jovens apresentaram alterações nas concentrações do parâmetro. Não houve associação estatisticamente significante entre o consumo de zinco e os níveis de HbA1c. Com base no exposto, esta pesquisa não identificou associação do consumo de zinco com a HbA1c. Mais estudos, levando em consideração a ingestão associada de outros micronutrientes e com outros métodos de avaliação do consumo alimentar, podem auxiliar na elaboração de estratégias visando a promoção da saúde dos adolescentes a partir do estímulo à ingestão de alimentos ricos em nutrientes antioxidantes.

References

AMIEL, S.A. et al. Impaired insulin action in puberty: a contributing factor to poor glycemic control in adolescents with diabetes. New Engl J Med., Boston, v 315, p. n. 4, p. 215- 219, 1986.

ASHWELL, M.; HSIEH, S.D. Six reasons why the waist-to-height ratio is a rapid and effective global indicator for health risks of obesity and how its use could simplify the international public health message on obesity. International Journal of Food Sciences and Nutrition, London, v. 56, p. 303-7, 2005.

BLOCH, K.V et al. ERICA: prevalências de hipertensão arterial e obesidade em adolescentes brasileiros. Revista de Saúde Pública, São Paulo, p. 1-13, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para Coleta e Análise de Dados Antropométricos

em Serviços de Saúde [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2008 [acessado em 03

de março de 2020].

CORREA, R.S et al . Padrões alimentares de escolares: existem diferenças entre crianças e adolescentes?. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 22, n. 2, p. 553-562, Feb. 2017.

FERNANDES, R.C.L. Prevalência de hemoglobina glicada (HbA1c) alterada em escolares do estudo de riscos cardiovasculares em adolescentes (ERICA). 2015. Dissertação (Mestrado em saúde coletiva) – Universidade Federal do Rio Janeirio, Rio de janeiro, 2015.

HASHEMIPOUR, M. Effect of zinc supplementation on insulin resistance and components of the metabolic syndrome in prepubertal obese children, International Journal of endocrinology and metabolismo, [s.l], v. 8, n. 4, p. 279-285, 2009.

HIGINO, A. D et al. Prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares em crianças e adolescentes do núcleo de amparo ao menor. Revista científica da escola da saúde. [s.l.], v. 4, n. 1, p. 59-67, 2015.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Household Budget Survey 2002-2003: analysis of household food availability and nutritional status in Brazil. Rio de Janeiro :IBGE, 2004.

MARIMOTO, J.M. Ingestão habitual de nutrientes por adultos e idosos residentes no município de São Paulo. 2011. 66f. Tese (Doutorado em Nutrição em Saúde Pública) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

MIRANDA, S.S et al. Atividade física e o controle glicêmico de pacientes com diabetes mellitus tipo II. Pesquisa Brasileira de pesquisa em saúde, Vitória, p. 33-40, 8 set. 2015.

MONTEIRO, C. A. Nutrition and health. The issue is not food, nor nutrients, so much as processing. Public Health Nutr. Wallingford, v. 12, n. 5, p. 729-31, 2009.

MORAIS, P.R.S. et al. Correlação da Resistência à Insulina e Medidas Antropométricas com Pressão Arterial de Adolescentes. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v.106, n.4, p.319-26, 2016.

ORTEGA, R.M et al. Poor zinc status is associated with increased risk of insulin resistance in Spanish children. Br J Nutr. Wallingford, v. 107, p. 398-404, 2012.

PADOVANI, R. M. et al. Dietary reference intakes: aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais. Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 6, p. 741-760, Dec. 2006.

PARATHASARATHY, L. S., et al. Dietary modifications to improve micronutrient status of Indian children and adolescents with type 1 diabetes. Asia Pacific Journal of Clinical Nutrition, Melbourne, v. 24, n. 1, p. 73-82, 2015.

PIMAZONI NETTO, A. et al . Atualização sobre hemoglobina glicada (HbA1C) para avaliação do controle glicêmico e para o diagnóstico do diabetes: aspectos clínicos e laboratoriais. J Bras Patol Med Lab [s.l.], v. 45, n. 1, p. 31-48, 2009

ROSA, V.C.S. Concentrações plasmáticas de zinco e cobre em crianças e adolescentes portadores de Diabetes mellitus tipo 1. 2014 (Dissertação de Mestrado) – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, 2014.

SIGWALT, F.R; SILVA, R.C.R. Resistência à insulina em adolescentes com e sem excesso de peso de município da Grande Florianópolis - SC. Revista Brasileira de Enfermagem, v.67, n. 1, p. 43-7, 2014.

SOUZA, A.M et al. ERICA: ingestão de macro e micronutrientes em adolescentes brasileiros. Revista de Saúde Pública, São Paulo, p. 1-15, 2016.

URBANO, M. R.D. et al . Ferro, cobre e zinco em adolescentes no estirão pubertário. J. Pediatr. (Rio J.) Porto Alegre , v. 78, n. 4, p. 327-334, 2002.

VALÉRIO, G. et al. Physical activity and sports participation in children and adolescents with type 1diabetes mellitus. Nutrition, Metabolism& Cardiovascular Diseases, Amsterdam, v. 17, n. 5, p. 376-382, 2007

VASCONCELLOS, M.T. L de et al. Desenho da amostra do Estudo do Risco Cardiovascular em Adolescentes (ERICA). Caderno de saúde Pública, Rio de Janeiro, p. 1-10, 10 maio 2015.

WALSH M.G, et al. The socioeconomic correlates of global complication prevalence in type 1 diabetes (T1D): a multinational comparison. Diabetes Res Clin Prac. Limerick, v. 70, n. 2, p. 143-50, 2005.

WILLOUGHBY J.L, BOWEN, C.N. Zinc deficiency and toxicity in pediatric practice. Curr. Opin. Pediatr., Philadelphia, v. 26, n. 5, p. 579-84, 2014.

WOOD RJ. Assessment of marginal zinc status in humans. J Nutr., Rockville, v. 130, sup. 5s, p. 1350S- 4S, 2007.

Published

2020-04-26

How to Cite

Machado, E. K. dos S., Andrade, M. I. S. de, Leal, V. S., Oliveira, J. S., Silva, N. P. da, Júnior, I. R. D., & Lira, P. I. C. de. (2020). Consumo de zinco e níveis de hemoglobina glicada de adolescentes em fase puberal: resultados do Erica em Recife – Pernambuco / Zinc consumption and glycated hemoglobin levels of adolescents in puberal phase: results of Erica in Recife – Pernambuco. Brazilian Journal of Development, 6(4), 21186–21199. https://doi.org/10.34117/bjdv6n4-333

Issue

Section

Original Papers